Dívida, caridade ou controle populacional? Trump designa 55 milhões de dólares para a USAID “ajudar” cristãos iraquianos
Julio Severo
A imprensa cristã
está aclamando esforços do presidente americano Donald Trump de ajudar os
cristãos no Iraque.
A Agência de
Desenvolvimento Internacional dos EUA (conhecida pela sigla USAID) disse na
semana passada que 55 milhões de um montante de 75 milhões de dólares de
dinheiro de assistência para ações do Programa de Desenvolvimento da ONU (PDONU)
irão para tratar de grupos minoritários em regiões do norte do Iraque retomadas
do Estado Islâmico (ISIS).
A FoxNews
noticiou: “O pagamento da USAID já encaminhado ao PDONU deve ter como alvo
especial ‘aqueles que foram vítimas das atrocidades do ISIS.’”
De acordo com
o comunicado de imprensa da USAID: “A Agência de Desenvolvimento Internacional
dos Estados Unidos (USAID) e o Programa de Desenvolvimento da ONU (PDONU)
concordaram em aumentar a assistência aos iraquianos, principalmente minorias
religiosas e étnicas, para lhes possibilitar voltar para seus lares em regiões
libertas do ISIS.”
Entretanto,
há preocupações.
“O PDONU tem tido
problemas horríveis de má administração, não é transparente e deliberadamente tem
marginalizado o genocídio que mira as minorias cristãs e Yazidi nos últimos dois
anos,” comenta Nina Shea, diretora do Centro de Liberdade Religiosa no
Instituto Hudson, e uma crítica forte da conduta da ONU para com os refugiados
de minorias.
“O que me preocupa
é que a maior parte do dinheiro [de Trump] para os cristãos, a vasta maioria
dele, está indo por meio da ONU,” disse Shea.
“Não tenho
confiança no PDONU,” disse ela.
Shea está
certa sobre o PDONU. De acordo com Facts of Life (Fatos da Vida), um manual
pró-vida publicado por Human Life International (HLI) e escrito pelo Dr. Brian
Clowes, o Programa de Desenvolvimento da ONU tem parcerias com organizações
pró-aborto, inclusive a Federação Internacional de Planejamento Familiar.
Contudo, a
USAID também não merece nenhuma confiança no que se refere ao controle populacional.
“O Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos é
o órgão das decisões mais elevadas sobre política externa nos EUA. Em 10 de
dezembro de 1974, esse conselho promulgou um documento extremamente secreto
intitulado Memorando de Estudo de Segurança Nacional 200 (do original em inglês
‘National Security Study Memorandum 200,’ cuja sigla é NSSM 200), também
conhecido como Relatório Kissinger. Seu assunto era ‘Implicações do Crescimento
da População Mundial para a Segurança e Interesses Externos dos EUA.’ Esse
documento, publicado logo depois da primeira grande conferência internacional
de população em Bucareste, foi o resultado da colaboração entre a Agência
Central de Inteligência (CIA), a Agência de Desenvolvimento Internacional dos
EUA (USAID) e o Departamento de Estado… Embora o governo dos EUA tenha
publicado centenas de documentos de políticas lidando com vários aspectos da
segurança nacional americana desde 1974, o NSSM 200 continua a ser o documento
fundamental sobre controle populacional elaborado pelo governo dos Estados
Unidos. Portanto, o NSSM 200 continua a representar a política oficial dos
Estados Unidos sobre controle populacional.”
O NSSM 200,
que foi emitido sob um governo republicano (“conservador” e “direitista”),
apresenta estratégias dos EUA para integrar medidas de controle populacional (chamadas
eufemisticamente de “planejamento familiar”) e serviços médicos. A USAID estava
ativamente envolvida na elaboração e implementação do NSSM 200, que menciona o PDONU
como incluído em seus esforços.
Que tipo de “assistência”
dois órgãos de controle populacional (USAID e PDONU) darão aos cristãos
iraquianos que sobreviveram ao ISIS?
O jornal Washington
Free Beacon obteve
fotos dos projetos do Programa de Desenvolvimento da ONU em cidades cristãs
e Yazidi no norte do Iraque, mostrando projetos “finalizados” de escolas que
nada mais eram do que camada fina de tinta nas paredes externas com o símbolo
do UNICEF pintado a cada metro.
Dentro do
prédio, as salas permaneciam intactas e inutilizáveis, sem água corrente,
eletricidade e móveis.
Geralmente, a
única coisa que não falta em tais áreas de necessidade medonha é controle
populacional. Ainda que haja falta de tudo necessário, há abundância de
anticoncepcionais, camisinhas, DIUs, etc.
Os cristãos
merecem isso?
Cristãos iraquianos |
Essa é uma
acusação muito séria. Se Trump estava certo, o governo dos EUA sob Obama
cometeu crimes contra cristãos vulneráveis ao treinar, financiar e armar o
ISIS, que estuprou, torturou e massacrou cristãos.
Os cristãos
iraquianos merecem muito mais do que “assistência” de controle populacional.
Eles merecem indenizações, inclusive armas para se defenderem. Se o governo dos
EUA sob Obama pôde dar armas para o ISIS e outros grupos islâmicos para atacar
cristãos, por que o governo dos EUA sob Trump não pode dar armas para os cristãos
se defenderem?
No nome do
governo dos EUA, Trump deve desculpas oficiais aos cristãos iraquianos e a todas
as vítimas do ISIS criado por Obama. Essas desculpas já deveriam ter sido feitas
há muito tempo.
O controle
populacional não é assistência. É finalizar o extermínio que o ISIS começou.
Líderes
pró-vida deveriam fazer contato com Trump e pedir uma revisão total da USAID e
sua “assistência.”
Além disso, o
governo de Trump deveria abrir
as portas dos EUA para os cristãos iraquianos que sobreviveram ao ISIS.
Afinal, eles foram vítimas de um grupo terrorista islâmico criado por um
presidente americano. Acolhê-los como refugiados é muito mais do que caridade.
É indenização devida.
A economia
dos EUA tem crescido sob Trump. Por que não usar uma boa parte desses lucros ($7
bilhões seriam um bom começo) para ajudar as vítimas do ISIS?
Versão em inglês deste artigo: Debt,
Charity or Population Control? Trump
Designates $55 Million to Iraqi Christians
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4 comentários :
Essa sujestao de ajudar, armar e pagar indenizacoes aos cristaos Iranianos nao deveriam serdirigidas a Barack Obama? Afinal de contas foi ele que armou o ISIS. Esse crime nao deve ser imputado a Mr. Trump porque ele nao apoiou isso e nem estava no governo. Hillary Clinton, por que devolve o dinheiro que possui no seu Instituto onde acumulou bilhoes de dinheiro doado que deveria ir para as criancas famintas dos paises africanos e ela nao entregou o total para esse fim? Guardou 90% dele para si? Esse dinheiro deveria sair de quem provocou tudo. Trump esta fazendo a sua parte, ajudando com dinheiro Norte Americano mas nao vamos ficar paparicando o culpado disso que foi o Obama.
Política Sem Medo: Daria para culpar exclusivamente o Obama se tudo — milhões de dólares, armas, tropas militares, treinamento, logística — tivesse sido fornecido dos próprios recurso dele. Mas Obama não tem tudo isso. Ele usou seus poderes como presidente, usando os recursos do governo dos EUA. Sim, ele deve ser responsabilizado, mas o governo americano é cumplice disso tudo, pois tudo veio do governo — milhões de dólares, armas, tropas militares, treinamento, logística. É necessária uma indenização governamental. Mas como NENHUM presidente americano jamais foi condenado por seus crimes e como o governo americano NUNCA pagou indenizações por crimes de massa, tudo o que eu disse aqui é hipotético, é o que deveria acontecer. Um dia, diante do Trono de Deus, o governo Obama será cobrado por seus crimes, o governo Trump será cobrado por ter aliança com a Arábia Saudita, o principal patrocinador do terrorismo islâmico no mundo inteiro.
Política Sem Medo: Dando continuidade à política do governo Obama, o governo Trump continua armando, financiando e treinando rebeldes islâmicos na Síria. Esses rebeldes trucidam cristãos. Em política interna, Trump é bom. Em política externa, ele é muito parecido com Obama.
Julio, o belicismo americano mundial sempre foi um bom gerador de empregos aos "pobres" americanos.
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