Neto de Billy Graham lança nova igreja, argumentando que seus adultérios passados não foram abuso de poder
Julio Severo
Tullian
Tchividjian está liderando uma nova igreja depois de se demitir devido a seus
casos de adultério em 2015. Tchividjian, neto de Billy Graham, foi forçado a
renunciar ao cargo de pastor em junho de 2015, mas ele alega agora que todos os
seus relacionamentos românticos ou sexuais com mulheres — que incluíam mulheres
que ele aconselhava na igreja — foram consensuais e não abuso de seu poder
pastoral.
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Tullian Tchividjian pregando em seu Santuário |
Tchividjian,
um homem musculoso e tatuado, é muito diferente de seu avô evangelista,
conhecido por sua seriedade e usar ternos.
Tchividjian é
filho de Gigi Tchividjian, a filha mais velha do avô dele. Graham morreu em
2018 de causas naturais aos 99 anos de idade.
Além de
pregar, Tchividjian é autor de vários livros sobre o Cristianismo.
Uma mulher
que teve um caso extraconjugal com Tchividjian diz que o relacionamento foi “abuso
pastoral e má conduta sexual” por parte Tchividjian.
Contudo, o pastor que
é famoso na internet diz que isso não é verdade. Mas ele admite que teve dois
casos adúlteros — um dos quais foi com uma mulher que era membro da igreja,
Rachel Steele. O caso deles durou entre maio e junho de 2015.
Esse caso
eventualmente levou à sua renúncia da Igreja Presbiteriana Coral Ridge em Fort
Lauderdale, Flórida, e acabou com seu casamento com a ex-esposa Kim. O
presbitério do sul da Flórida também revogou suas credenciais pastorais.
Depois da
Igreja Presbiteriana Coral Ridge, ele começou a trabalhar para a Igreja Willow
Creek em Winter Springs, Flórida. Mas nem essa igreja esquerdista, que tentou
lhe dar uma chance, aguentou o comportamento dele: Depois de confessar outro
caso de adultério, ele foi demitido da igreja.
Sem salário,
casa e mordomias, Tchividjian diz que sofreu depressão profunda depois de ser
demitido da Igreja Willow Creek, afirmando que até queria cometer suicídio. Ele
disse que sua depressão só passou depois que ele se casou com outra mulher, Stacie
Philipps, em 2016.
“Algumas
pessoas acham que eu deveria calar a boca e rastejar para dentro de uma caverna
e nunca mais sair porque não estou qualificado para liderar espiritualmente de
qualquer maneira por causa de tudo o que passei e do que fiz,” disse ele.
Tchividjian
insiste em que seus adultérios não foram abuso de poder pastoral sobre mulheres
que ele aconselhava dentro da igreja.
Contudo, Rachel
Steele acusou-o de abusar de seu poder como pastor. “Ele era meu líder
espiritual. Você sabe, ele era o meu herói. Ele era o professor que me ensinava…
Ele definitivamente tinha um lugar de autoridade na minha vida,” disse Rachel. “Você
confia em um homem assim muito mais.”
Tchividjian é
acusado também pela organização Resposta Santa ao Abuso no Ambiente Cristão, ou
RSAAC, que é liderada pelo irmão de Tchividjian.
Uma
declaração publicada por RSAAC em seu site acusa Tchividjian de “má conduta
sexual pastoral contra várias mulheres.”
Na primeira pregação
de Tchividjian no Santuário, ele falou do seu “passado” e argumentou que Deus
pode redimir qualquer coisa. Mais tarde, ele postou no Twitter esta mensagem:
Pode
alguma coisa boa sair do fracasso? Pode alguma coisa boa sair do adultério ou
do divórcio? Pode alguma coisa boa sair de solidão, desânimo ou perda? Pode
alguma coisa boa sair de um casamento emocionalmente morto ou de uma vida
descasada ou sonhos despedaçados?
—
Tullian Tchividjian (@TullianT) August
8, 2019
Aparentemente
o que mais pesou em sua decisão pessoal de voltar a pastorear foi saudades da
velha vida abastada de pastor.
Depois dos
diversos adultérios, Tchividjian podia voltar para Deus? Podia. Mas o que ele está
fazendo é voltar a ser pastor, para gozar a boa vida financeira — com casa
grande e salário elevado — que ele gozava no passado. Tendo fracassado em
encontrar um emprego que lhe proporcionasse tal boa vida financeira, ele viu
que não existe outra saída a não ser voltar à sua velha vida de pastor.
Mas toda essa
boa vida ele já tinha e só perdeu por descontrole sexual. A igreja que ele
pastoreava no passado era grande e forte.
A Igreja
Presbiteriana Coral Ridge, sob a liderança do Rev. D. James Kennedy, tinha
participação ativa nas décadas de 1980 e 1990 no movimento conservador,
combatendo agendas malignas, inclusive o aborto e a homossexualidade. Depois da
morte dele, Tullian Tchividjian assumiu a liderança, afastando a Igreja
Presbiteriana Coral Ridge das guerras culturais.
Como pastor
da Igreja Presbiteriana Coral Ridge, Tchividjian afirmou que o envolvimento dos
evangélicos no movimento político conservador prejudicava o Cristianismo.
“No curso dos
últimos 20 ou 30 anos, o evangelicalismo, especificamente sua ligação com a
Direita cristã e políticas conservadoras, tem feito mais danos ao nome do
Cristianismo do que qualquer outra coisa,” ele
disse.
Tchividjian acabou
banindo os membros conservadores, inclusive a filha de D. James Kennedy, porque
eles queriam continuar a tradição da Igreja Presbiteriana Coral Ridge de
envolvimento nas guerras culturais. Mas a atitude dele de se afastar da luta
contra o aborto e a agenda gay não tinha nada a ver com a família Graham.
Franklin Graham, filho de Billy Graham e presidente da Associação Evangelística
Billy Graham, tem
estado muito ativo nas guerras culturais.
A mídia
secular não está atacando Tchividjian por causa de seus adultérios. Isso não é
surpresa: Pelo fato de que ele evitava guerras culturais, a mídia está lhe
dando um bônus. Se ele estivesse ativamente lutando contra o aborto e a agenda
gay, as manchetes nacionais e internacionais explodiriam sem dó nem piedade com
títulos como “Proeminente Pastor Antigay e Antiaborto Cai em Escândalos
Sexuais!” seguidas de reportagens crivadas de críticas ácidas.
Ao escolher se
distanciar do conservadorismo, com sua luta cristã necessária contra o aborto e
a agenda gay, Tchividjian e seus adultérios ganharam a simpatia e proteção
especial da mídia esquerdista.
A esquerda
pouco se importa se ele chama sua nova igreja de Santuário. Mas pelos padrões
de Deus, Santuário não é brincadeira e jamais deveria ser um lugar em que o púlpito
está manchado pelas sombras de um pastor que adulterava com mulheres que ele
aconselhava na igreja.
Com
informações de Charisma e Daily Mail.
Fonte: www.juliosevero.com
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