Presidente do Brasil diz que acredita em Jesus em evento evangélico
Julio Severo
O presidente
brasileiro Jair Bolsonaro se juntou aos 140.000 jovens que participaram do The
Send 2020 em Brasília, em 8 de fevereiro de 2020.
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Bolsonaro discursando no The Send |
A multidão de
milhares aplaudiu quando Bolsonaro subiu ao palco e pediu oração. Ele também
declarou que acredita em Jesus.
Os
coordenadores do evento incluíram Andy Byrd de Jovens com Uma Missão, Todd
White de Christianity Lifestyle, Brian Brennt do Circuit Rider, Michael
Koulianos da Jesus Image, o intercessor Lou Engle, Daniel Kolenda de Cristo
para Todas as Nações e Teo Hayashi do Movimento Dunamis.
Contudo, essa
não foi a primeira vez que Bolsonaro confessou Jesus. Em 2016, ele foi batizado
no rio Jordão pelo pastor Everaldo das Assembleias de Deus. A interação entre
eles no batismo foi:
“E
aí, Bolsonaro, você acredita que Jesus é o Filho de Deus?”
“Acredito.”
“Você
crê que Ele morreu na cruz?”
“Sim.”
“Que
Ele ressuscitou?”
“Sim.”
“Está
vivo para todo o sempre?”
“Sim.”
“É
o Salvador da humanidade?”
“Sim.”
“Mediante
a sua confissão pública, eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo.”
Everaldo e
Bolsonaro eram então deputados federais no Congresso Nacional, com Everaldo
sendo o presidente do Partido Social Cristão e Bolsonaro sendo um membro desse
partido. O batismo, embora simbolicamente espiritual, foi uma estratégia
política. Depois do batismo, os evangélicos brasileiros, que pensavam que ele
havia se tornado um evangélico, votaram maciçamente nele.
Hoje,
Everaldo e Bolsonaro são inimigos políticos e Bolsonaro deixou seu partido.
Bolsonaro
também aceitou Jesus em outros cultos evangélicos. Em dezembro de 2019, ele
recebeu alguns pastores evangélicos em sua residência presidencial e declarou
que estava “aceitando publicamente Jesus.”
Portanto, sua
declaração no The Send, aceitando ou declarando Jesus, foi uma de suas muitas
outras declarações semelhantes. No entanto, ele não está aberto apenas aos
evangélicos. Em maio de 2019, ele
fez com que um de seus ministros assinasse um documento consagrando o Brasil
para Santa Maria, e optou por manter a imagem dela em sua residência
presidencial.
Bolsonaro diante do ídolo da Aparecida |
Em janeiro de
2020, pouco antes do evento The Send, Bolsonaro visitou a Índia, onde ele se
purificou em um templo hindu. Você
pode assistir à sua purificação hindu aqui.
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Bolsonaro com um sacerdote num templo hindu |
Astrólogos, médiuns espíritas e videntes são
imensamente populares no Brasil. Paulo Coelho, um autor esotérico brasileiro
que é visto como um “católico místico,” tem vários livros publicados em todo o
mundo, inclusive nos Estados Unidos. Até mesmo Bill Clinton, quando era
presidente dos EUA, tinha seus livros como leitura favorita.
O médium
espírita “João
de Deus,” que se considera católico, ficou tão famoso por conduzir “cirurgias
psíquicas” que Oprah Winfrey o visitou. Hoje, ele está preso por centenas de
estupros.
Cada um deles
diz que “crê” em Jesus. É muito comum no Brasil qualquer católico, inclusive
médiuns espíritas, declarar que acredita em Jesus.
No caso de
Bolsonaro, seu catolicismo não é diferente do sincretismo religioso generalizado
entre os católicos brasileiros.
Ele viu que
sua abertura espiritual às pessoas em suas religiões as torna abertas
politicamente para ele. Então, quando ele foi batizado no rio Jordão por um pastor
pentecostal, os evangélicos votaram em massa nele. Sua estratégia política foi
bem sucedida.
Sua abertura —
cada vez que ele aceita ou confessa Jesus — é pelo menos uma porta aberta para
que algo aconteça, inclusive a possibilidade de uma verdadeira conversão a
Jesus. Entretanto, é inegável que, assim como os líderes evangélicos aprenderam
a capitalizar religiosamente em cima das visitas dele a seus eventos e cultos,
ele também aprendeu a capitalizar politicamente em cima do desejo evangélico de
vê-lo aceitando Jesus — de novo e de novo e de novo.
Essa
capitalização mútua é benéfica quando os dois lados estão realmente abertos um
ao outro. No entanto, os eleitores de Bolsonaro, inclusive eu, precisam orar
fervorosamente por ele. Embora tenhamos garantido sua vitória com milhões de
votos, ele
vem recebendo conselhos de um homem ocultista — como é tradição no Brasil,
onde presidentes católicos recebem conselhos de médiuns, espiritualistas,
ocultistas etc.
Tais
conselhos ocultistas estão produzindo estranhos escândalos em seu governo.
Recentemente, ele
teve de demitir sua principal autoridade da cultura depois que ele citou o nazista
Goebbels enquanto falava sobre arte nacionalista em um vídeo que tinha o
compositor favorito de Hitler tocando ao fundo.
Jesus pode
curar Bolsonaro de seu sincretismo e sua dependência de conselhos ocultistas.
Cada vez que ele aceita ou confessa Jesus em um culto ou evento evangélico, há
uma oportunidade de que ele possa alcançar uma verdadeira experiência de
salvação, apesar de suas estratégias políticas.
Deus é maior do
que estratégias políticas. Vamos orar para que as estratégias de Deus prevaleçam.
Com informações de Charisma, Extra e GospelMais.
Versão em
inglês deste artigo: Brazilian
President Says He Believes in Jesus in Evangelical Event
Fonte: www.juliosevero.com
Leitura
recomendada:
Os
tentáculos da doutrinação ideológica de Olavo de Carvalho sobre 57 milhões de
crianças e jovens nas escolas do Brasil
4 comentários :
NA VERDADE, O ESPÍRITO DO VELHO POLÍTICO BRASILEIRO NUNCA O DEIXOU...ELES FAZEM QUALQUER NEGÓCIO PELA FAMA E PELO PODER.
Crer em Deus em Jesus? A Bíblia tbm diz que os demônios creem e tremem.
Bolsonaro se prostrando diante dos demônios do hinduísmo não é novidade, político é tudo igual.
Eu quero ver os falsos profetas corarem de vergonha quando Deus derramar juízo neste injusto país chamado Brasil. Tal qual aconteceu com Judá no passado, quando os falsos profetas prometiam chuvas de bençãos para aquele povo pecador e corrupto.
Pelo comportamento dele nao parece acreditar em Jesus. Será que se realmente acreditasse se comportaria como se comporta?
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