Trump enfrenta revolta após dar saudação militar a general norte-coreano
Rebecca Morin
Comentário de Julio Severo: Peguei esta
reportagem conforme foi compartilhada por alguns conservadores americanos, que
reconheceram que houve duplo padrão com relação à saudação militar de Trump a
um general comunista. Se Obama tivesse feito isso, todos os conservadores estariam
condenando. O fato é que tal atitude é errada, seja vindo de quem quer que
seja, de Obama ou de Trump. Mas casos assim ajudam a distinguir entre o conservador
raso e idólatra e o conservador por princípios. O conservador idólatra segue a moda
do momento. O conservador de princípios, como já diz o nome, segue princípios
conservadores, independente da moda. Leia a reportagem traduzida por mim do
site americano Politico:
Trump dá saudação militar a general comunista norte-coreano |
“Não estou
tentando ser injustificável ou injusto, mas saudar um general de uma força
militar inimiga não é até certo ponto algo muito importante?” tuitou o senador
Brian Schatz (D-Hawaii).
O canal de
notícias estatal da Coreia do Norte foi o primeiro a transmitir um vídeo de 42
minutos da reunião de Trump nesta semana com Kim Jong Un. Em um clipe
compartilhado pela BBC, Trump é visto se encontrando com várias autoridades
norte-coreanas, inclusive um general militar norte-coreano.
O general
primeiro saúda Trump, ao que o presidente devolve a saudação, antes de lhe
apertar mão. Kim é visto sorrindo no fundo.
“Para
surpresa de ninguém, a Coréia do Norte usou nosso presidente para sua campanha
de propaganda,” tuitou o senador Chris Van Hollen (D-Md.), Chamando de
“asqueroso” ver a saudação depois que Trump havia acabado de atacar aliados
tradicionais dos EUA dias antes por causa de disputas comerciais em uma reunião
do G-7.
A secretária
de imprensa da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, defendeu a atitude na quinta-feira
à tarde, chamando-a de “uma cortesia comum,” acrescentando que “quando uma
autoridade militar de outro governo saúda… você devolve isso.”
Contudo,
especialistas militares e de inteligência comentaram nesta quinta-feira que os
presidentes dos EUA normalmente não saúdam oficiais militares de nações
inimigas. Os governos dos EUA e da Coreia do Norte não têm relações
diplomáticas formais, e a Coréia do Norte ainda está tecnicamente em guerra com
a Coreia do Sul, um importante aliado dos EUA.
O major aposentado
Paul Eaton, em uma declaração para o grupo de defesa de direitos de veteranos VoteVets.org, chamou a saudação de
Trump de “totalmente imprópria.”
O governo
Trump precisa falar com a Coréia do Norte, disse ele, “para evitar uma guerra
desastrosa. Mas eles não fizeram por merecer a saudação militar de um
presidente americano.”
“Há um
protocolo para as saudações militares,” tuitou Mieke Eoyang, um ex-funcionário
do Congresso dos EUA com enfoque em serviços de Inteligência, que agora está
com o centro de pesquisas de centro-esquerda Third Way. “Elas são dadas a
militares estrangeiros amigos. Mas, com a DPRK, ainda estamos em estado de
guerra; portanto, uma saudação é imprópria,” acrescentou ele, referindo-se ao
nome preferido de Pyongyang para a Coréia do Norte, a República Popular
Democrática da Coréia.
Ativistas de
direitos humanos — e o governo dos EUA — também admoestaram o regime
norte-coreano por seu longo histórico de deter e punir milhares de pessoas em
campos de prisioneiros.
Eaton disse
em sua declaração que Pyongyang era responsável por “um regime de terror,
assassinato e horror indescritível contra seu próprio povo.”
Ainda assim,
alguns especialistas conservadores rapidamente vieram à defesa de Trump.
Jack
Posobiec, um proeminente promotor de Trump no Twitter, tuitou fotos do
presidente Barack Obama fazendo sinal de positivo para as forças armadas
cubanas e “dando um aperto de mão de irmão” ao então presidente venezuelano
Hugo Chávez.
De fato, os
conservadores criticaram Obama várias vezes no início de sua presidência quando
ele se curvou diante de dois líderes estrangeiros.
Primeiro,
Obama enfrentou uma consequência negativa em 2009 depois de se curvar diante do
imperador Akihito durante sua primeira visita ao Japão. Os conservadores
disseram que a atitude dele mostrava fraqueza dos EUA no cenário mundial.
Obama também
foi criticado no final daquele ano por se prostrar diante do rei Abdullah, da
Arábia Saudita.
Trump em 2012
tuitou sobre a interação de Obama com Abdullah: “Nós ainda queremos um
presidente que se curve aos sauditas e deixe a OPEP nos enganar?”
Na
quinta-feira, muitos da esquerda apontaram esses incidentes como evidência de
que Obama enfrentou um duplo padrão, e que os conservadores são hipócritas por
defenderem a saudação militar de Trump.
No entanto, Ned
Price, funcionário da Casa Branca da era Obama e analista da CIA que deixou o
trabalho do governo logo após a posse de Trump, argumentou que essas situações
não deveriam ser comparadas. Um presidente deve sempre conhecer o protocolo
adequado ao interagir com oficiais militares estrangeiros, disse ele.
“Podemos
ficar indignados porque Trump deu uma saudação militar a um general
norte-coreano sem invocar o argumento ‘se Obama fez,’” escreveu Price no
Twitter. “Eis a verdade: nem Obama nem qualquer outro presidente americano teria
feito isso. Como tantas outras coisas hoje, é exclusivamente típico de Trump e
repugnante.”
Traduzido por Julio Severo do original em inglês do
site americano Politico: Trump
faces backlash after saluting North Korean general
Fonte: www.juliosevero.com
Leitura recomendada:
4 comentários :
Traduzindo tudo isso:Tempestade em copo d'água.
Essa saudação não quer dizer nada, é um sinal de "respeito" nada mais, e eu gosto do que esse presidente tem feito, o ciro moderno.
Esse tipo de noticia só no seu blog mesmo !!
Por essa razão a visita diária é necessária !!
Parabéns p/trabalho !!
Graça e paz !! 👊
Grande coisa. Jesus já disse: "Quem se humilha será exaltado".
Postar um comentário