Com financiamento de impostos, CPAC Brasil, o maior evento “conservador” do Brasil, critica… socialistas financiados por impostos
Julio Severo
Defendendo o
Estado mínimo, Eduardo Bolsonaro apresentou a CPAC Brasil, que ele disse ser o
maior evento conservador do Brasil. Apesar da ideia de “Estado mínimo”
significar “menos impostos” e menos gente do governo gastando dinheiro de
impostos, o que se viu na CPAC foi “conservadores” criticando socialistas
financiados por impostos num evento que custou
R$ 1,1 milhão de dinheiro de impostos.
Eduardo Bolsonaro apresentando Olavo de Carvalho na CPAC Brasil |
Embora o
evento tenha sido projetado
para 2 mil pessoas, de acordo com os organizadores
a conferência teve cerca de 1.200 participantes.
Para os
socialistas, é muito fácil usar a máquina do Estado para seus projetos de
poder. Agora, em versão direitista, Eduardo Bolsonaro usou a máquina do Estado
para seu projeto de poder pessoal.
Em vez de
promoverem suas causas com o dinheiro do próprio bolso, os socialistas sempre
usam o dinheiro dos outros, de preferência de impostos. Não diferente disso, o
“princípe” Eduardo promoveu a CPAC no Brasil não com o dinheiro de seu próprio
bolso, mas com dinheiro de impostos. Se isso não é socialismo direitista, então
o que é?
No entanto, o
problema não é só impostos sendo usados para financiar o que Eduardo Bolsonaro
chamou de maior evento conservador do Brasil. Conforme
consta no próprio site do evento, a conferência CPAC Brasil foi oficialmente
realizada
pela Fundação Indigo, que já defendeu a
legalização do uso medicinal e recreativo da maconha.
“A legalização do porte, distribuição e venda de
maconha para fins medicinais e recreativos poderia solucionar vários problemas
públicos brasileiros, como a superlotação de prisões, a existência de esquemas
complexos e muito lucrativos de tráfico, a redução taxa de criminalidade e a
redução do número de mortes causadas pelo tráfico e pela overdose com a
utilização substâncias mais tóxicas,” defendeu
a Fundação Índigo, que realizou a CPAC Brasil.
Como Eduardo
Bolsonaro e seus aliados não quiseram, de acordo com valores conservadores,
financiar a CPAC Brasil com dinheiro do próprio bolso, a Fundação Índigo foi
usada para financiar, com dinheiro de impostos, o evento.
Não é a
primeira vez que Eduardo realiza um evento “conservador” com dinheiro de
impostos usando a Fundação Índigo. Em julho de 2018 ele tentou realizar a Cúpula
Conservadora das Américas, que acabou sendo realizada em dezembro.
É óbvio que
com tanto dinheiro de impostos usado num evento “conservador,” o que foi
exaltado não foi o conservadorismo. A exaltação foi dada para Eduardo
Bolsonaro, que é filho do Presidente Jair Bolsonaro. O segundo homem mais
exaltado foi Olavo de Carvalho, um conselheiro de Bolsonaro que por seu longo
histórico de ocultista e astrólogo é considerado o “Rasputin
de Bolsonaro.”
A Cúpula
Conservadora das Américas, que glorificou Carvalho, custou 500 mil reais de dinheiro de
impostos.
Pela lei
brasileira, financiar eventos com dinheiro público não é ilegal. Mas do ponto-de-vista
conservador, não é correto. Chega a ser imoral.
“Ele asfaltou
o caminho para que viesse Bolsonaro,” disse o filho do presidente sobre a
glorificação de Carvalho na CPAC. Em março de 2019 Eduardo
foi repreendido pelo televangelista Silas Malafaia por descartar os evangélicos
para creditar a vitória de Bolsonaro a Carvalho. Malafaia, que é a maior
voz conservadora evangélica hoje, não foi convidado para a conferência da CPAC,
embora ele
tenha liderado milhões de evangélicos a votar em Bolsonaro.
O único
grande serviço noticioso internacional que escreveu uma reportagem sobre a
conferência da CPAC foi a BBC, mas só em sua edição em português. Sua edição em
inglês ignorou o evento. Aliás, embora os EUA tenham milhares de sites
conservadores, nenhum até agora escreveu sobre o evento da CPAC no Brasil.
A BBC mostrou
um telão na CPAC onde Carvalho foi exaltado. A verdade é que o filho do
presidente pode dizer e fazer o que quiser, desde exaltar um Rasputin até
canalizar impostos para realizar um evento “conservador.”
Não é a
primeira vez que a BBC trata de Carvalho. Em 2017, quando nenhum canal
conservador dos EUA escreveu sobre a participação de Carvalho num debate com um
socialista brasileiro na Universidade de Harvard, a
BBC foi o único grande canal noticioso a entrevistar Carvalho, que disse que apoia a ideia socialista de “renda mínima,” onde o Estado daria um salário
mínimo para cada cidadão. Esse salário aparentemente generoso viria totalmente
do dinheiro de impostos.
Em sentido
muito real, Carvalho não está longe de Satanás, não só por suas conexões
ocultistas mal explicadas, mas também por ser o maior defensor do revisionismo
da Inquisição no Brasil. A opinião
de Carvalho é que os evangélicos americanos são mentirosos por apoiarem a
“mentira” de que a Inquisição torturava e matava judeus e protestantes.
Por ser o
maior país evangélico do mundo e por ser o país que mais protegeu judeus no
mundo, os
EUA também se tornaram o país que mais combateu a Inquisição. Embora
Carvalho não esconda de ninguém sua repugnância pelo papel dos evangélicos
americanos para ajudar os judeus no combate à Inquisição, ele
prefere viver nos EUA, um comportamento incoerente não diferente de
socialistas brasileiros que criticam o capitalismo e o evangelicalismo
americano, mas preferem viver nos EUA.
Carvalho
também disse
que as igrejas evangélicas fizeram mais mal ao Brasil do que a esquerda inteira.
O fanatismo e
a incoerência da direita pró-Inquisição criada por Carvalho levam
seus seguidores até a dizer que a Inquisição é vítima de difamações, assim como
o próprio Presidente Trump é vítima de difamações. Até no Ministério
da Educação há agora defensores da Inquisição.
Contudo, a
defesa da Inquisição não é o único problema deles. Allan dos Santos, que foi
exaltado por Eduardo Bolsonaro e Mercedes Schlapp como representante oficial da
“imprensa conservadora” no Brasil, é um seguidor de Carvalho que foi
desmascarado pelo jornalista Felipe Moura Brasil em sua reportagem na revista
Crusoé “Os Blogueiros de Crachá,” sobre blogueiros que apoiam Carvalho e
Bolsonaro e recebem favores financeiros.
A reportagem
de Moura Brasil mostra como Allan dos Santos e até o Felipe G. Martins,
assessor internacional especial do presidente, supostamente atuam em
conspirações para derrubar ministros que não estão alianhados com Carvalho. Um
dos ministros derrubados foi o General
Carlos Alberto dos Santos Cruz, que alegadamente se opôs que dinheiro de
impostos de seu ministério fosse desviado para financiar Carvalho e seus grupos.
Graças à
atuação desses grupos militantes, não existe real liberdade no governo
Bolsonaro. Todos os ministros que tentaram criticar a influência nociva de
Olavo de Carvalho no governo foram demitidos. Então se futuramente disserem que
Carvalho era uma pessoa respeitada por todos no governo Bolsonaro porque todos
os ministros o elogiavam, é porque ninguém tinha escolha.
Como não
elogiar Carvalho? Ele
recebeu de Bolsonaro a condecoração mais elevada do governo brasileiro, um
sinal claro, conforme as palavras de um líder do partido de Bolsonaro, de que Bolsonaro
está apaixonado por Carvalho. É um sinal também de que Carvalho se tornou
incriticável no governo.
Felizmente,
não estou no governo e posso criticar Carvalho com responsabilidade cristã.
Quando Carvalho aconselhou o Presidente Bolsonaro a colocar Ricardo Velez como
ministro da Educação, fui
eu quem denunciou que Velez apoiava Hillary Clinton e não gostava de Trump.
Quando Velez caiu, Carvalho aconselhou Bolsonaro a escolher Abraham Weintraub, denunciado
por mim como um direitista socialista.
No Brasil,
não é a grande mídia esquerdista que critica Carvalho pela defesa que ele faz
da Inquisição. Aliás, a esquerda não parece se importar que ele defenda tais
atrocidades passadas. O maior crítico dele nessa assunto sou eu. Por causa de
minha crítica, Carvalho,
usando e abusando de sua influência no governo, já apelou para a Polícia
Federal me investigar, como se fosse crime criticá-lo por causa da Inquisição
e seus envolvimentos ocultistas.
Embora os
evangélicos tenham sido o bloco principal de apoio a Bolsonaro na eleição
presidencial de 2018, há pouquíssimos evangélicos em cargos de alto escalão
no governo. Esses evangélicos também não têm liberdade de criticar Carvalho.
Em entrevista
exclusiva ao HuffPost do Brasil, Eduardo Bolsonaro zombou da denúncia do
jornalista Moura Brasil, dizendo que existe “uma deliberada perseguição a
qualquer um que não se alinhe à conduta desejada pela esquerda.” (Sua
entrevista foi incoerente, pois se ele não gosta da esquerda, por que ele
aceitou ser entrevistado pelo esquerdista HuffPost?)
Pelo simples
fato de que o jornalista denunciou caça às bruxas a serviço de Carvalho, ele
foi rotulado como fazendo parte da esquerda. É uma acusação injusta.
Felipe Moura
Brasil é o editor de um livro best-seller de Carvavlho e autor de um vídeo
contra o socialismo com mais de 7 milhão de visualizações nos Estados Unidos. O
vídeo (https://youtu.be/bKhR9i5CGkA),
intitulado “How Socialism Ruined My Country” (Como o Socialismo Arruinou Meu
País), foi divulgado por Dennis Prager, um conhecido judeu antimarxista
americano.
Não existe
nos EUA um vídeo antimarxista brasileiro mais famoso do que o vídeo de Felipe.
Se criticar
influências ocultistas no governo Bolsonaro torna você vulnerável de ser
tachado de “esquerdista,” em breve Eduardo Bolsonaro lançará essa acusação
contra mim, embora eu tenha militância antimarxista muito antes dele. Em pleno
governo Lula em 2006, eu criticava sua campanha homossexualista. Uma
das maiores denúncias publicadas nos EUA contra o governo Lula foi escrita por
mim em 2006.
Enquanto em
1999 Jair Bolsonaro estava apoiando Hugo Chávez e seu socialismo venezuelano,
eu estava combatendo o socialismo e a agenda gay. Sou o autor do livro “O
Movimento Homossexual,” publicado originalmente pela Editora Betânia em 1998.
Esse foi o primeiro livro brasileiro contra a agenda homossexual.
Por causa do
meu conservadorismo cristão, sou
criticado até mesmo pela esquerda nos EUA.
Então, quem
participou da CPAC Brasil, onde os maiores exaltados foram Eduardo Bolsonaro e
Olavo de Carvalho?
Os
palestrantes americanos foram:
Matt Schlapp
Mercedez Schlapp
James M. Roberts
Christine S. Wilson
Charles R. Gerow
Senador Mike Lee
Kassy Dillon
Como não
entendem português, os americanos foram incapazes de entender que em vez de
estar com os representantes do conservadorismo brasileiro, eles estavam na
verdade vendo os representantes do movimento de Olavo de Carvalho que, não
surpreendemente, foram os palestrantes brasileiros, inclusive:
Ministro Ernesto Araújo, fã
assumido de Olavo de Carvalho, René Guénon e Julius Evola. O ocultista islâmico
René Guénon, muito recomendado por Carvalho durante décadas, tinha como
principal discípulo Evola, cujos livros defendendo um ocultismo direitista
inspiraram o fascismo italiano e o nazismo.
Abraham Weintraub, ministro
da Educação que prometeu criar mais creches no Brasil do que os governos
socialistas anteriores, numa campanha de socialismo de direita. O
ministério dele também lançou
uma campanha usando a astrologia e o público brasileiro atribuiu esse
disparate à influência de Carvalho na vida dele.
Bernardo Kuster, ex-evangélico
que se converteu à seita político-esotérica de Carvalho. Hoje ele defende
a ideia de que a Inquisição era um tribunal de misericórdia.
Ana Campagnolo, uma “evangélica” adepta de Carvalho. Ela ficou
famosa por combater o marxismo em sala de aula, e ficou
igualmente famosa por doutrinar alunos a fazer mapas astrais (astrologia) sem o
consentimento e conhecimento dos pais.
Damares Alves, pastora pentecostal, também falou. Seu tema foi
questões pró-família. Ela não é discipula de Carvalho, mas também não é livre
para criticá-lo e alguns itens homossexuais da agenda do governo Bolsonaro. Aliás,
ela
recebeu ordens para implementar esses itens.
A CPAC Brasil
teve também uma mesa redonda com os adeptos de Carvalho — Filipe G. Martins,
Rafael Nogueira, Flávio Morgenstein e Taiguara Fernandes — para debaterem a importância dele.
Além disso,
houve uma mesa redonda com a “mídia indepentente” — termo que Eduardo usa para
significar a mídia que exalta Carvalho. Na “mídia indepentente” Eduardo incluiu
Conexão Política, Visão Macro, Daniel Lopez, Terça Livre (de Allan dos Santos)
e Crítica Nacional.
Como filho do
presidente, Eduardo Bolsonaro pode incluir ou excluir quem ele quiser. Ele tem privilégios
garantidos pelo pai e muito dinheiro de impostos para realizar o que quer. O
fato de que ele usou dinheiro de impostos para realizar a CPAC Brasil mostra o
poder do “príncipe,” termo usado pelo Major Olimpio, líder do partido de
Bolsonaro no Senado. Ele disse que os filhos do presidente Bolsonaro têm “mania
de príncipes” e causam problemas para o pai.
A mania mais
recente do “príncipe” é querer ser o embaixador do Brasil nos EUA.
Daniel Lopez,
que é considerado pastor evangélico e participou da CPAC como “mídia
independente,” caiu na lábia de Carvalho e hoje promove livros abertamente
contra a fé evangélica, inclusive livros sanitizando a Inquisição. Um
desses livros tem como título “Inquisição, um tribunal de misericórdia.”
Não existe,
em Daniel Lopez, nenhuma independência de Carvalho. Aliás, todas as outras
“mídias independentes” não são independentes de Carvalho.
A marca
registrada do movimento supostamente direitista de Carvalho é a defesa
intransigente da Inquisição. Digo supostamente direitista porque o
próprio Carvalho recusa o título de direitista e conservador. Outra marca
registrada desse movimento é o culto à personalidade de Carvalho.
Allan dos
Santos, do Terça Livre, foi o principal “jornalista independente” exaltado por
Eduardo. Conforme denúncia do UOL, Allan já andou se beneficiando de dinheiro
de impostos para suas despesas pessoais. O que falta no Brasil é “jornalista
independente” cujo bolso seja independente de dinheiro de impostos.
Não sei se
Matt Schlapp, Mercedez Schlapp, James M. Roberts, Christine S. Wilson, Charles
R. Gerow, Senador Mike Lee e Kassy Dillon participariam da CPAC Brasil se
conhecessem de fato quem é Olavo de Carvalho, nem sei se eles concordam que a
CPAC Brasil foi apenas usada e abusada para glorificar Eduardo Bolsonaro,
Carvalho e seus adeptos.
Contudo,
aparentemente eles tiveram a ideia de que o líder do movimento conservador no
Brasil é o “príncipe” Eduardo Bolsonaro. Walid
Phares, palestrante americano da CPAC, disse que Eduardo está “liderando um
emergente movimento national conservador.”
Não sei se os
organizadores americanos da CPAC são inocentes e não mereciam ser ludibriados.
No ano passado, o
evento deles nos EUA baniu um grupo evangélico conservador pró-família e
recebeu um grupo homossexualista. Além disso, a CPAC já teve como
palestrante programado um proeminente
homossexual conservador, que acabou humilhando a CPAC depois de se envolver num
escândalo público de defesa da pedofilia.
Tentar unir
homossexualismo com conservadorismo é algo que um real conservador cristão
nunca faria nem aceitaria. Mas um oportunista movido por dinheiro faz e aceita
qualquer coisa.
Na CPAC
Brasil, Eduardo Bolsonaro posou de forma orgulhosa com a bandeira do arco-íris,
mostrando que ele acredita que existe conservadorismo homossexual.
Eduardo Bolsonaro e a bandeira gay |
Apesar disso,
o empresário católico americano Sean Fieler exibiu na CPAC Brasil em sequência
as bandeiras da União Soviética, de Cuba e do movimento gay, equiparando-as
como formas de totalitarismo.
“É o
movimento mais perigoso nos EUA atualmente”, declarou ele. É um movimento tão
destrutivo que já está se infiltrando em grupos e partidos conservadores,
inclusive na própria CPAC.
A lição
brasileira que ficará com relação à CPAC por um longo tempo é que os americanos
ligados à CPAC são altamente vulneráveis. Eles pregam Estado mínimo, menos
impostos e denunciam socialistas financiados por impostos. Mas na primeira
oportunidade, aceitam participar de um evento financiado altamente por
impostos.
O Presidente
Jair Bolsonaro não participou do evento, talvez como insatisfação
à negativa de Trump de incluir o Brasil na OCDE em 2019, depois de todos os
agrados que Bolsonaro fez a ele.
Nessa altura
os organizadores da CPAC podem estar se perguntado se o pântano brasileiro, que
está cheio de problemas da esquerda, não tem também problemas da direita.
Querendo ou não, a CAPC acabou legitimando a direita extremista pró-Inquisição
que ameaça o verdadeiro conservadorismo cristão. Legitimou também o culto à
personalidade de Carvalho, que não mede esforços para se glorificar, ainda que
à custa do verdadeiro conservadorismo.
Legitimou uma
deturpação do conservadorismo brasileiro.
Quanto a
Eduardo Bolsonaro, a CPAC foi um grande brinquedo para o “príncipe.”
Com informações de CPAC
Brasil, BBC, HuffPost Brasil, O Antagonista, Notícias Yahoo, Congresso em Foco,
Gazeta do Povo, Notícias UOL e El País.
Versão em inglês deste artigo: Tax-Funded
CPAC Brazil, Brazil’s Largest “Conservative” Event, Criticizes… Tax-Funded
Socialists
Fonte: www.juliosevero.com
Leitura recomendada:
Os
tentáculos da doutrinação ideológica de Olavo de Carvalho sobre 57 milhões de
crianças e jovens nas escolas do Brasil
7 comentários :
As igrejas precisam acordar. Satanás na vida do Olavo e dos seus seguidores quer "estreitar" o caminho pra nós evangélicos. Isso para não dizer "exterminar-nos", pois já expõe sem reservas sua defesa do revisionismo da Inquisição.
Que o Senhor dê discernimento com poder do Espírito dEle aos líderes evangélicos, para que possam se unir em torno da Palavra em busca de soluções para o Brasil e não caiam na armadilha de se unirem a esse movimento pseudo-conservador monarca e em essência, ocultista.
Deus abençoe, irmão Julio Severo.
O irmão Julio Severo sempre com seus artigos esclarecedores.
Deus o abençoe.
Excelente artigo Júlio. Como sempre
Deve ser esclarecido que uma porcentagem do fundo partidário deve ser,por lei, destinada à educação política. Então, se eles não usassem esse dinheiro, ficaria no fundo partidário. Sou contra essa lei, mas já que ela existe, qual seria a opção menos ruim?
Realmente, o olavismo tem causado confusão no governo Bolsonaro, acredito que a crise no seu partido, e a desavenças com antigos aliados e tudo resultado do olavismo, lamentável.
Aprendiz, se a CPAC fosse um evento político-partidário, até poderia fazer sentido alocar DINHEIRO DE IMPOSTO do PSL para isso. Além disso, foi usada a Fundação Indigo para repassar o dinheiro de imposto. A Fundação Indigo, ligada ao PSL, tem histórico de tudo, inclusive luta pela legalização da maconha. Assim, sendo que a CPAC não era evento político-partidário, esse 1 milhão de reais investido foi talvez a coisa mais imoral já vista na história do conservadorismo brasileiro. Mostra que esse tipo de conservador prega contra o socialismo, mas na primeira oportunidade pega dinheiro de impostos exatamente como fazem socialistas. Isso foi injustificável. E imoral.
Do jeito que um petista justifica o uso de dinheiro público para seus eventos, falsos conservadores justificam o uso de dinheiro público para seus eventos. Não podemos jamais nos curvar diante dessa grave deturpação e corrupção que olavistas estão impondo no conservadorismo. Do contrário, não haverá no final muita diferença entre socialistas e direitistas, que ficarão no mesmo nível no que se refere a pegar dinheiro de imposto. Quem está justificando o uso de dinheiro de imposto na CPAC não tem moral para criticar socialistas devoradores de impostos.
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