A Agenda Gay e a Sabotagem dos Direitos Humanos
As Implicações da Linguagem Pró-Homossexualismo nos Documentos das Nações Unidas
Julio Severo
Em 2004, o Brasil
foi pioneiro ao apresentar na ONU a primeira resolução classificando o
homossexualismo como um direito humano inalienável. O Brasil estava então sob o
governo do presidente socialista Luís Inácio “Lula” da Silva. Lula liderou a
campanha na ONU para avançar o homossexualismo, e eu, como evangélico
conservador brasileiro, autor do primeiro livro brasileiro contra o movimento
homossexual (“O Movimento Homossexual,” publicado originalmente pela Editora
Betânia em 1998), liderei uma campanha pró-família contra a iniciativa de Lula.
Publico novamente meu principal artigo contra essa iniciativa por ver no
Brasil o governo do Presidente Jair Bolsonaro dando espaço para o ativismo gay.
Publico também porque o Presidente
Donald Trump tem também dado espaço para o ativismo gay. Os evangélicos
conservadores no Brasil e nos EUA se angustiaram com Lula e Obama por causa de
seu ativismo homossexual. Bolsonaro e Trump não deveriam tentar dar espaço para
esse ativismo. Eis meu artigo original, do mesmo jeito que foi publicado em 2004.
Foi a principal oposição brasileira à resolução de Lula na ONU, mas mesmo sendo
tão antigo tem muitas lições para Bolsonaro e Trump:
I. O Propósito do Sistema Internacional de Direitos Humanos
O sistema
inteiro das leis de direitos humanos se baseia no fato de que cada ser humano
tem direitos inalienáveis por causa de sua dignidade intrínseca. Esses direitos
existem porque cada ser humano foi criado conforme a imagem de Deus. A origem
dos direitos humanos não está nos governos nem nas organizações internacionais,
mas nas leis de Deus.
Em reação às
atrocidades que o governo nazista cometeu, países de comum acordo criaram um
sistema para proteger os direitos humanos fundamentais. O principal alicerce
desse sistema é a Declaração Universal dos Direitos Humanos que, de acordo com
René Cassin (um de seus principais autores), se baseou nos Dez Mandamentos da
Bíblia.
Hoje, a
Declaração é o ponto de referência mais importante quando se debate maneiras de
colocar ordem num mundo interdependente cada vez mais cheio de conflitos.
Conforme diz
o Artigo 16 da Declaração Universal dos Direitos Humanos:
*
Os homens e as mulheres de plena idade, sem nenhuma limitação devido à raça,
nacionalidade ou religião, têm o direito de se casar e estabelecer uma família.
*
A família é a unidade fundamental da sociedade e tem o direito à proteção da
sociedade e do Estado.
Conforme o
Artigo 18:
Todos
têm o direito à liberdade de pensamento, consciência e religião…
Infelizmente,
em nossa época os direitos fundamentais que a Declaração Universal expressa
estão sob constante ataque de grupos que estão tentando destruir a proteção da
família e a liberdade religiosa. Esses grupos estão promovendo a aceitação de
vários conceitos pervertidos, inclusive o homossexualismo como um direito
humano reconhecido no mundo inteiro.
Referindo-se
aos principais autores da Declaração Universal dos Direitos Humanos, Habib C.
Malik escreveu:
“Um
dos fenômenos mais preocupantes que está avançando hoje pode ser descrito como
o seqüestro sistemático dos direitos humanos para servir a interesses especiais
e promover agendas duvidosas de natureza política e, de modo geral, secular”.
II. O Sistema de Direitos Humanos em Todo o Continente Americano
A maioria
esmagadora das leis da América Latina também reconhece a proteção da família e
a liberdade religiosa como direitos fundamentais.
De acordo com
a Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem:
“Considerando
que a conduta moral constitui o nobre florescimento da cultura, é dever de todo
homem sempre mantê-la em elevado respeito”. (Preâmbulo.)
“Toda
pessoa tem o direito de expressar livremente uma fé religiosa e manifestá-la e
praticá-la em público e em particular”. (Artigo III.)
“Toda
pessoa tem o direito de estabelecer uma família, o elemento básico da sociedade
e assim receber proteção”. (Artigo VI.)
Conforme a
Convenção Americana dos Direitos Humanos:
“Todos
têm o direito à liberdade de consciência e de religião. Esse direito inclui a
liberdade de manter ou mudar de religião ou crenças, e a liberdade de professar
ou disseminar a própria religião ou crenças, individualmente ou junto com
outros, em público ou em particular”. (Artigo 12.1.)
“A
família é a unidade natural e fundamental da sociedade e tem o direito à proteção
da sociedade e do Estado”. (Artigo 17.1.)
Muito embora
na Europa a família e os valores cristãos tenham cada vez menos proteção contra
a hostilidade dos ativistas pró-homossexualismo, na América Latina a família e
os valores cristãos sempre tiveram direito a uma proteção acima dos grupos de
interesses especiais. Por vários anos, parecia que o avanço da ideologia gay no
sistema legal era um problema que afetava exclusivamente os Estados Unidos, o Canadá
e as nações da Europa, onde os militantes gays desafiam todas as leis que não
favorecem seu modo de vida. No entanto, talvez por causa da globalização
cultural geral, agora as leis e a cultura dos países da América Latina estão
também sob constante ataque dos mesmos grupos que estão avançando na Europa e
na América do Norte. Esses grupos estão tentando impor o homossexualismo como
um direito humano e corromper o significado da proteção da família e a
liberdade religiosa.
III. A Subversão dos Direitos Humanos Internacionais
Para entender
as campanhas atuais para promover a conduta homossexual como direito humano e
destruir a proteção da família e a liberdade religiosa, é importante saber que
os ativistas pró-homossexualismo abordam as questões legais com uma visão
distorcida da realidade.
Como
conseqüência de sua perspectiva distorcida e devido à crescente influência da
ideologia gay e feminista, há uma tendência de manipular o significado objetivo
dos direitos humanos, colocando até mesmo o ato médico de provocar aborto e a
prática do homossexualismo como questão de direito humano fundamental! Na
verdade, essas ações são ataques diretos contra o conceito de direitos humanos.
Se tiverem êxito, essas distorções levarão a uma deturpação do sentido dos
direitos humanos.
IV. A Questão da Orientação Sexual na Comissão de Direitos Humanos da ONU
No mundo pós-moderno
em que estamos, a manipulação das palavras é constante, mesmo na ONU, onde nem
tudo é como parece ser. Para os ativistas que estão sempre criando um “novo”
significado para certos termos, “interrupção voluntária da gravidez” quer dizer
fazer aborto, “saúde reprodutiva” ou “direito reprodutivo”
e “saúde sexual” ou “direito sexual” incluem o controle da natalidade e o aborto
médico (inclusive para adolescentes), “orientação sexual” significa a
homossexualidade, “gênero” inclui o homossexualismo e outras anormalidades
sexuais e o conceito de “família” abrange “famílias” de variados tipos,
inclusive homossexuais. Assim, esses e outros termos aparentemente inocentes usados
em documentos da ONU e de muitas ONGs (organizações não-governamentais) trazem significados
disfarçados que abrem espaço para interpretações e aplicações nada inocentes.
Um dos
exemplos mais importantes da influência dos ativistas pró-homossexualismo em seus
esforços para alterar o modo como entendemos a questão dos direitos humanos
pode ser visto no empenho de alguns países membros da Comissão de Direitos
Humanos da ONU (CDHONU) para aprovar uma resolução que reconhece a “orientação
sexual” (ou homossexualidade) como direito humano.
Durante a
reunião de abril de 2003 da CDHONU, o governo brasileiro (com o apoio do Canadá
e da União Européia) apresentou a Resolução sobre Direitos Humanos e Orientação
Sexual. Essa resolução reconhece a conduta homossexual como direito humano.
Obviamente, o Brasil, o Canadá e a União Européia sabiam que a grande maioria
da opinião pública internacional é contra a atitude de dar direitos especiais
para indivíduos que praticam o homossexualismo, pois a maior parte das nações
não deseja ajudar a facilitar o casamento homossexual e a criação de leis de ação
afirmativa. (No sistema de ação afirmativa, empregam-se medidas sociais e
legais para favorecer indivíduos unicamente por causa de sua condição de membro
de uma minoria.) Portanto, a utilização astuta do termo “orientação sexual” no
documento brasileiro ocultou com todo o cuidado a estratégia do Brasil, Canadá
e Europa de promover esses direitos especiais para o homossexualismo.
A resolução
foi uma surpresa para o Congresso Nacional em Brasília, que só veio a tomar
conhecimento algum tempo depois que a delegação brasileira na ONU já a havia
apresentado. Foi também uma surpresa para os líderes evangélicos, pois antes
das eleições presidenciais Lula havia se comprometido, em reunião com
importantes pastores, a não deixar que seu governo promovesse questões ligadas
ao aborto e ao homossexualismo.[1]
Apesar disso, a delegação brasileira na ONU, que representa os interesses e
opiniões do governo brasileiro, tem defendido exatamente essas questões, sob a
linguagem cuidadosamente disfarçada de “direitos reprodutivos” e “orientação
sexual”.[2]
O deputado
federal Dr. Elimar Damasceno solicitou diretamente do governo federal explicação
sobre a resolução brasileira na ONU, afirmando que “trata-se de um tema sobre o
qual não há legislação aprovada no País, não havendo consenso em nossa
sociedade visto suas implicações religiosas e culturais”.[3] O Ministério das
Relações Exteriores em Brasília rebateu:
…em
resposta à última pergunta sobre “quem autorizou aos representantes para
apresentar o Projeto de Resolução mencionado”, cabe assinalar que, além de a
Constituição Federal de 1988 dispor, em seu artigo 3º, inciso IV, que constitui
objetivo fundamental do Estado brasileiro “promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação”, e em seu artigo 4º orientar para que as relações internacionais
do Brasil sejam regidas, entre vários princípios norteadores, pela “prevalência
dos direitos humanos”, a política do Brasil em matéria de direitos humanos é explicitamente
favorável à promoção e proteção dos direitos das minorias. (O texto em negrito foi
salientado pelo editor.)[4]
Então, na
visão do governo brasileiro, os praticantes do homossexualismo são uma minoria “desprotegida”.
Conforme declara a resolução brasileira:
…os
direitos humanos e as liberdades fundamentais são inatos de todo ser humano,
que a natureza universal desses direitos e liberdades está acima de qualquer
dúvida e que a satisfação de tais direitos e liberdades não deve ser obstruída
de forma alguma com base na orientação sexual.
Na verdade, o
reconhecimento da orientação sexual como direito humano demolirá a natureza
universal dos direitos humanos. Se a orientação sexual (homossexualidade) for
reconhecida como direito humano, as leis que protegem a família em todos os
países sofrerão uma séria agressão e precisarão ser mudadas a fim de que os
praticantes do homossexualismo possam ter o direito de se casar, adotar
crianças, se alistar no serviço militar e gozar a proteção de leis de ação
afirmativa, entre muitos outros privilégios. Se o modo de vida gay receber
proteção como questão de direito humano, então o significado universal da
família desaparecerá. Tal aceitação do homossexualismo violará os direitos da
família e o significado legal do casamento da maioria esmagadora das pessoas no
mundo inteiro. Se direitos humanos forem reconhecidos com base na conduta
sexual dos indivíduos que praticam os atos homossexuais, então por que deixar
de fora os pedófilos e outros pervertidos? Esse tipo de abordagem, extremamente
subjetiva, abate a essência dos direitos humanos. O homossexualismo não é um
direito humano, nem é uma necessidade humana, mas apenas um desejo de se
conduzir e viver contra a natureza, e tais desejos e condutas não podem receber
privilégios e proteção legal.
A resolução
do governo brasileiro também diz: “Chama a todos os Estados para promoverem e
protegerem os direitos humanos, independente da orientação sexual”. Essa ação
será uma ameaça séria à liberdade religiosa, um direito humano fundamental
universalmente reconhecido. O Cristianismo e outras grandes religiões mundiais
consideram a conduta homossexual uma violação das leis de Deus. Assim, se a
resolução for aprovada na reunião da CDHONU de 2004, o direito à liberdade
religiosa será colocado em perigo e milhões de cristãos no mundo inteiro
poderão sofrer perseguição apenar por expressar suas convicções sobre a conduta
homossexual e por citar trechos da Bíblia que condenam os atos sexuais de
homens que se relacionam com homens. Mesmo sem a aprovação da resolução, já é
praticamente impossível tratar do problema da propagação da conduta homossexual
sem sofrer, principalmente por parte da imprensa liberal, acusações de homofobia
(um termo inventado para desanimar os que querem debater o problema com
seriedade), intolerância e extremismo religioso. No entanto, a promoção da
conduta gay, principalmente entre os homens, inevitavelmente promove a
propagação de doenças atrozes.[5]
A resolução
também declara: “Note-se a atenção dada à violação dos direitos humanos na base
da orientação sexual, por procedimentos especiais nos relatórios da Comissão de
Direitos Humanos, bem como no monitoramento a ser feito, e encoraja a CDHONU a
dar uma merecida atenção à matéria”.
A Comissão de
Direitos Humanos da ONU não foi criada para apoiar os desejos e condutas
sexuais anormais de grupos de interesses especiais que promovem o homossexualismo
e não deveria gastar seu tempo implementando normas que vão contra a liberdade
religiosa e ameaçam a proteção da família natural da maioria esmagadora das
pessoas ao redor do mundo.
V. Brasil, Canadá e União Européia: Principais Promotores da Questão Homossexual na Comissão de Direitos Humanos da ONU
Não é surpresa
para ninguém o fato de que entre os membros da CDHONU que patrocinaram a
resolução estão a Alemanha, Áustria, Bélgica, Canadá, França, Irlanda,
Liechtenstein, Grã-Bretanha e Suécia. Os outros países não membros da Comissão
que patrocinaram a resolução foram Dinamarca, Finlândia, Grécia, Itália,
Luxemburgo, Noruega, Holanda, Portugal e República Tcheca. Em contraste, nenhum
país da América Latina a patrocinou. Aliás, os países latino-americanos que
haviam escolhido não votar mudaram de posição e prometeram votar contra a
resolução logo que perceberam tudo o que está em jogo. O maior patrocinador da
resolução brasileira foi o governo canadense, que vem adotando uma posição
radical favorecendo o homossexualismo em seu próprio país. Em 2003 os tribunais
canadenses decidiram conceder a condição legal de casamento às uniões
homossexuais.
O Canadá e os
países da Europa sistematicamente promovem planos e políticas que são contrários
aos valores legais, históricos e morais da América Latina. A promoção do aborto
e direitos especiais para indivíduos que praticam o homossexualismo é parte
desses planos e políticas. O que é realmente de surpreender é a posição do
governo brasileiro, o principal defensor dos “direitos” homossexuais na
Comissão de Direitos Humanos da ONU. O novo governo socialista do Brasil está
imitando o radicalismo pró-homossexualismo da Europa e tal radicalismo desrespeita
as leis e a cultura da maioria das nações da América Latina.
É muito
difícil de entender como um país grande como o Brasil, com sua imensa população
católica e evangélica, está liderando, como prioridade de sua política externa,
a invenção de direitos especiais para indivíduos que praticam o
homossexualismo. Muito embora os outros países da América Latina pudessem ver a
posição pró-homossexualismo do governo brasileiro como uma maneira totalmente inovadora
de tratar as questões de direitos humanos, essa posição, além de não ser nova,
não teve origem em nenhum país da América Latina. Há vários anos os países
moralmente decadentes da Europa Ocidental têm, sob a (o)pressão dos ativistas
pró-homossexualismo, promovido tais idéias e eles sempre buscaram influenciar
os países menos desenvolvidos. O atual governo brasileiro tem demonstrado sua
disposição de seguir e se adaptar a essas influências.
O Presidente
Luiz Inácio Lula da Silva gosta de apresentar seu governo petista como um
governo socialista que favorece os interesses das nações menos desenvolvidas e
não aceita a influência da Europa e dos EUA. Apesar disso, não consegue deixar
de imitá-los. Propôs sua resolução de orientação sexual na ONU e, no próprio
País, seus camaradas petistas vêm adotando várias ações “inovadoras”: têm
facilitado a introdução de leis pró-homossexualismo e defendem vigorosamente
políticas de ação afirmativa com base em preferências raciais para as minorias.
Assim, pela primeira vez a sociedade brasileira vê um presidente agindo de um
modo político totalmente novo. Contudo, suas ações não são realmente novas nem
tiveram origem no próprio Brasil. Devido à (o)pressão de grupos de interesses
especiais, as sociedades americanas e européias conhecem há muitos anos tais
experiências políticas. O que é interessante é que na questão racial os
defensores de ações afirmativas na Europa, no Canadá e nos EUA são rápidos para
indicar e condenar a escravidão dos brancos contra os negros no passado e
explorar tal situação para sua extrema vantagem política, mas o que é estranho
é que eles são igualmente rápidos para negligenciar, desculpar ou ocultar a
atual e passada escravidão violenta dos negros contra os negros nas próprias nações
da África, inclusive o atual Sudão. Portanto, a noção de ação afirmativa,
conforme foi inventada pelos grupos de interesses especiais nos países
desenvolvidos e conforme é imitada em países como o Brasil, é uma forma de
opressão ideológica que acabará levando a outras formas de opressão, inclusive
dos ativistas pró-homossexualismo.
O próprio
governo do Brasil, que costuma ver os praticantes do homossexualismo como
minoria desprotegida, reconhece que se uma minoria recebe direitos especiais,
todas as outras minorias também devem receber. Em sua defesa da resolução
pró-homossexualismo do governo na ONU, o Ministro Samuel Guimarães, do Ministério
das Relações Exteriores, declarou: “O objetivo principal do projeto, portanto,
é afirmar o princípio da não-discriminação — pedra fundamental da arquitetura
da promoção e proteção dos direitos humanos desde a origem do sistema das
Nações Unidas — em relação a grupos discriminados mundialmente em razão da
orientação sexual. Essa posição se funda na idéia de que avanços na área dos
direitos humanos que beneficiem uma minoria discriminada representam ganho para
outros grupos que sofrem discriminação e para toda a espécie, na medida em que
se trata de um exercício de tolerância e respeito que promove os direitos
humanos em seu conjunto”.[6]
(O texto em negrito foi salientado pelo editor.)
Ao defender a
condição de direito humano para a conduta homossexual, o Brasil está
estimulando a redefinição do conceito de família, casamento e liberdade
religiosa. A linguagem de orientação sexual que o governo brasileiro propôs na
ONU será a ferramenta ideal para os ativistas pró-homossexualismo poderem
promover internacionalmente o casamento gay e um conceito relativo de família
que inclui homossexuais, transexuais e bissexuais formando uniões e adotando
crianças. Se a conduta homossexual for favorecida com tal proteção, a família
natural se tornará mais vulnerável e menos protegida contra as ações de grupos
de interesses especiais, inclusive os ativistas pró-homossexualismo. Todos eles
querem provocar o enfraquecimento e a ruína da família natural. Portanto, a
resolução brasileira é um ataque direto contra as igrejas evangélicas e
católicas e seu direito à liberdade religiosa. De acordo com essas religiões, a
conduta homossexual é pecado e o casamento é válido e legítimo somente entre um
homem e uma mulher.
O consenso da
América Latina é a favor da liberdade religiosa. O consenso da maioria da
população brasileira, que é católica e evangélica, é contra direitos e
privilégios para a conduta gay ou qualquer outro comportamento errado. Por
isso, o governo brasileiro deveria respeitar tal consenso e parar de defender os
valores pervertidos da Europa e do Canadá. O Brasil deveria também renunciar à
sua resolução pró-homossexualismo por seu desrespeito às leis e cultura da
América Latina. É hora de se levantar a favor dos valores latino-americanos e
parar de seguir as políticas neo-culturais, pró-homossexualismo e imperialistas
da Europa Ocidental. Não deveríamos deixar que os ativistas pró-homossexualismo
tenham êxito em seus esforços para recriar o conceito de “família” e “liberdade
religiosa” conforme a sua imagem distorcida da realidade.
VI. A Influência das Resoluções da ONU nas Leis de Cada País
Se a Comissão
de Direitos Humanos aprovar a resolução brasileira em sua reunião de março e
abril de 2004, então as Nações Unidas e os países do mundo serão obrigados a
considerar a conduta homossexual um direito humano fundamental.
Tal mudança
dará liberdade para os defensores mundiais da agenda gay defenderem o
comportamento gay e exigirem o casamento homossexual, a adoção de crianças e
leis de ação afirmativa. Então os praticantes do homossexualismo serão
protegidos como um grupo oprimido, e a proteção à conduta gay será reconhecida
nas leis internacionais. As leis de cada país, inclusive do Brasil, serão
obrigadas a reconhecer a força das leis internacionais.
Se os
diplomatas da Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas apoiarem a
resolução do governo brasileiro em sua promoção da linguagem de “orientação
sexual” nos documentos da ONU, então suas ações poderão contribuir para que o “direito”
ao comportamento homossexual seja respeitado e aceito nas leis internacionais.
Thomas Jacobson, analista de políticas da ONU na ONG Focus on the Family, disse
que a resolução poderia não só ajudar a dar aceitação mundial ao
homossexualismo, mas também colocaria milhões de crianças em risco. “Isso
levaria à promoção mundial da pedofilia, pois nos documentos internacionais da
ONU não há restrições de idade, sexo ou casamento na questão dos direitos
sexuais”.
VII. Uma Resposta Lógica
A grande
maioria da opinião pública internacional (principalmente na América Latina,
Oriente Médio, África, Ásia e EUA) apóia a posição de que a conduta homossexual
não deve receber privilégios mediante a condição de direitos humanos. Portanto,
precisamos lembrar aos ativistas pró-homossexualismo que de acordo com as leis
da natureza e as leis da maioria dos países, o casamento só é válido e legítimo
entre homens e mulheres e que o comportamento gay é um desejo e conduta
anormal, não um direito ou necessidade humana normal. Esse desejo e conduta
levam muitos a uma vida de solidão, depressão, doenças e a destruição das
qualidades essenciais das relações sexuais humanas.
Um pequeno
grupo de indivíduos radicais não deveria ter espaço livre para recriar o mundo
todo e suas leis conforme a sua imagem. Pessoas no mundo inteiro deveriam
responder às necessidades de indivíduos oprimidos e escravizados pelos desejos
e práticas homossexuais de um modo compassivo, para ajudá-los a vencer seus
vícios sexuais. Precisamos também responder de maneira firme aos grupos
extremistas que querem impor as políticas gays na sociedade, pois a proteção
dos direitos humanos fundamentais da família, casamento e liberdade religiosa é
infinitamente mais importante do que proteger uma conduta sexual que é contra a
natureza e uma séria ameaça contra o bem-estar da família. Vale a pena lutar
pela família. Vale a pena lutar pela orientação sexual?
De acordo com
o filósofo Richard Neuhaus:
Tendo
fracassado na área política em que democraticamente debatemos como devemos
regular nossa vida na sociedade, o movimento homossexual não tem escolha nenhuma,
exceto investir suas esperanças nos tribunais… organizações profissionais e
burocracias do sistema de escolas públicas. Nessas áreas suas vitórias têm sido
grandes, e eles anseiam muito mais. Em todas essas áreas, precisamos desafiar o
movimento homossexual, com calma, lógica e muita firmeza. O bem-estar de todos
depende disso.
Os ativistas
pró-homossexualismo estão realizando importantes campanhas para alterar a
linguagem dos direitos humanos e se aproveitar da condição das minorias. Eles
tentarão introduzir leis para favorecer seu modo de vida com base nos conceitos
de tolerância, antidiscriminação e ação afirmativa, conceitos usados para
favorecer as minorias. Mas, diferente da maioria das pessoas que vêm de
minorias, os gays são de modo geral mais ricos e têm mais acesso ao poder
político do que maioria da população. Dan Garcia comenta:
Embora
diferentes empresas de marketing e pesquisa utilizem diferentes números para a
população homossexual, abrangendo do real 1 por cento aos inchados 10 por cento
ou mais, as pesquisas mostram que os homossexuais estão financeiramente bem ou
melhor do que o resto do país… Os homossexuais mostram poder político acima da
maioria das pessoas, apesar de constituírem apenas 1 por cento da população.
Os que
acreditam na justiça objetiva têm a obrigação moral de defender os conceitos de
direitos humanos contra os grupos que estão tentando perverter o significado da
família, casamento e direitos. Conforme comenta Richard Neuhaus:
Não
há dúvida de que nos preocupamos com a justiça. Justiça para as pessoas,
principalmente os jovens apanhados pela confusão sexual e atacados por dentro e
por fora pelas pressões para se entregarem a um modo de vida marcado pela
compulsão, solidão, depressão e doença. Justiça também pela integridade de
nossa vida pública, que exige que a verdade seja falada com sinceridade e os
desacordos sejam debatidos com cortesia. Finalmente, justiça para os milhões de
mães, pais e crianças, que precisam de todo o apoio que puderem conseguir para
sustentar agora e transmitir para o futuro a “tropinha” de amor e fidelidade que
a família foi criada para ser.
O objetivo da
agenda gay é destruir a essência natural que Deus deu à família e ao casamento.
A luta pela justiça contra a imposição dessa agenda através de termos
pró-homossexualismo nos documentos nacionais e internacionais não se baseia no
preconceito, mas no conceito do amor e compaixão cristã. Baseia-se também na
responsabilidade de proteger a família natural e a liberdade religiosa no mundo
inteiro contra todos os tipos de ataques, inclusive dos grupos que querem
promover direitos especiais para a conduta homossexual através de um Cavalo de
Tróia intitulado “orientação sexual”.
Este
artigo foi baseado no documento original Why ''Sexual Orientation'' is Not a
Human Right, escrito por Yuri Mantilla, a quem agradeço pela permissão especial
de utilizar sua preciosa pesquisa. Copyright 2004 Julio Severo. Proibida a reprodução deste artigo sem
a autorização expressa de seu autor. Julio Severo é autor do livro O Movimento
Homossexual, publicado pela Editora Betânia. E-mail: juliosevero@hotmail.com
O QUE VOCÊ PODE FAZER?
Você pode assinar a petição online para impedir a
aprovação da resolução do Brasil. Para assinar a petição, visite este site:
Você pode também enviar e-mails e faxes para o
presidente e embaixadores. Informe-os, de modo cortês e claro, que você
gostaria que o governo brasileiro defendesse na ONU os direitos e os interesses
da família, não os dos ativistas pró-homossexualismo. A seguir apresento um
modelo de mensagem que você pode usar:
Prezado Sr. Presidente Lula (ou Prezado Sr.
Embaixador)
Estou triste com o fato de que o governo brasileiro
tenha apresentado na Comissão de Direitos Humanos da ONU a Resolução sobre
Direitos Humanos e Orientação Sexual, defendendo a questão controvertida de
“orientação sexual”. O consenso da maioria da população do Brasil, que é
católica e evangélica, é a favor da família em sua essência, porém os ativistas
gays demonstram forte agressão e oposição ao sentido natural do casamento, que
só é legítimo entre um homem e uma mulher. Eles também lutam para que possam,
como se fossem uma família normal, adotar crianças, pondo-as assim piscologica,
física e espiritualmente em risco.
Amo as pessoas que praticam os atos homossexuais, mas
não amo seus atos, não amo nenhuma violência contra elas e também não desejo
apoiar nenhuma política do nosso governo para favorecer o homossexualismo.
Por favor, peço-lhe considerar o consenso do nosso
país, que é contra direitos especiais baseados exclusivamente na conduta
homossexual de um indivíduo. Peço-lhe renunciar à sua resolução na ONU e votar
contra toda e qualquer resolução semelhante defendendo “orientação sexual”.
Que Deus, em suas misericórdias, o esclareça.
[Coloque aqui o seu nome.]
Para onde você deve enviar suas mensagens:
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Gabinete do Presidente
República Federativa do Brasil
Palácio do Planalto
Praça dos 3
Poderes — 70150-900 Brasília DF
E-mail: pr@planalto.gov.br, protocolo@planalto.gov.br
Fax: 011-55-61-411-2222
Ministro das Relações Exteriores Celso Amorim
Ministério das Relações Exteriores
Palácio Itamaraty — Esplanada dos Ministérios — Bloco
H
70170-900
Brasília DF
E-mail: celsoamorim@mre.gov.br
Telephone: (61)
411-6350 / 6351 / 6352 / 6353
Fax: (61)
322-6275, 55 61 411 6993
Representante Permanente da ONU, Embaixador Luiz
Felipe de Seixas Corrêa
Delegação Permanente em Genebra
Delegation du Bresil
Case postale 165
Avenue Louis Casaï 71 1216 Cointrin SUISSE
E-mail: mission.brazil@itu.ch, mission.brazil@ties.itu.int
Telephone: (4122)
929 09 00
Fax: (4122)
788-2505/2506
Representante Permanente da ONU, Embaixador Ronaldo
Mota Sardenberg
Brazil Permanent Mission to the UN, NY
747
3rd
AVE 9TH FLOOR 10017-2803 New York NY USA
E-mail: braun@delbrasonu.org, brazil@un.int
Telephone: (001212) 372-2600 / 832-6868
Fax: (1212)
963-4879, (1212) 371-5716/758-9242
Recommended Reading:
[1] Conforme informação dada pelo Bispo Robson Rodovalho, que
participou da reunião.
[2] Na questão do aborto, veja notícia no LifeSite Daily News de 3 de
julho de 2003 sobre a delegação brasileira na ONU. Veja também: http://www.un.org/News/Press/docs/2003/wom1404.doc.htm
[3] Requerimento de Informações nº 408, de 2003, do Dep. Elimar Máximo
Damasceno, Câmara dos Deputados, Brasília.
[4] Ofício nº 34, do Ministério das Relações Exteriores, Brasília,
datado de 11 de julho de 2003.
[6] Ofício nº 34, do Ministério das Relações
Exteriores, Brasília, datado de 11 de julho de 2003.
Um comentário :
Essas organizações globais são um grande problema. O poder fica muito centralizado e é mais fácil impor uma agenda e "direitos humanos" sobre os outros.
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