Todos precisam lembrar o Holocausto
Julio Severo
O Holocausto,
que foi perpetrado pela Alemanha nazista contra mais de 6.000.000 de judeus,
que foram monstruosamente abusados, torturados e massacrados, é um crime
genocida que deve ser lembrado por todas as nações.
O Dia
Internacional da Lembrança do Holocausto acontece a cada 27 de janeiro como memória
de que em 27 de janeiro de 1945, Auschwitz-Birkenau, o maior campo de
concentração e morte nazista, foi libertado pelo Exército Vermelho da União
Soviética. Enquanto o exército nazista destruía os judeus, o Exército Vermelho
tinha muitos soldados judeus que ajudaram a libertar os judeus alemães.
Os judeus
estão certos ao afirmar que o genocídio nazista contra eles nunca deveria ser
esquecido.
Cristãos —
tanto católicos quanto evangélicos — precisam se lembrar porque o maior
Holocausto contra os judeus aconteceu exatamente em uma nação cristã, a
Alemanha nazista, que era cerca de 50% católica e 50% protestante,
especialmente luterana. Embora uma minoria de corajosos católicos (inclusive
Claus von Stauffenberg) e protestantes (inclusive o pastor luterano Dietrich
Bonhoeffer) se opusessem a Hitler e até tentassem matá-lo, a maioria dos
protestantes e católicos alemães apoiava Hitler, que era nominalmente católico.
Algumas
tradições cristãs pervertidas ajudaram Hitler em sua campanha para perpetrar o
Holocausto. Os católicos têm uma tradição, em palavras e ações, de antissemitismo,
especialmente
através da Inquisição. Os protestantes têm uma tradição de palavras antissemitas
de Martinho Lutero, embora os protestantes, especialmente nos Estados Unidos —
a maior nação protestante do mundo — tenham uma tradição de luta contra o
antissemitismo. Aliás, a luta dos EUA contra o antissemitismo, o Holocausto e a
Inquisição é a luta mais importante que o mundo já viu.
Os
direitistas e os esquerdistas precisam se lembrar porque o maior Holocausto
contra os judeus aconteceu exatamente em uma nação, a Alemanha nazista, que
usou imagens de direita e de esquerda em sua campanha contra os judeus, embora a
imagem predominante fosse direitista e Hitler tivesse um discurso claramente
antimarxista, que atraía católicos e protestantes.
A maioria
dos judeus que foram exterminados pelos nazistas no Holocausto era socialista.
Aliás, o fundador do marxismo era um judeu alemão, descendente de rabinos. Os
poucos sobreviventes judeus do Holocausto também eram marxistas e fundaram o
Estado de Israel.
Hitler queria
exterminar os judeus porque ele achava que eles eram uma raça inferior e porque
eram marxistas. Sua “solução,” o Holocausto, foi genocídio.
Os nazistas
odiavam os judeus porque achavam que eles eram uma raça inferior ou porque a
maioria dos judeus era socialista. Outros odeiam os judeus porque uma minoria
deles são magnatas capitalistas.
Entretanto, o
Holocausto não é uma ameaça passada. Sua defesa moderna ou revisionismo ou
negação traz novas ameaças. E essa ameaça existe especialmente hoje entre os
muçulmanos.
Os muçulmanos
deveriam lembrar o Holocausto contra os judeus porque a autobiografia de
Hitler, Mein Kampf, tem sido um best-seller em países muçulmanos. Muitos
muçulmanos expressam admiração por Hitler e pelo Holocausto, mas estranhamente
eles não são criticados e condenados na mídia ocidental por seu ódio aos
judeus. Esse ódio se manifesta em sua campanha interminável que usa qualquer
situação, especialmente o caso palestino, para condenar os judeus como “criminosos”
— como se os muçulmanos palestinos, que ocupam ilegalmente a Terra Prometida,
fossem vítimas inocentes.
O esforço
para retratar a vítima como o agressor e vice-versa é a alma do revisionismo do
Holocausto, muito semelhante ao revisionismo da Inquisição. Os muçulmanos adoram
o revisionismo do Holocausto, que diminui o sofrimento dos judeus e o número de
vítimas judias.
Até mesmo
durante o tempo de Hitler, os muçulmanos ajudaram os nazistas em sua campanha
para exterminar os judeus.
Hoje, os
muçulmanos usam dois métodos revisionistas desonestos para atacar os judeus. Eles
subestimam intencionalmente o sofrimento dos judeus no Holocausto e
intencionalmente tratam exageradamente as ações defensivas dos judeus para proteger
o Estado de Israel contra terroristas palestinos. Esse é um resultado natural:
se os muçulmanos admiram Hitler e as atrocidades nazistas contra os judeus,
eles apoiarão qualquer atentado terrorista palestino contra os judeus.
Os muçulmanos
não só defendem o revisionismo do Holocausto. Eles também defendem o
revisionismo do genocídio dos cristãos armênios. Eles fazem com os cristãos a
mesma coisa que fazem com os judeus.
Entretanto,
enquanto muitos cristãos lutam contra o revisionismo do Holocausto, poucos
judeus lutam contra o revisionismo do genocídio dos cristãos armênios. Aliás, o
governo israelense tem resistido a todos os esforços para reconhecer o
genocídio dos cristãos armênios. É hora de cristãos e judeus reconhecerem o
genocídio contra eles. É hora também de Israel reconhecer o Holocausto de cristãos
cometido pelo ISIS na Síria e ajudar os cristãos perseguidos pelo ISIS.
A lembrança
do Holocausto é mais importante agora que a Europa vem sendo invadida por hordas
de imigrantes muçulmanos que ameaçam os cristãos e sua cultura e ameaçam os
judeus e sua sobrevivência, inclusive subestimando intencionalmente o
Holocausto e suas vítimas judaicas e revivendo o antissemitismo.
É hora de
lembrar o Holocausto antes que as próximas gerações europeias, que serão
significativamente muçulmanas, esqueçam que os judeus são um povo vítima de
genocídio.
Contudo, os
judeus de esquerda pensam que a única ameaça de uma repetição do Holocausto vem
dos cristãos conservadores. Osias
Wurman, que é o cônsul honorário de Israel no Rio de Janeiro, Brasil, disse:
“Hoje, mais do que nunca, é preciso alertar a opinião
mundial para esta perigosa guinada à direita que vem assolando a Europa e
alguns países do continente americano. Uma pesquisa global, realizada em 2014,
já mostrava que 46% dos entrevistados nunca tinham ouvido falar em Holocausto!”
O sr. Wurman
faz uma comparação impossível. Ele busca igualar a mudança conservadora de
curso político na Europa e provavelmente nos Estados Unidos com a indiferença
ao Holocausto. Num tom pior, ele disse que essa mudança é “perigosa,” e fala da
necessidade de alertar o mundo contra a mudança para a direita que está
“assolando” a Europa e provavelmente os Estados Unidos.
No que se
refere aos evangélicos, o conservadorismo, especialmente o conservadorismo dos
EUA, é pró-Israel e contra o Holocausto, contra o aborto, contra o revisionismo
católico da Inquisição e contra o revisionismo islâmico do genocídio armênio.
Comparar sentimentos pró-Holocausto com o evangelicalismo conservador dos EUA é
um disparate. Os judeus só enfrentariam problemas com alguns católicos de
direita que defendem o revisionismo da Inquisição, que torturava e massacrava
os judeus. Mais cedo ou mais tarde, eles também poderão defender o revisionismo
do Holocausto.
Assim como os
cristãos precisam ser informados para lembrar o Holocausto, os judeus também precisam
ser informados de que antes do Holocausto nazista contra os judeus houve o
genocídio turco islâmico dos cristãos armênios. Independentemente se Israel não
reconhecer tal genocídio contra os cristãos, não faz sentido para os judeus encorajar
as nações sobre a importância de lembrar o Holocausto nazista contra os judeus
se os
judeus se recusam a reconhecer o genocídio turco islâmico dos cristãos armênios.
Além disso,
há um Holocausto moderno que deve ser lembrado por todos nós que nos lembramos
do Holocausto nazista contra os judeus: o Holocausto do aborto, onde milhões de
bebês inocentes são medicamente exterminados sob leis insanas. Até mesmo Israel
tem tais leis insanas permitindo o massacre de inocentes. Aliás, Israel
tem uma das leis de aborto mais liberais do mundo. Isso não faz sentido. O
povo judeu, que foi vítima inocente do Holocausto nazista, deveria ser uma voz
proeminente contra o Holocausto do aborto.
Neste dia 27
de janeiro, enquanto nos lembramos do sofrimento passado de milhões de judeus
no Holocausto nazista, lembremo-nos também do presente sofrimento de milhões de
inocentes através do aborto legal. Vamos nos lembrar de lutar contra o
Holocausto do aborto, porque o objetivo do Dia Internacional da Lembrança do
Holocausto é impedir que novos holocaustos aconteçam. Enquanto estamos nos
lembrando do Holocausto contra os judeus, bebês estão sendo torturados e
assassinados neste exato momento pelo aborto legal nos Estados Unidos, na
China, em Israel, na Coréia do Norte, etc.
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