Impunidade saudita em solo americano: FBI revela que Arábia Saudita ajuda seus cidadãos a escapar dos EUA após crimes sérios, enquanto autoridades americanas fazem vista grossa
Julio Severo
Um recente relatório do FBI revelou que a ditadura
islâmica da Arábia Saudita “quase certamente” ajuda seus cidadãos a escapar de processos
por crimes graves dos quais eles são acusados nos EUA, e as autoridades americanas
têm feito vista grossa há anos.
“É improvável que as autoridades (sauditas) alterem
essa prática no curto prazo, a menos que o governo dos EUA (USG) lide
diretamente com essa questão com a (Arábia Saudita) e vincule a cooperação dos
EUA nas prioridades (sauditas) a interromper essa atividade,” de acordo com o
FBI.
É a primeira vez que um órgão da polícia federal americana
reconhece a prática “secreta” da Arábia Saudita.
Para piorar as coisas, se um saudita que cometeu um
crime nos EUA escapar para a Arábia Saudita, não há chance de justiça. Embora sejam
aliados, os EUA e a Arábia Saudita não têm um tratado de extradição, tornando difícil
e improvável que um cidadão saudita acusado de um crime nos EUA seja liberado
sem pressão diplomática ou política.
Entre os casos em que a Arábia Saudita ajuda seus
cidadãos a escapar da justiça nos EUA, há um estudante saudita que matou uma
menina americana de 15 anos no Oregon há quase quatro anos.
Abdulrahman Sameer Noorah, 21, deveria ser julgado em
Portland em junho de 2017, mas desapareceu nove dias antes da data do início do
julgamento.
Ele estava sob fiança sob uma única acusação de
homicídio culposo por supostamente matar Fallon Smart, atropelando-a enquanto
ela atravessava a rua em 19 de agosto de 2016.
Noorah, que estava estudando com uma bolsa de estudos
na Faculdade Comunitária Portland, estava dirigindo com uma licença suspensa na
época.
Apesar dos pedidos das famílias de Fallon para o
tribunal negar-lhe a fiança, ela foi fixada em US$ 1 milhão e um décimo, US$
100.000, foi pago pela embaixada da Arábia Saudita em Los Angeles, ocasionando
sua libertação.
As condições de sua libertação declaravam que ele
precisava permanecer em prisão domiciliar. Como parte de suas condições de
fiança, Noorah foi forçado a entregar seu passaporte.
No entanto, nove dias antes do início do julgamento, a
polícia descobriu que a tornozeleira eletrônica que ele foi forçado a usar
havia sido removida e não conseguiu encontrá-lo.
Acredita-se que ele fugiu depois em um jato particular
com a ajuda do consulado saudita. Ele desapareceu depois de ser pego na faculdade
em um SUV preto.
As autoridades dos EUA suspeitam que Noorah tenha
usado um passaporte ilícito para fugir para a Arábia Saudita em um jato
particular fornecido pelo consulado saudita.
Autoridades sauditas confirmaram às autoridades
americanas que Noorah havia retornado à Arábia Saudita sete dias depois que ele
desapareceu.
Funcionários do Departamento de Segurança Nacional dos
EUA e do Serviço de Agentes Policiais Federais dos EUA estão certos de que o
governo saudita se envolveu na fuga de Noorah.
Uma investigação do jornal The Oregonian revelou que
outros quatro estudantes sauditas, que estudavam no Oregon e enfrentavam
circunstâncias semelhantes às de Noorah, também fugiram dos EUA nos últimos
anos.
Todos eram jovens estudando em uma das faculdades ou universidades
públicas do Oregon, com assistência da Arábia Saudita.
Waleed Ali Alharthi, que era estudante da Universidade
Estadual do Oregon, foi encontrado com posse de pornografia infantil em abril
de 2015.
A polícia disse que encontrou vídeos pornográficos em
seu laptop envolvendo crianças. Ele foi preso e indiciado em 10 acusações de
incentivar abuso sexual infantil.
O consulado também pagou sua fiança de US$ 500.000.
Mais tarde, ele fugiu. Ele foi levado da Cidade do México para Paris e para a Arábia
Saudita.
Em um caso semelhante, alguns anos antes, Abdulaziz Al
Duways foi preso em dezembro de 2014 por estupro de uma colega de classe na Universidade
Ocidental do Oregon.
Ele foi acusado de estupro e preso com uma fiança de
US$ 500.000. Dias depois, um funcionário do consulado saudita pagou sua fiança
e Al Duways desapareceu antes de enfrentar o tribunal.
Em 2012, o estudante da Universidade Estadual de
Oregon, Ali Hussain Alhamoud, foi formalmente acusado de estuprar uma jovem.
Ele foi libertado sob fiança, paga pelo governo
saudita, e voltou para a Arábia Saudita no mesmo dia.
Sami Suliman Almezaini, do condado de Gallatin,
Montana, foi formalmente acusado de estuprar sua colega de quarto em julho de
2017, no mesmo mês em que desapareceu.
Saud Alabdullatif, do condado de Spokane, Washington,
desapareceu em maio de 2016. Ele havia sido formalmente acusado de estupro
forçado em segundo grau e prisão ilegal depois de forçar uma mulher a fazer
sexo oral com ele naquele mês.
Abdullah Almakrami, de Milwaukee, Wisconsin,
desapareceu um mês depois de ter violentado sexualmente uma mulher em março de
2014.
Hani Alshammary, do Condado de Erie, Pensilvânia, foi
formalmente acusado de volentar sexualmente uma mulher em abril de 2014.
Ele foi formalmente acusado de tentativa de estupro,
compulsão forçada, restrição ilegal, assédio e conduta desordeira.
Fahad Al Ghuwainem, de Oklahoma City, Oklahoma,
desapareceu em dezembro de 2014, dois meses depois de ter estuprado um homem
com um cúmplice masculino depois que os três se encontraram em um bar gay.
Siraj Marakeey, do condado de Snohomish, Washington,
desapareceu em julho de 1991. Ele foi formalmente acusado de estupro em
primeiro grau por violentar sexualmente uma criança em junho de 1991.
Esses não são os únicos crimes sauditas ignorados
pelas autoridades americanas. Existem crimes muito maiores. Há o atentado
contra os EUA em 11 de setembro de 2001, cometido principalmente por
terroristas sauditas. No entanto, a Arábia Saudita “avisou que começaria a
vender até US$ 750 bilhões em títulos do Tesouro dos EUA e outros ativos se o
Congresso dos EUA aprovar uma lei que permite que a Arábia Saudita seja
responsabilizada nos tribunais dos EUA pelos atentados terroristas de 11 de
setembro de 2001.”
Se iranianos estuprassem e matassem americanos em solo
americano, seria impossível escaparem dos EUA, especialmente com a ajuda da
embaixada e consulados iranianos.
Se iranianos tivessem cometido o atentado contra os
EUA em 11 de setembro de 2001, seria impossível o Irã escapar das intervenções
militares dos EUA.
A Arábia Saudita fica impune por qualquer um de seus
crimes porque é “um dos maiores credores estrangeiros dos EUA.”
Portanto, essa é a razão pela qual as forças armadas
dos EUA mobilizam milhares de jovens americanos para morrer “patrioticamente”
pelos sauditas. E por amor aos sauditas, o exército dos EUA mata. Mataram
um general iraniano —
obviamente, para agradar aos sauditas, que odeiam iranianos.
Em seu artigo “Dívida
deixou os EUA presos aos petrodólares… e à Arábia Saudita,” o autor Ryan McMaken disse:
“Mas por que os EUA deveriam continuar a apoiar com
tanta força esse regime ditatorial? Certamente, essas relações estreitas não
podem ser devido a algum apoio americano à democracia e aos direitos humanos. O
regime saudita é um dos regimes mais intolerantes e antidemocrático do mundo.
Sua classe dominante tem sido repetidamente conectada a grupos terroristas
islâmicos, com a revista Foreign Policy no ano passado chamando a Arábia
Saudita de ‘o coração pulsante do wahabismo — o credo religioso absolutista e
rígido que ajudou a semear as cosmovisões da al-Qaeda e do Estado Islâmico.’ …A
resposta está no fato de a Arábia Saudita estar no centro dos esforços dos EUA
para manter o dólar como moeda de reserva mundial e garantir a demanda global
pela dívida dos EUA.”
Em 1974, os EUA fizeram um acordo do diabo com a
Arábia Saudita: a Arábia Saudita e seus aliados islâmicos usariam apenas
dólares para suas transações de petróleo, fortalecendo o dólar como moeda
mundial, e os EUA protegeriam a Arábia Saudita de seus inimigos geopolíticos. O
acordo também incluía que a Arábia Saudita tinha de investir nos EUA e comprar
a enorme dívida dos EUA. A Arábia Saudita fez isso e, como resultado, os EUA estão,
através de suas próprias dívidas, escravizados à Arábia Saudita.
Então, não é de admirar que, o que quer que a Arábia
Saudita faça nos EUA, contra os EUA, contra outras nações e contra os cristãos,
o governo dos EUA apenas faça vista grossa. Aliás, os EUA não apenas fazem
vista grossa, mas também olham positivamente para os sauditas, mesmo quando
nada é positivo. O secretário de Estado dos EUA Mike
Pompeo, quando era diretor da CIA, visitou a Arábia Saudita para recompensá-los
por seus esforços “contra o terrorismo.” Será que ele acrescentou “bom comportamento” para os
sauditas envolvidos no atentado contra os EUA em 11 de setembro de 2001? Essa
recompensa não foi resultado da realidade. Foi o ato de uma nação em dívida
agradando ao seu credor.
Pompeo, que é evangélico, viajou para a Arábia Saudita
representando o governo americano e o Cristianismo, porque qualquer que seja o
cargo que tenhamos, não podemos dissociar nosso Cristianismo dele. A recompensa
anti-realidade foi dada por um cidadão dos EUA representando o governo e os
evangélicos dos EUA.
É de se admirar que igrejas
estejam fechando e mesquitas estejam sendo abertas nos EUA? A resposta pode estar no acordo moral e
espiritualmente desastroso dos EUA com a Arábia Saudita, onde os EUA estão
escravizados à Arábia Saudita por meio de uma dívida enorme e profunda. A
resposta pode estar também em evangélicos americanos, como Pompeo, aceitando
que os EUA se submetam a uma ditadura islâmica terrorista. Pat
Robertson, um dos líderes evangélicos mais proeminentes dos EUA, desculpou
completamente os enormes acordos dos EUA em que armas americanas são vendidas e
transferidas para a Arábia Saudita —
para ajudar e favorecer crimes sauditas, inclusive crimes contra os cristãos.
Os EUA com seus evangélicos passarão toda a eternidade
agradando a seus credores terroristas sauditas?
Versão
em inglês deste artigo: Saudi
Impunity on American Soil: FBI finds Saudi Arabia helps its citizens escape the
U.S. after serious crimes while U.S. officials look the other way
Fonte: www.juliosevero.com
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2 comentários :
A Babilônia de Ap 17 pode ser o cruel e assassino sistema islâmico e a de Ap 18 pode ser Meca na Arábia saudita.
Como citado acima, os EUA fizeram um verdadeiro pacto com o diabo, o que é uma abominável vergonha para uma nação dita democrática e acima de tudo cristã.
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