Provado: Trolls russos fizeram na eleição presidencial americana… o que os EUA fazem nas eleições de outros países
Julio Severo
De acordo com
a acusação formal do Procurador Especial Robert Mueller, a Rússia se intrometeu
na eleição presidencial dos EUA em 2016: por meio de trolls de internet!
Há muita
confusão deliberada com relação a essa intromissão. Mas uma coisa é sem dúvida
clara: A esquerda americana e global estava apoiando solidamente sua candidata
Hillary Clinton. Para eles, qualquer um ou qualquer país que impedisse a
vitória de Hillary cometeu um pecado “imperdoável.” E o que a investigação
americana mostrou? Trolls russos agiram claramente contra Hillary, que perdeu a
eleição.
Patrick J.
Buchanan, ex-assessor do Presidente Ronald Reagan e ex-candidato presidencial
do Partido Republicano, disse: “Um troll russo criativo exortou os apoiadores
de Trump a vestirem uma voluntária com uma roupa laranja de prisão, colocá-la
numa jaula num caminhão com plataforma e então anexar esta frase: “Prendam Esta
Mulher!”
Os russos
cometeram o pecado “imperdoável,” e agora democratas e republicanos,
esquerdistas e direitistas americanos querem fazer a Rússia pagar por alegadamente
ajudar Donald Trump a vencer, como se as sanções pesadas que Obama impôs — e
Trump manteve — contra a Rússia não fossem suficientes.
Muitas vezes,
acho que os esquerdistas e direitistas americanos costumam atacar a Rússia como
um espantalho para distrair o público americano e o mundo. Enquanto ambos os
lados nos mantêm distraídos, eles podem avançar a agenda que eles têm em comum.
E há uma agenda em comum: a ideologia neocon.
Enquanto as
acusações formais de Mueller confirmam que trolls russos se intrometeram na
eleição americana, o que explica a histeria esquerdista e direitista americana
contra a Rússia?
Nesse ponto,
concordo com o Rev. Chuck Baldwin, que disse que “O
Partido da Guerra avança implacavelmente.” Esse partido é composto pelo
Partido Democrático e pelo Partido Republicano. O Partido Neocon, que está
acima de todos os partidos nos EUA, precisa de um espantalho.
Os socialistas
acusam a Rússia, pois a candidata deles perdeu. Mas os conservadores,
principalmente os neoconservadores (os neocons), também estão acusando a
Rússia.
Se a alegada
intromissão russa por meio de trolls é um ato de suprema hostilidade, por que
durante sua campanha de 2016, o candidato Trump disse “Rússia, se você está
prestando atenção, espero que vocês consigam achar os 30 mil e-mails que se
perderam”? Ele estava se referindo aos emails no servidor particular de Hillary
que ela disse que havia deletado, de acordo com uma reportagem da Associated
Press.
Trump fez tal
pedido público ousado porque estava claro, para ele, que a Rússia estava contra
Hillary.
Agora ele
está mostrando descontentamento com a alegada intromissão russa nas eleições
americanas, mas ele parece ignorar a intromissão dos EUA nas eleições de outras
nações. John
Perkins, em seu livro “Confessions of an Economic Hit Man” (Confissões de um
Assassino Econômico), disse que agências de inteligência dos EUA têm burlado
eleições em outras nações há décadas.
De acordo com
Joseph Farah, dono do WND (WorldNetDaily), até Israel não escapou da
intromissão dos EUA em eleições israelenses. Farah disse: “Barack Obama usou
dinheiro dos americanos que pagam impostos abertamente para influenciar a
eleição de seu melhor aliado no Oriente Médio, Israel.” Ele acrescentou: “O
falecido senador democrata Ted Kennedy chegou a pedir ajuda da União Soviética
para derrotar a campanha de reeleição de Ronald Reagan em 1988. Onde é que
estavam então as carrancas de protestos?”
Se um
democrata pôde pedir à União Soviética que ajudasse a derrotar um candidato
republicano, por que um candidato republicano não pode pedir a uma Rússia
conservadora que ajude a derrotar uma candidata democrata? Foi isso o que Trump
fez em 2016.
Em seu artigo
no WND intitulado “Is
that Russia troll farm an act of war?” (Será que essa fábrica russa de
trolls é um ato de guerra?) Patrick J. Buchanan disse:
Quanto à Rússia trolando as eleições americanas, será
que os americanos estão inocentes no que se refere a se intrometer nas eleições
e políticas internas de regimes que eles não gostam?
O senador John McCain e Victoria Nuland do
Departamento de Estado instigaram as multidões na Praça de Maidan em Kiev que
derrubou o governo eleito da Ucrânia. Quando o regime democraticamente eleito
de Mohamed Morsi foi derrubado, os EUA prontamente aceitaram o golpe como
vitória do lado dos americanos e continuaram a dar assistência ao Egito
enquanto dezenas de milhares de membros da Irmandade Muçulmana eram presos.
Será que a CIA e a Fundação Nacional da Democracia
estão sob ordens do governo dos EUA para não tentarem influenciar o resultado
de eleições em nações em cujos regimes os americanos acreditam terem direitos?
“Será que algum dia os EUA se intrometeram nas
eleições de outros países?” Laura Ingraham perguntou a James Woolsey, ex-diretor
da CIA, neste final de semana.
Com um riso forçado, Woolsey respondeu: “Oh,
provavelmente.”
“Mas os EUA não fazem mais isso, né?” Ingraham
interrompeu. “Os EUA não se metem nas eleições dos outros, né, James?”
“Olha,” Woolsey disse sorrindo. “Só por uma causa
muito boa.”
Na verdade, qual é o objetivo da Fundação Nacional da
Democracia, se não auxiliar os lado pró-americano em nações estrangeiras e suas
eleições?
Os EUA não tiveram um papel ativo nas “revoluções
coloridas” que mudaram regimes desde a Sérvia até a Ucrânia e Georgia?
Quando os republicanos discutem o Irã no Congresso dos
EUA, se ouve frequentemente a frase “mudança de regime”… em 2009, os
republicanos denunciaram o presidente Obama por não intervir com mais força
para mudar o resultado da eleição [no Irã].
Quando a China, Rússia e Egito expulsam ONGs, as
suspeitas deles de que algumas têm agentes americanos são meros sinais de
paranoia?
O papel dos EUA na derrubada do primeiro-ministro
Mossadegh no Irã em 1953, e de Jacobo Arbenz na Guatemala em 1954, e do
presidente Ngo Dinh Diem em Saigon em 1963 são fatos comprovados.
Então quando
os EUA fazem exatamente o que condenam nos outros países, é correto e
democrático. Mas nenhum país tem o direito de copiar as ações dos EUA. O
jornalista Glenn Greenwald disse sobre “a
essência mais nítida do Excepcionalismo Americano” em sua conta de Twitter: “Os
EUA têm direito pleno e livre de fazerem exatamente o que eles exigem que
outras nações não façam porque — diferente deles — os EUA são bons. Por isso, é
feito com bons objetivos, não maus.”
Em minha
conta de Twitter, respondi a ele: “Triste, mas verdadeiro. Só evangélicos, que
fizeram uma diferença no nascimento dos EUA, podem também fazer uma diferença
hoje contra a interferência e discrepância dos neocons na política externa dos
EUA.”
O governo
americano, sob presidentes esquerdistas e direitistas, faz um grande
estardalhaço com uma intromissão mínima na eleição americana (até mesmo trolls
de internet são um crime supremo contra os EUA, de acordo com os neocons), mas
ambos os lados se intrometem pesadamente, com operações secretas da CIA por
meio de ONGs e outros meios, nas eleições de outras nações.
Como Jesus
disse:
“Como quereis que as pessoas vos tratem, assim fazei a
elas da mesma maneira.” (Lucas 6:31 King James Atualizada)
Em vez de
fazerem estardalhaço por causa de trolls russos e usarem a Rússia como
espantalho por amor às políticas neocons, os EUA sob Trump deveriam processar
Obama por criar o ISIS, que cometeu genocídio de cristãos na Síria e Iraque. O
próprio Trump disse em 2016 que Obama criou o ISIS. Então Obama e Hillary
Clinton são cúmplices de genocídio de cristãos. Pela lei americana, que condena cúmplices de assassinatos em massa, ambos não mereceriam pena capital por colaborarem para o genocídio de cristãos por meio do ISIS?
Os EUA sob
Trump deveriam processar Obama e Hillary por provocarem a Rússia desde que
Putin aprovou em 2013 uma lei que proíbe a propaganda homossexual para crianças
e adolescentes.
Os EUA sob
Trump deveriam processar Obama e Hillary por derrubarem o governo ucraniano em 2014
e imporem sanções na Rússia na esteira da interferência americana na Ucrânia.
Os EUA sob
Trump deveriam processar Obama e Hillary por usarem o governo americano para
promover o islamismo, o aborto e a agenda homossexual no mundo inteiro.
Os EUA deveriam
parar de usar a Rússia como espantalho e lidar com os crimes de Obama e
Hillary.
Trump deveria
descontinuar o legado esquerdista de Obama de sanções e outras ações não
conservadoras contra uma Rússia mais conservadora.
A Rússia poderia retaliar os males de Obama e Hillary
Clinton por meio de um ataque nuclear. Quem pode culpá-los por usar trolls de
internet para desabafar suas queixas contra Hillary?
Versão em inglês deste artigo: Proved:
Russian Trolls Did in the U.S. Presidential Election… What the U.S. Does in the
Elections of Other Nations
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3 comentários :
Na verdade, Julio, Obama e Hilary favoreceram a Rússia com urânio. Passaram informações de segurança para os russos etc
Oi, Alerrandro! Tanto a esquerda quanto a direita americana, em suas histerias habituais contra a Rússia fomentadas pelos neocons, têm teorias de conspiração. A questão do urânio parece ter tido a mesma inspiração, sendo tratada por Trump na eleição por influência de seu assessor principal de estratégia política, o Steve Bannon, que era o editor do Breitbart, que originou a teoria. Acontece que Trump e Bannon brigaram FEIO, e Trump virou inimigo de Bannon.
O que pude apurar, já conhecendo a histeria de ambos os lados, é que a revista Newsweek realmente trata a questão do urânio como teoria de conspiração. Veja: http://www.newsweek.com/hillary-clinton-uranium-conspiracy-theory-distraction-trump-russia-694525
A famosa revista Forbes também trata isso como teoria de conspiração: https://www.forbes.com/sites/jamesconca/2017/10/27/claims-of-clinton-russia-uranium-scandal-are-a-real-empty-barrel/#3c4e74ad7b55
O triste na realidade americana é que AMBOS OS LADOS, a esquerda e a direita americana, adoram odiar a Rússia com infinitas teorias de conspiração. Veja: http://bit.ly/2o8m8ui
E ambos os lados não conseguem largar sua paixão pela Arábia Saudita, que é o real inimigo dos EUA.
O que não é teoria de conspiração é que quem manda realmente na esquerda e na direita dos EUA são os neocons. Veja: http://bit.ly/2x9fR8K
OS NEOCONS ODEIAM A RÚSSIA E AMAM A ARÁBIA SAUDITA!
Obrigado pela informação.
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