Marisa Lobo sugere que profeta Elias precisava de internamento em hospital psiquiátrico e acusa críticos cristãos de sua psicologia de “terroristas”
Julio Severo
“Com certeza
Elias, se passasse por um médico e ou psicólogo, sairia com um encaminhamento
para internamento, e seria considerado como um paciente grave com risco de
cometer suicídio,” disse Marisa Lobo, que se identifica como psicóloga cristã,
num artigo recente no portal GospelMais.
“Ainda
que digam que ele teve um episódio depressivo, não é verdade.”
“A
caverna de Elias foi sim um hospital para ele e pode ser para qualquer um.”
“Podemos
analogamente dizer que a caverna era um hospital? Claro que sim!”
O artigo dela
no GospelMais parece ter sido uma reação ao meu artigo publicado um pouco antes
intitulado “Depressão,
suicídio e o profeta Elias.” Aliás, não existe outro alvo possível, pois meu
artigo foi o único a lidar com a opinião “clínica” dela sobre Elias. No artigo,
mostrei que não é certo colocar Elias como exemplo para casos de suicídio, pois
ele nunca pensou em suicídio. Em resposta, Marisa reforçou sua ideia de que
Elias seria encaminhado para internamento psiquiátrico e seria “considerado
como um paciente grave com risco de cometer suicídio.”
Concordo com
Marisa sobre psicólogos vendo necessidade para internar Elias num hospital
psiquiátrico. Bastaria que Elias dissesse aos psicólogos e psiquiatras que ele ouviu
a voz de Deus e viu anjos e pronto: Eles o colocariam numa camisa-de-força e
injetariam suas drogas psiquiátricas nele.
Marisa usa Elias
em suas palestras sobre pessoas que querem se matar. Pessoas suicidas ouvem
vozes para se matar. Elias realmente ouviu uma voz, mas essa voz não o orientou
a se matar. Marisa iria defender um internamento psiquiátrico para curar Elias
de ouvir a voz de Deus? Ela também acha que tratamento psiquiátrico “cura”
pessoas de ouvirem vozes de demônios orientando-as a se matar?
Se Jesus e os
apóstolos soubessem que internamento e drogas psiquiátricas “curam” as pessoas
de ouvir vozes demoníacas eles jamais expulsariam demônios. Eles viajariam no
tempo e perguntariam para Marisa como se formar em psicologia para lidar com as
multidões de pessoas com opressão demoníaca — ops, problemas psiquiátricos.
No entanto, a
psicologia moderna não recomendaria um internamento só para Elias. Marisa
poderia também se tornar vítima de sua própria profissão: Bastaria que ela
dissesse que o homossexualismo é pecado, abominação e perversão, conforme diz a
Bíblia, e a diagnosticariam como louca em necessidade de internamento.
No meu
artigo, eu disse:
“Marisa
errou ao rotular Elias de depressivo, como se de tempos em tempos ele ficasse
em estado de depressão. Absolutamente nada na Bíblia indica que Elias tinha
crises regulares de depressão. Se um episódio isolado de angústia da alma
causada por grande perseguição política transforma, no olhar psicológico de
Marisa, Elias em ‘depressivo,’ então todo mundo na Bíblia era depressivo. Nessa
definição ‘clínica’ dela, qual é o cristão que escapa de ser rotulado de ‘depressivo’?”
A reposta de
Marisa foi que “Ainda que digam que ele teve um episódio depressivo, não é
verdade.” Isto é, ela reforçou sua percepção, alimentada por suas noções
psicológicas subjetivas, de que Elias era um homem que vivia em depressão
regular.
No meu
artigo, eu disse:
“Elias
não vivia numa condição de crises depressivas frequentes, mas sentiu depressão
num momento específico de sua vida por causa da ameaça de morte de uma grande
autoridade governamental.”
Eu também
disse:
“A
caverna inóspita sem luz e água de Elias não era um hospital psiquiátrico para
curar pacientes depressivos, que ficariam ainda mais depressivos em tal
ambiente melancólico.”
Mesmo assim,
Marisa insistiu na sua noção subjetiva de que a caverna era uma espécie de
hospital psiquiátrico.
Ela também
usou o exemplo de Elias para defender que drogas psiquiátricas, cuja ação é
questionável até pela literatura profissional secular, são tão importantes ou
no mesmo nível da intervenção de Deus na vida de Elias.
Para tentar
dissipar quaisquer dúvidas sobre suas credenciais, ela deixou claro no seu
artigo que ela é teóloga e formada em teologia. Ora, então ela deveria saber que
não se usa os critérios da psicologia, que é fundamentalmente humanista, para
interpretar a Bíblia. Esses critérios tornam tanto a ela quanto Elias
vulneráveis a internamento.
Seus longos
estudos teológicos não lhe deram a capacidade de entender que a Bíblia está
acima da psicologia e seus vários subjetivismos? Seus estudos teológicos também
não lhe deram condições de discernir,
durante os vários anos em que ela esteve envolvida com entidades do Rev. Moon,
fundador da Igreja da Unificação, que o coreano herético se considerava um
messias superior a Jesus Cristo?
O fascinante
é que quando denunciei
que cantores gospel estavam se unindo ao evento de uma das entidades do Rev.
Moon, nenhum dos cantores me chamou de “terrorista.” Todos eles recuaram da má
decisão. Só Marisa e o Bispo Manoel Ferreira lutaram contra minha denúncia.
Mas mesmo
sendo “teóloga,” Marisa parece analisar tudo partir do pressuposto enganoso de
que criticar a psicologia é parecido com criticar a Bíblia, como se a Bíblia e
a psicologia estivessem no mesmo nível de importância. É um pressuposto
enganoso porque não existe consenso entre os cristãos sobre uma suposta
infalibilidade da psicologia.
A Enciclopédia
Popular de Apologética (publicada pela prestigiosa editora evangélica americana
Harvest House Publishers), de Ed Hindson, diz:
Existem
mais de 300 modelos de aconselhamento hoje. Nessa mistura de teorias psicológicas,
há muitas opiniões seculares de aconselhamento que discordam veementemente umas
das outras. Devemos lembrar que Freud, Jung, Skinner e Rogers tinham sérias
diferenças filosóficas.
Um
fato que não podemos ignorar sobre os esforços para integrar a psicologia e a
fé é que a psicologia foi fundada no humanismo secular. Isso pode parecer
simplista, mas é verdade. Toda a psicologia, seja ela rotulada de primitiva ou
moderna, secular ou religiosa, foi fundada no humanismo secular e embelezada
pelas filosofias do homem. O cerne de toda psicologia está enraizado no que o
homem pensa e acredita sobre a vida humana sem a eterna Palavra de Deus. A
psicologia pode usar alguns princípios bíblicos em suas teorias, mas em grande
parte as teorias da psicologia são filosoficamente determinadas pelos padrões
humanos.
A
psicologia e a teologia nunca foram parceiros que ficam juntos à vontade. Suas
pressuposições filosóficas básicas são quase diametralmente opostas entre si.
Ambas presumem tratar da condição humana fundamental e sugerir curas para os
conflitos internos da pessoa.
A Editora
Harvest House, que publica essa enciclopédia questionando a psicologia, é a
mesma editora que publica alguns livros do Dr. James Dobson, inclusive seu
famoso Manual de Conselho Familiar. Dobson é o mais conhecido psicólogo
evangélico dos EUA. Harvest House não vê nenhuma incompatibilidade em publicar
obras de psicólogos cristãos e enciclopédias que refutam a psicologia. Dobson
não chamou sua própria editora de “terrorista” por questionar a psicologia.
Pessoas
civilizadas e maduras recebem questionamentos e críticas civilizadas sem traumas
e xingamentos.
Mas não é só
a literatura cristã que coloca em dúvida a divindade ou quase divindade de
teorias psicológicas. A literatura secular profissional também levanta dúvidas.
Já que Marisa
acha tão importante, usando seus manuais de psicologia, enquadrar como doença
mental toda angústia de alma na Bíblia, inclusive no caso de Elias, vejamos o
que a literatura especializada secular tem a dizer. Em seu artigo “Estudo:
Diagnósticos Psiquiátricos São ‘Cientificamente Sem Sentido’ no Tratamento da
Saúde Mental” publicado em 9 de julho de 2019 no site Study Finds (Descobertas
de Estudos), John Anderer escreveu:
Um
estudo recente conduzido na Universidade de Liverpool causou surpresa ao
concluir que os diagnósticos psiquiátricos são “cientificamente
insignificantes” e inúteis como ferramentas para identificar e tratar com
precisão o sofrimento mental em nível individual.
De
acordo com os autores do estudo, o sistema de diagnóstico tradicional usado
hoje pressupõe erroneamente que todo e qualquer sofrimento mental é causado por
um distúrbio e depende demais de ideias subjetivas sobre o que é considerado “normal.”
“Talvez
seja a hora de pararmos de fingir que rótulos com aparência médica contribuem
com alguma coisa para nossa compreensão das complexas causas do sofrimento
humano ou de que tipo de ajuda precisamos quando estamos angustiados,” comentou
o professor John Read.
O
estudo foi publicado na revista científica Psychiatry Research (Pesquisa
Psiquiátrica).
Esse estudo
foi também divulgado
pelo portal conservador americano WorldNetDaily.
Embora meus questionamentos
sobre a psicologização que Marisa fez do profeta Elias para defender internamento
psiquiátrico e drogas psiquiátricas tenham sido feitos de forma educada e
cristã, a reação dela foi dizer que se sentiu “ofendida” com os questionamentos.
Tão “ofendida” que ela chamou o autor dos questionamentos de “anticristo.” A
esse ataque, ela acrescentou comentários como supostos “abusos cometidos por ‘líderes
blogueiros,’” “blogueiros terroristas cristãos,” “terrorismo espiritual” e
vários outros adjetivos semelhantes — tudo porque me recusei a me prostrar
diante do altar sagrado da psicologia.
Vamos então
ao significado das palavras. De acordo com o Dicionário Oxford da Inglaterra, “terrorista”
significa “uma pessoa que usa o terrorismo na busca de objetivos políticos.”
Supostamente
então, na avaliação “clínica” de Marisa, faço uso de terrorismo na busca de
objetivos políticos. Nem mesmo eu sei quais seriam esses objetivos. Até onde
sei, quem concorreu a cargos políticos — e perdeu — foi ela, não eu. Diferente
dela, que já concorreu a vereadora, nunca concorri a nenhum cargo político.
O que é
terrorismo? De acordo com o Dicionário Oxford, “terrorismo” significa “o uso
não oficial ou não autorizado de violência e intimidação na busca de objetivos
políticos.”
Na avaliação “clínica”
de Marisa, minha crítica à comparação dela de Elias com paciente psiquiátrico
foi mais que ofensa. Foi um ato terrorista.
Só falta agora
a ela explicar quando foi que usei violência e intimidação para ela não usar
Elias em suas palestras psicológicas. Não posso e não vou impedi-la de psicologizar
Elias nas igrejas. Mas posso e vou refutar esse absurdo.
Chamar críticos
de terroristas é comportamento padrão de ditadores comunistas e islâmicos, que acusam
seus críticos de “terrorismo” para facilitar todos os tipos de violência contra
as vítimas, inclusive assassinato. Toda violência verbal ou não se torna ideologicamente
justificável quando se cola a etiqueta de “terrorista” numa vítima pelo “crime”
de criticar.
Curiosamente,
Marisa usou seu espaço no GospelMais para me atacar. Outros também já usaram o
GospelMais para me atacar. Um deles foi o Pr. Johnny Bernardo, conhecido no
mundo apologético. Em seu artigo no GospelMais de 2014 intitulado “Júlio Severo e temas relacionados,” Johnny
diz com todas as letras:
“Suas
críticas baseadas em um extremismo religioso semelhante ao islâmico,
fundamentalista… Os ataques do Júlio não se restringem à prática homossexual —
até então correta do ponto de vista doutrinário, cristão —, mas, nos últimos
anos, têm atingido pessoas de respeito, de reconhecida contribuição com o
Evangelho e à justiça social. Destaco três figuras brasileiras: Augustus
Nicodemos, Ariovaldo Ramos e Antonio Carlos Costa. Ao mesmo tempo, dá apoio a
figuras polêmicas, como lideres neopentecostais, à jornalista do SBT Rachel
Sheherazade e o militar defensor da tortura, Bolsonaro. Também faz duras
críticas à Universidade Presbiteriana Mackenzie.”
Ele acrescentou:
“Se
quiser saber, meu jovem, sou a favor de uma série de pontos, como a legalização
da maconha.”
No meu artigo
“Maconha
sim, Julio Severo não!” explico como Johnny está profundamente equivocado em
suas ideias, inclusive ao dizer: “A Revolução Cubana foi necessária.”
Mas o que
estranhar? Johnny Torralbo Bernardo tem um histórico de anos no Partido
Comunista do Brasil.
Mas diferente
de Johnny, que foi corajoso e usou explicitamente meu nome nos ataques, Marisa
preferiu usar a “ética” das insinuações maliciosas. Preferiu me atacar sem
citar diretamente meu nome.
Marisa apelou
feio chamando a mim, o único que teve coragem de questionar sua psicologização
de Elias, de “terrorista” e errou feio ao dizer que a “ciência” é quem
classifica Elias como depressivo. Ela cometeu o erro de chamar a psicologia de “ciência”
quando a própria Enciclopédia Popular de Apologética declarou que há muitas
polêmicas, contradições e humanismo na psicologia. Ela basicamente se escondeu
atrás da psicologia, esquecendo totalmente seu diploma de teologia, para
ostentar a alegação de que a “ciência” classifica Elias de depressivo, como se
ele tivesse de tempos em tempos crises de depressão. O textão de Marisa no
GospelMais encontra-se aqui: “Elias tinha
depressão? Segundo a ciência, sim! Saiba como foi tratado.”
Ela não só se
escondeu atrás de uma suposta “ciência” para dizer que Elias “seria considerado
como um paciente grave com risco de cometer suicídio,” mas ela também citou explicitamente
o nome do pastor da igreja dela (Pr. Luiz Roberto Silvado, Igreja Batista do
Bacacheri em Curitiba) como apoiador das ideias dela.
Então foi o pastor
dela que a autorizou a acusar indiretamente a mim de “terrorista”?
Foi o pastor
dela que a autorizou a classificar Elias como merecedor de internamento
psiquiátrico e drogas psiquiátricas?
Foi o pastor
dela que a autorizou a participar de eventos de uma entidade do Rev. Moon
durante anos? Claro que a psicologia jamais a condenaria por tal participação.
Mas seu diploma de teologia não disse nada ao seu coração? Seu pastor não disse
nada aos seus ouvidos?
Não foi a
Bíblia e muito menos a ciência que classificou Elias de depressivo. Foi o
subjetivismo de Marisa que fez isso. Foi também esse subjetivismo que a levou a
disparar a etiqueta “terrorista” e vários adjetivos contra mim no seu textão.
Lido com
críticas, nacionais e internacionais, em diversos níveis. Em vez de ficar
xingando meus críticos, eu os refuto e uso argumentos melhores do que os deles,
exatamente como estou fazendo aqui. Já
fui criticado várias vezes pela maior revista homossexual do mundo. Em vez de
xingá-los, rebati com argumentos melhores.
Chamar de
terrorista e outros xingamentos não é argumento. É justamente falta de
argumento.
O que não
entendo é como um portal evangélico grande como o GospelMais dá tanto espaço e
liberdade para seus escritores me chamarem de “extremista,” “fundamentalista” e
agora, cúmulo dos cúmulos, “terrorista,” principalmente quando meu blog contém
há anos vários ataques meus ao terrorismo islâmico e marxista.
Esse é o
preço que pago quando minhas críticas “severas” incomodam comunistas e lobos.
Entretanto,
no caso de Marisa, o fato de ela ser membro do Conselho Federal de Psicologia
lhe dá carta branca para sair por aí definindo cristãos como “terroristas”?
Qual Marisa usou o adjetivo “terroristas” para definir cristãos que criticam a psicologização
que ela fez de Elias: A Marisa psicóloga, a Marisa teóloga ou a Marisa colunista
do GospelMais?
Só temo se
surgir a Marisa política. É desejo de todo político com sentimentos ditatoriais
poder adotar medidas drásticas contra críticos a quem eles definem como “terroristas.”
Meu desejo é
só demolir pedestais de imponência humana que são colocados acima da Bíblia.
Fonte: www.juliosevero.com
Leitura
recomendada:
Leitura
recomendada sobre o profeta Elias:
Leitura
recomendada sobre a Esquerda dos EUA contra Julio Severo:
Maior revista gay dos EUA furiosa com
protesto evangélico contra iniciativa do governo dos EUA de descriminalizar a
homossexualidade em todo o mundo
Outra
leitura recomendada:
Um comentário :
crucificaram Jesus por informar que era o filho de Deus, Jesus o filho de Deus a palavra de Deus que se fez carne, hoje, bem provável que fariam a mesma coisa...
Um doido de pedra que afirmasse que ninguém nasce homem ou mulher seria elogiado e não internado.
2 Tes 2:4
Postar um comentário