O reavivamento cristão que definiu os Estados Unidos e derrotou o
sistema da escravidão
Eddie Hyatt
Numa época em
que a escravidão era aceita e praticada na África, Ásia, Oriente Médio e em
todo o mundo, surgiu um movimento contra ela na América colonial. Um dos
grandes intelectos de nossa época, o Dr. Thomas Sowell, que por acaso é negro,
escreveu sobre isso, dizendo:
“A
escravidão não era um problema, nem mesmo entre os intelectuais, muito menos
entre os líderes políticos, até o século 18 — e então era um problema apenas na
civilização ocidental. Entre aqueles que se voltaram contra a escravidão no
século 18 estavam George Washington, Thomas Jefferson, Patrick Henry e outros
líderes americanos. Você pode pesquisar toda a África do século 18 ou Ásia ou
Oriente Médio sem encontrar qualquer rejeição comparável à escravidão lá.”
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George Whitefield pregando |
Esse
movimento anti-escravidão resultou na escravidão na América tendo uma vida
curta quando comparada com o resto do mundo. O falecido Dr. Walter Williams,
professor [negro] de economia da Universidade George Mason, apontou isso,
dizendo que a característica única da escravidão nos EUA foi a brevidade de sua
existência e a revolta moral contra ela.
Mas qual foi
a fonte dessa revolta moral que surgiu contra a escravidão na América colonial?
A fonte da revolta moral
contra a escravidão
A fonte dessa
súbita revolta moral contra a escravidão pode ser encontrada em um reavivamento
cristão que ficou conhecido como o Grande Despertamento. Nesse reavivamento,
que começou em 1726, parecia que cidades inteiras se arrependeram e se voltaram
para Deus. Em sua autobiografia, Benjamin Franklin descreveu a incrível
transformação de sua cidade natal, Filadélfia, em 1739. Ele escreveu:
“Foi
maravilhoso ver a mudança logo ocorrida nas maneiras de nossos habitantes. De
irrefletidos ou indiferentes em relação ao Cristianismo, parecia que todo o
mundo estava se tornando cristão, de modo que não se podia andar pela cidade em
uma noite sem ouvir salmos cantado em diferentes famílias de cada rua.”
Nesse reavivamento,
barreiras raciais e culturais foram rompidas quando negros e brancos adoraram
juntos e compartilharam o Evangelho com vizinhos e amigos, independentemente de
raça ou posição social. Por exemplo, quando George Whitefield, em 1739, pregou
noite após noite para milhares de pessoas na escadaria do tribunal da
Filadélfia, negros faziam parte da audiência e não havia segregação.
Depois que
Whitefield pregou seu sermão de despedida, muitos o seguiram até seu local de
hospedagem, inclusive muitos negros. Mais tarde, ele registrou em seu diário: “Quase
50 negros vieram me agradecer pelo que Deus fez por suas almas.” Whitefield
considerou isso uma resposta à oração, dizendo: “Tenho sido muito atraído em
oração a eles, e os tenho visto forjados pela mensagem pregada.”
Evangelistas
do Grande Despertamento, aliás, consideram os negros entre os mais receptivos à
mensagem do Evangelho. Gilbert Tennent, por exemplo, ficou encantado que
durante uma viagem de pregação em Massachusetts, “Multidões foram despertadas e
várias pessoas receberam grande consolo, especialmente entre os jovens,
crianças e negros.”
Mais ao sul,
Samuel Davies deu atenção especial aos negros, inclusive escravos, durante seu
ministério na Virgínia. Ele foi muito encorajado por sua resposta entusiástica
ao Evangelho e escreveu:
“Meu
principal incentivo ultimamente tem sido entre os pobres escravos negros; na
terra de sua escravidão, eles foram conduzidos à gloriosa liberdade dos filhos
de Deus.”
Davies não
apenas pregou para libertar negros e escravos, mas os tratou como irmãos e
irmãs em Cristo, convidando-os a participar das cerimônias regulares da igreja,
inclusive a Ceia do Senhor. Em 1757 ele escreveu:
“O
pouco sucesso que tenho tido ultimamente tem sido principalmente entre os
extremos de cavalheiros e negros. Na verdade, Deus tem trabalhado notavelmente
entre esses últimos. Batizei 150 adultos; e na última solenidade sacramental,
tive o prazer de ver a mesa enfeitada com 60 rostos negros.”
Embora esses
primeiros evangelistas não tenham atacado a instituição da escravidão, a
mensagem inclusiva do Evangelho que eles pregavam e seu tratamento compassivo
para com os negros criaram um clima favorável aos sentimentos anti-escravidão
que irromperiam na próxima geração de pregadores do Despertamento.
Pregadores do Despertamento
da Segunda Geração Atacam a Escravidão
De fato, os
revivalistas que vieram depois de Whitefield, Tennant e Jonathan Edwards
levaram a mensagem de seus predecessores à sua conclusão lógica. Se somos todos
criaturas do mesmo Criador e se Cristo morreu para que todos pudessem ser
salvos, como é possível justificar a escravidão?
Portanto, eles
começaram um ataque violento à instituição da escravidão. É a isso que o
historiador Benjamin Hart se referia quando escreveu: “Entre os mais ardentes opositores
da escravidão estavam os pastores, particularmente os puritanos e pregadores
reavivalistas.”
Esses “opositores
ardentes da escravidão” incluíam os seguidores de Edwards que expandiram sua
ideia da dignidade essencial de todos os seres criados e a aplicaram aos negros
da América colonial. Eles incluíam Levi Hart em Connecticut; o filho de
Edwards, Jonathan Jr., também em Connecticut; Jacob Green em Nova Jersey e
Samuel Hopkins em Rhode Island.
Esse artigo é derivado do livro do Dr. Eddie Hyatt,
1726, disponível na Amazon e seu site em eddiehyatt.com. O Dr. Hyatt também é o
fundador do “Projeto
1726,” cujo objetivo é espalhar a mensagem do nascimento único da América a
partir do Primeiro Grande Despertamento e chamar os crentes de todos os lugares
para orar por outro Grande Despertamento em toda a terra.
Traduzido do
original em inglês da revista Charisma: The
Christian Revival That Defined America and Broke Slavery's Back
Fonte: www.juliosevero.com
Leitura
recomendada:
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se desvie da verdade de Deus
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Um comentário :
O ocidente foi o lugar mais livre que Já existiu, agora tudo esta se perdendo porque as tradições cristãs foram abandonadas.
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