Quem é Nikki Haley?
Julio Severo
A embaixadora
dos EUA na ONU, Nikki Haley, tirou os Estados Unidos do Conselho de Direitos
Humanos da ONU. Seu argumento é que esse conselho tem um viés anti-Israel. Sua
decisão foi absolutamente correta. Na verdade, os Estados Unidos deveriam ter
tomado essa decisão há muitas décadas.
Nikki Haley |
Por que ela
selecionou a Síria, que não é membro desse conselho, e não escolheu a Arábia
Saudita, que é membro desse conselho?
Se o Conselho
de Direitos Humanos das Nações Unidas está votando sistematicamente contra
Israel, é porque seu membro saudita e outros membros radicais querem isso.
Desde 2011, a
Síria tem sido vítima das ações militares do governo dos EUA, primeiro sob
Obama e agora sob
o Presidente Donald Trump. O grande pecado sírio é não estar
alinhado aos interesses dos EUA. A Arábia Saudita não foi selecionada para ser
atacada por Haley porque, apesar de ser uma patrocinadora do terrorismo
islâmico mundial, está alinhada aos interesses dos EUA. Então culpe um inimigo
dos EUA (Síria) pelo ódio anti-Israel de um aliado dos EUA (Arábia Saudita) na
ONU!
Entretanto,
esta não é a primeira vez que os EUA e a Arábia Saudita têm interesses
alinhados. Quando o
presidente dos EUA, Franklin Delano Roosevelt, criou a ONU em 1945, ele
assegurou à Arábia Saudita que não permitiria a criação de Israel.
Assim, o criador da ONU — Roosevelt — não queria a criação de Israel, porque
ele tinha em mente os interesses sauditas. Se a ONU hoje se opõe a Israel para
servir aos interesses sauditas, está fazendo apenas a vontade de seu criador.
Se Haley
fosse embaixadora dos EUA sob o criador da ONU, ele a elogiaria por não ter
selecionado a Arábia Saudita para ser atacada. Mas ele certamente a demitiria
por se opor aos interesses sauditas no Conselho de Direitos Humanos das Nações
Unidas contra Israel.
Foi um grande
passo tirar os EUA desse conselho. No entanto, seria um passo muito mais necessário
repudiar sua criação perversa. Os EUA não podem negar sua própria paternidade
sobre a ONU, mas podem e devem repudiar sua criação e denunciar Roosevelt.
De qualquer
forma, Haley teria problemas se tentasse se opor aos interesses sauditas
anti-israelenses em um governo Roosevelt.
Mas mesmo no
governo Trump, os interesses dela nem sempre estão alinhados a Trump.
Em abril
passado, Haley se envolveu em uma briga pública depois que o assessor de Trump,
Larry Kudlow, sugeriu que ela teve alguma “confusão momentânea” em relação às
sanções americanas contra a Rússia. Haley respondeu: “Com todo o respeito, não
me confundo.”
Ela apoia o
aumento das sanções anti-Rússia que Obama havia iniciado. Ela queria mais
sanções anti-Rússia num momento em que Trump não queria, e deu confusão.
Haley, de 46
anos, é embaixadora na ONU desde 27 de janeiro de 2017.
Há outras
coisas que você precisa saber sobre Haley.
Ela foi
nomeada uma das 100 pessoas mais influentes na revista Time em 2016. Então, se
ela é tão importante, você precisa conhecê-la melhor, porque se há uma mulher
que pode alcançar a presidência dos EUA, é ela.
Quando
assumiu o cargo em 2011, Haley se tornou a primeira governadora do sexo
feminino da Carolina do Sul. A republicana também foi a primeira representante
de uma minoria a ocupar esse cargo. Ela foi endossada por Mitt Romney, o
candidato presidencial republicano de 2012. Romney foi o primeiro governador a
aprovar o “casamento” homossexual em Massachusetts. Mas Haley não é culpada
pelos liberais republicanos que a apoiam.
Ela deveria
ser culpada pelo que ela mesma tem feito. E, com todo o respeito a ela, acho
que ela realmente fica confusa.
Em 2015,
Haley assinou um projeto de lei para remover uma bandeira confederada que
estava na sede do governo, aderindo às exigências dos esquerdistas no estado
que viam a bandeira conservadora como um símbolo de ódio. Ela ficou do lado dos
esquerdistas contra os conservadores. Ela fez exatamente o que governadores
esquerdistas fizeram em outros estados.
“Esta
bandeira, embora parte integrante do nosso passado, não representa o futuro do
nosso grande estado,” disse Haley na época. Eu posso entender sua falta de
raízes nessa questão porque, apesar de ter nascido e crescido na Carolina do
Sul, as verdadeiras raízes de Haley têm origem em seus pais imigrantes
indianos. A bandeira confederada ou outro símbolo conservador dos EUA não tem
parte integrante no passado dela.
“Para
destruir um povo, você deve cortar suas raízes,” escreveu Alexander
Solzhenitsyn, o laureado russo que passou oito anos em um campo de trabalhos
forçados soviético por sua oposição ao sistema marxista. Ele fez essa
declaração a respeito dos esforços dos soviéticos para separar o povo russo de
sua história, incluindo sua história cristã.
Haley não fez
a mesma coisa?
Até onde sei,
os confederados têm boas tradições. Cerca de 10.000 confederados se mudaram
para o Brasil após o fim da Guerra Civil em 1865 e eles, que eram evangélicos,
fundaram escolas e pregaram o Evangelho no Brasil. Eles foram a inspiração direta
para o governo brasileiro criar o primeiro sistema de escolas públicas. Antes
dos confederados, os pobres não tinham acesso à escolarização e educação no
Brasil. Se os pobres brasileiros têm hoje alguma educação, é graças ao
confederado. Isso não é uma boa tradição? Se Haley não vê dessa maneira, o que
há em sua mente?
Ela se casou
em duas cerimônias. Uma cerimônia foi realizada em uma igreja metodista e outra
foi uma cerimônia sikh.
Haley
frequenta uma igreja metodista. Mas ela disse ao jornal New York Times em um
perfil de 2010 que ela às vezes frequentava os cultos sikhs, já que ela foi
criada nessa religião.
A religião
sikh, que é uma combinação dos conceitos do hinduísmo e do islamismo sufi,
acredita na reencarnação.
O fundador do
sikhismo, Guru Nanak, ensinava que deus (Vahiguru) já está dentro de cada
pessoa, mas pode ser acessado e conhecido apenas pela contemplação. Muito
parecido com coisas da Nova Era.
Em seu livro
The Public Encyclopedia of Apologetics (Enciclopédia Pública de Apologética), o
autor Ed Hindson disse: “Como o sikhismo está em completa contradição com o
Cristianismo, a lista de discordâncias entre o sikhismo e o Cristianismo é
longa. O sikhismo nega a encarnação, a Trindade e a Bíblia. O sikhismo defende
a reencarnação e nega a realidade do pecado. Até mesmo a natureza de Deus como
Criador não criado não é a mesma.”
Nikki Haley |
Não sei o que
Haley chama de Cristianismo, mas Cristianismo com a religião sikh é uma mistura
estranha, fogo estranho e jugo desigual.
Se ela acabar
chegando à presidência dos EUA, sua espiritualidade cristã/sikh (na verdade,
doente) misturada vai deixá-la mais confusa, pois se o corpo de um cristão é o
templo do Espírito Santo, como esse templo pode compartilhar suas dependências
com os espíritos (demônios) do sikhismo?
Nikki Haley |
Ela não
endossou Trump nas primárias do Partido Republicano em 2016. Aliás, ela o
atacou. Ela insinuou críticas a Trump quando disse: “Durante tempos de
ansiedade, pode ser tentador seguir o apelo da sirene das vozes mais raivosas.
Precisamos resistir a essa tentação.” Trump, que entendeu a crítica
“implícita,” respondeu: “Estou! Estou com muita raiva porque odeio o que está
acontecendo com o nosso país.”
As manchetes
diziam com precisão que, para Nikki Haley, qualquer republicano poderia ser
candidato, menos Trump.
Haley
endossou o senador da Flórida, Marco Rubio, que é um neoconservador que
constantemente quer guerra com a Rússia. Ela tem os mesmos sentimentos neocons.
Trump disse
em um tweet: “O povo da Carolina do Sul está envergonhado de Nikki Haley!”
Trump acabou
colocando em seu governo Haley e o
diretor do Instituto McCain — dois neocons ávidos. Ele fez
exatamente o que ele condenou em 2016.
Hoje, como
representante dos Estados Unidos na ONU, Haley tem usado sua posição para
celebrar orgulho na sodomia (homossexualidade). Outros cristãos evangélicos no
governo Trump estão fazendo a mesma celebração. O Secretário
de Estado Mike Pompeo, que diz ser evangélico, declarou junho como mês
homossexual, e Haley se juntou a ele dizendo:
“Nós nos juntamos aos nossos amigos LGBT em todo o
mundo para celebrar o mês do Orgulho. Os Estados Unidos apoiam a comunidade LGBT em defender seus direitos
humanos.”
Minha resposta pública para ela:
“Totalmente vergonhoso, Nikki! Você diz que é evangélica,
mas está celebrando ‘orgulho’ na sodomia? Deus disse: ‘Não tenha relações sexuais
com um homem como se faz com uma mulher; isso é abominação.’ (Levítico 18:22)
Não existe orgulho em uma abominação.”
Nenhum
cristão ou conservador real jamais defenderia a celebração da perversão
homossexual.
Haley diz que
a ONU é inútil porque, sob o controle islâmico (inclusive saudita, embora ela
não inclua especificamente os sauditas em seus ataques), é persistentemente
anti-Israel. Concordo com ela. Contudo, como ela não consegue lembrar que, sob
controle neocon, o governo dos EUA tem sido igualmente persistente em uma
posição anti-Rússia, mesmo agora quando a Rússia é muito mais conservadora? Os
EUA têm tratado a Rússia conservadora não muito diferente do que as nações
muçulmanas tratam Israel.
Dá para
entender Obama e suas sanções contra a Rússia, inclusive sua zombaria
anti-Rússia. Mas não dá para entender como Haley, que alega ser conservadora,
pode continuar com o comportamento porco de Obama contra uma Rússia que tem
lutado contra o aborto e a agenda homossexual na ONU. Assim como ela fez com a
bandeira confederada conservadora, ela está fazendo com a Rússia conservadora.
Dá para ela
lembrar que ela usa sua posição na ONU para condenar a Síria, que tem sido
vítima do ISIS, da al-Qaeda e tem
sofrido uma violenta guerra civil provocada pelo governo dos EUA sob Obama,
mas ela não condena a Arábia Saudita, que está apoiando diretamente a
carnificina na Síria, que tem uma das comunidades cristãs mais antigas do
mundo? Por que proteger a ditadura islâmica da Arábia Saudita e atacar sua
vítima, a Síria? Ela não pode ser suficientemente compassiva para ouvir a
antiga comunidade cristã síria, que em grande parte tem se oposto às decisões
dela contra a Síria?
Dá para ela
lembrar que o governo dos EUA tradicionalmente valoriza a Arábia Saudita acima
de Israel? Aliás, em sua primeira viagem internacional, a primeira nação que
Trump visitou não foi Israel. Foi
a Arábia Saudita.
Dá para ela
lembrar que a ONU não foi fundada por muçulmanos e sua sede não está na Arábia
Saudita ou outra nação islâmica? A ONU, cuja sede fica em Nova Iorque, foi fundada
pelo presidente dos EUA, Franklin
Delano Roosevelt, que também valorizava a Arábia Saudita acima de Israel.
Portanto, não é de admirar que, seguindo os desejos de seu fundador americano,
a ONU sempre tenha colocado a Arábia Saudita e seus desejos acima de Israel.
Assim como os
muçulmanos anti-Israel (um pleonasmo) são uma ameaça na ONU, os neocons
anti-Rússia (outro pleonasmo) são uma ameaça no governo dos EUA.
Se Haley
consegue se dar bem com a Arábia Saudita, que proíbe o Cristianismo e a Bíblia
e é a principal patrocinadora do terrorismo islâmico em todo o mundo, inclusive
o ISIS, por que ela não consegue se dar bem com a Rússia conservadora, que não
proíbe o Cristianismo e a Bíblia?
Se Haley
acabar chegando à presidência dos EUA, sua ideologia cristã/neocon misturada
vai deixá-la mais confusa, pois se Jesus Cristo nunca trabalhou para expandir
os interesses militares do Império Romano, como a “cristã” Haley pode trabalhar
pelos interesses militares dos neoconservadores? Que compatibilidade existe
entre Jesus Cristo e neocons?
Jesus teve
muitas oportunidades para apoiar os interesses militares do Império Romano e
teve muitas oportunidades para induzir seus discípulos a apoiar os interesses
militares do Império Romano. Mas ele não fez isso. Por que a “cristã” Haley
está fazendo isso?
Se Trump pôde
dizer no Twitter, “O povo da Carolina do Sul está envergonhado de Nikki Haley!”
em 2016, a atitude dela hoje contra a bandeira confederada e a Rússia
conservadora tem igualmente envergonhado os conservadores reais.
Acho que
posso oferecer um conselho duro para ela e para Trump também, porque embora ele
tenha desistido de seu discurso antineocon de 2016, eu continuo seguindo seu
exemplo de antineocon. No entanto, no caso de Haley, ela nunca desistiu de suas
posições pró-neocon.
Eu “cutuquei”
Trump e Nikki Haley no Twitter:
Julio Severo para Trump: Por favor, torne os EUA independentes da Arábia
Saudita e seus malditos petrodólares.
Julio Severo para Trump: Por favor, demita a neocon Nikki Haley. Contrate um conservador antineocon para denunciar a
ditadura terrorista islâmica da Arábia Saudita. Haley não tem coragem de fazer
isso.
Nikki Haley: RT @USUN: “É preciso muita coragem para o povo iraniano usar o
poder de sua voz contra seu governo, especialmente quando esse governo tem uma
longa história de assassinar seu próprio povo que ousa falar a verdade… as
pessoas que amam a liberdade devem apoiar sua causa.”
Julio Severo: Ei, Nikki, você poderia incentivar a CIA a fazer uma
revolução “popular” similar na Arábia Saudita?
Tenho certeza
de que o que move Haley a apoiar Israel é sua fé cristã. Isso faz sentido.
Mas não tenho
certeza do que a move a apoiar a violenta ditadura islâmica da Arábia Saudita e
desconsiderar e até mesmo atacar as vítimas sauditas, inclusive a Síria. Isso
não faz sentido. Certamente, não é sua fé cristã. Essa é sua fé neocon, e o
neoconservadorismo envolve guerras incessantes para sustentar o complexo
industrial militar em guerras que muitas vezes massacram os cristãos e produzem
lucros, expandindo o imperialismo neocon e o islamismo sunita — o tipo de
islamismo praticado na Arábia Saudita.
Eu também não
tenho certeza do que a moveu a desconsiderar as tradições confederadas e a
Rússia conservadora. Isso não faz sentido. Certamente, não é sua fé cristã. É o
respeito dela pelos caprichos dos esquerdistas,
que odeiam tanto o conservadorismo dos confederados quanto o
conservadorismo da Rússia.
Se Haley pretende
continuar usando o nome de Jesus, ela precisa saber que Deus é ciumento. A
Bíblia diz:
“Adúlteros, vocês não sabem que a amizade com o mundo
é inimizade com Deus? Quem quer ser amigo do mundo faz-se inimigo de Deus. Ou
vocês acham que é sem razão que a Escritura diz que o Espírito que ele fez
habitar em nós tem fortes ciúmes?” (Tiago 4: 4-5 NVI)
Isso pode
significar: “Adúlteros, vocês não sabem que a amizade com o sikhismo e o
neoconservadorismo é inimizade com Deus? Quem quer ser amigo do sikhismo e do
neoconservadorismo, faz-se inimigo de Deus.” Ou ela serve apenas a Jesus ou ao
sikhismo. Ou ela serve apenas a Jesus ou ao neoconservadorismo, que é a
“religião” dos amantes da guerra.
O
Cristianismo verdadeiro não tem mistura com o sikhismo, reencarnação e
neoconservadorismo. É por isso que estou preocupado com Haley, cujo
Cristianismo protestante tem exatamente essa mistura espiritualmente
prejudicial. Eu não sei na igreja metodista, mas qualquer tal “cristão” misturado
teria sido um caso para libertação espiritual para Jesus e Seus apóstolos.
Como a
revista Time a nomeou uma das 100 pessoas mais influentes em 2016, ela tem uma
chance real de conquistar a presidência dos EUA. No que diz respeito a Israel,
ela seria uma excelente opção. Mas no que diz respeito às ambições
neoconservadoras — inclusive oposição ao conservadorismo cristão nos EUA e na
Rússia —, ela está longe de ser uma boa escolha. E sua
espiritualidade misturada acabaria produzindo desastres inesperados.
Versão em inglês deste artigo:
Who
Is Nikki Haley?
Fonte: www.juliosevero.com
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3 comentários :
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Meca na Arábia Saudita é a prostituta – Babilônia de Apocalipse. Os déspotas reis e príncipes desse país sustentam o EI na Síria e Iraque e enchem os bolsos dos covardes presidentes americanos de dólares pra deixarem o islamismo crescer no mundo!
Esses líderes americanos são também dominados pela maçonaria.
Excelente post !! 🔝
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