Reconhecendo acertadamente o Rev. Moon e seu ex-culto à personalidade entre conservadores americanos, mas não vendo outro messias descarado emergindo
Como
pode o movimento conservador dos EUA ser propenso a falsos messias? Aliás, como
pode um homem que conhece muito bem a influência de um falso messias entre
conservadores dos EUA não ter nenhuma visão para ver outro messias emergindo
com ambições oportunistas e ocultistas entre conservadores católicos e
protestantes?
Vários anos atrás, tive longas conversas com um
evangélico americano perturbado que me disse como o movimento conservador
evangélico nos EUA era apóstata e a evidência era a influência do Rev. Moon, um
falso messias descarado, entre eles, principalmente por causa de seu poder e recursos
financeiros financiando e “ajudando-os.”
Aliás, a influência do Rev. Moon era tão incontestável
que o maior jornal conservador dos EUA, o Washington Times, estava nas mãos
dele.
Rev. Moon |
O homem influente do IIA é John Haskins.
Entretanto, sua visão, que era afiada com relação aos
líderes evangélicos “apóstatas” recebendo dinheiro do messias falso, era míope
com relação aos assuntos e realidade interna do IIA.
O filósofo brasileiro Olavo de Carvalho, que é diretor
do IIA, dificilmente é superado pelo Rev. Moon no que se refere a esoterismo,
ocultismo e messianismo megalomaníaco.
Carvalho fundou no Brasil a primeira escola de
astrólogos uns 30 anos atrás. Uma entrevista de Carvalho no jornal O Globo,
publicada em 25 de maio de 2000, intitulada “Filósofo Acidental” disse dele:
“Durante um tempo, [Olavo de
Carvalho] dedicou-se aos estudos islâmicos — aprendeu árabe e recita trechos do
Alcorão — e ganhou um prêmio na Arábia Saudita em 1985 por um livro de 200
páginas (não publicado) sobre Maomé, no qual usou os conhecimentos da simbólica
medieval para interpretar episódios da vida do profeta. Pratica o cristianismo,
mas afirma que ficaria à vontade para professar o islamismo. Isso porque, na
sua opinião, cristianismo, islamismo e judaísmo têm no fundo o mesmo objetivo.
A existência de Deus é para Olavo uma obviedade suprema, a base fundadora de
tudo.”
A entrevista foi mantida por 17 anos no site pessoal
de Carvalho, mas foi imediatamente removida depois da publicação do meu artigo
“O
que atrai Olavo de Carvalho aos Estados Unidos?”
Hoje, Carvalho diz descaradamente em português: “O
Protestantismo nasceu do ódio e da sêde de sangue. Sua inspiração cristã é
ZERO.”
Apesar disso, os membros evangélicos do IIA não sabem
ler e entender os absurdos e até a linguagem suja dele, pois ele as expressa
somente em português.
A diatribe anti-evangélica dele é descarada por sua
ingratidão. Mesmo se rotulando como “católico” (que ficaria à vontade para
professar o islamismo), ele não quis permanecer no Brasil, a maior nação
católica do mundo. Em vez disso, ele escolheu autoexílio, vivendo como
imigrante na nação mais evangélica do mundo, ainda que ele despreze o
protestantismo. Sua incoerência flagrante me levou a escrever: “O
que atrai Olavo de Carvalho aos Estados Unidos?”
Quanto a Haskins, sua alma perturbada vê as igrejas
evangélicas como “apóstatas,” mas é incapaz de ver semelhante enganosidade e
desonestidade espiritual no imigrante autoexilado brasileiro que ele escolheu
para dirigir o IIA.
Por que ele não consegue ver em Carvalho a mesma
fraudulência que ele acertadamente viu no Rev. Moon e seu movimento conservador
nos EUA?
Carvalho o tem financiado assim como o Rev. Moon
alegadamente, de acordo com as palavras de Haskins, financiou líderes
evangélicos americanos? Carvalho comprou o silêncio dele?
Haskins sabe que Carvalho está errado em questões
importantes. Em 2013, quando Carvalho começou a me xingar e atacar depois que
discordei dele por causa da defesa estridente dele acerca do revisionismo da
Inquisição, Haskins, que também quietamente discordou de Carvalho nessa
questão, magnificamente me ajudou a escrever um artigo intitulado “Um
ativista pró-vida pode defender a Inquisição?” Muitas
ideias no artigo, inclusive uma comparação entre a indústria do aborto e a
Inquisição, vieram diretamente de Haskins, que apesar disso não queria crédito
por suas ideias extraordinárias. Ele preferiu o anonimato.
Carvalho não é um megalomaníaco menos fanfarrão do que
foi o Rev. Moon, principalmente no que se refere a um conservadorismo exótico.
O alegado “anticomunismo” de Carvalho veio do que ele aprendeu na Escola
Tradicionalista, que misturava conservadorismo antimarxista com ideias da Nova
Era. A Escola Tradicionalista foi fundada pelo esotérico islâmico René Guénon,
e Carvalho foi um dos principais introdutores desse feiticeiro e suas ideias da
Nova Era no Brasil. Além disso, ele traduziu para o português um dos livros de
Guénon.
A espiritualidade de Carvalho é sincrética, assim como
sincréticos são geralmente os católicos do Brasil. Esse é o motivo por que o
espiritismo, o esoterismo, a astrologia, as ideias da Nova Era e as religiões
afro-brasileiras são tão populares entre católicos brasileiros. Paulo Coelho,
um escritor esotérico brasileiro, tem livros publicados por HarperCollins, a
maior editora dos Estados Unidos, e entre seus admiradores estão Will Smith,
Madonna e o ex-presidente americano Bill Clinton. O Brasil é profundamente
esotérico e espírita e dentro dessa realidade, Coelho é apenas um “católico”
místico. Embora ele não seja tão popular quanto Coelho, é de admirar a
popularidade considerável de Carvalho entre católicos direitistas sincréticos
do Brasil?
Mas
não só católicos sincréticos estão sendo afetados por suas ideias. Fábio
Blanco, um dos seguidores evangélicos mais apaixonados de Carvalho, até mesmo
chamando-o de “pai” no Dia dos Pais, produziu dois textos reveladores em maio
de 2017. Num, intitulado “O Cientista e o Ocultista,” ele disse: “O ocultista é
apena um cientista.” Em outro, intitulado “O esoterismo e os princípios reformados,”
ele se queixou: “Na ótica protestante há apenas uma divisão simples: crentes e
não-crentes. Falar em esoterismo, neste contexto, torna-se impossível.”
Em
sua busca de conhecimento conservador, ele foi tragado por uma gnose sedutora
que o afastou do conhecimento da Bíblia e do genuíno conservadorismo que a
Bíblia produz em seus leitores.
A
influência “filosófica” de Carvalho exala esoterismo em seus seguidores
católicos e evangélicos, afastando-os da Bíblia e levando-os mais e mais até
ele e suas ideias gnósticas.
Como
é que Haskins não consegue discernir tal influência?
Haskins é um homem muito inteligente e tem um
discernimento valioso, mas sua visão mal-orientada, talvez danificada por interesses
escusos, o tem impedido de ver em Carvalho o mesmo conservadorismo oportunista
e espiritualmente prejudicial que ele vê no Rev. Moon.
Contudo, se ele pode aceitar Carvalho com seu
histórico ocultista, misterioso e suspeito, por que ele não pode aceitar Pat
Robertson, Matt Barber, Scott Lively e outros líderes evangélicos excelentes?
Eles não são apóstatas.
Se ele consegue enxergar a nocividade do messianismo
anticomunista do Rev. Moon, por que ele não consegue enxergar a nocividade o
messianismo anticomunista de Carvalho? Afinal, ele não é tão esperto quanto se
imagina.
Um homem que professa ser cristão e não vê o
“conservadorismo” espiritualmente sincrético, ocultista e prejudicial de
Carvalho pode estar em sério estado de apostasia e, certamente, sua visão
espiritual está defeituosa.
Se Robertson, Barber, Lively e outros líderes
evangélicos americanos estão num poço de apostasia, onde está Carvalho? Onde
está Haskins?
Jesus disse:
“Guias
cegos! Vocês coam um mosquito e engolem um camelo.” (Mateus 23:24 NVI)
Haskins vem coando “mosquitos” evangélicos americanos e engolindo um
camelo esotérico brasileiro!
Se, como acredita Haskins, a influência do Rev. Moon
no movimento conservador dos EUA foi prejudicial, que tipo de influência ele
acha que Carvalho tem tido no movimento conservador católico do Brasil?
Como explicar que o homem que está certo sobre o falso
messias nos EUA escolheu não ver o messianismo conservador exótico num imigrante
autoexilado pseudo-católico do Brasil?
Se a influência de Carvalho nos brasileiros católicos
é prejudicial, por que Haskins está trabalhando para estendê-la aos EUA?
Recentemente, Carvalho lançou um filme, intitulado “O
Jardim das Aflições,” exaltando a si mesmo — um culto à personalidade que é uma
conduta típica de marxistas e falsos messias como o Rev. Moon, que era tão
conservador e anticomunista quanto Carvalho alega ser. Conscientemente ou não,
Haskins tem trabalhado para estender aos EUA essa versão brasileira de culto à
personalidade ao fazer propaganda do IIA.
O filme foi dirigido por Josias
Teófilo, cuja principal ocupação era dar palestra em lojas teosóficas
em várias cidades brasileiras. Em 2014, numa palestra na Loja Teosófica Sírius
em Campina Grande, ele falou da importância da visão espiritualista de Helena
Petrovna Blavatsky. Blavatsky, pioneira no movimento Nova Era e co-fundadora da
Sociedade Teosófica em 1875, era uma médium espírita e ocultista. Então ninguém
melhor do que Josias, um esotérico, para introduzir outro esotérico, Carvalho.
O filme foi produzido graças às doações dos olavetes,
que seguem Carvalho como os moonies seguem o Rev. Moon e fazem tudo o que ele
lhes manda. A propósito, um dos moonies brasileiros mais proeminentes era José
Osvaldo de Meira Penna, que era profundamente conectado a Carvalho.
Heloisa de Carvalho Martin Arribas, filha de Carvalho,
tem publicamente exposto,
num post de Facebook de 27 de junho de 2017, que não houve nenhuma prestação de
contas pelas doações, acrescentando que “quem pega dinheiro de pessoas honestas
e as engana é no mínimo vigarista.”
Não muito diferente do passado. Alunos da antiga
escola de astrólogos processaram seu professor, Carvalho, por estelionato.
Não muito diferente do Rev. Moon, que também foi
processado por estelionato.
A filha de Carvalho confirmou, em post de Facebook, que o
movimento de seu pai é semelhante ao movimento do Rev. Moon.
Evidentemente, Carvalho não é tão famoso, nos EUA e
internacionalmente, quanto o Rev. Moon. Mas o que Haskins está esperando para
ver nele a mesma fraudulência e culto à personalidade que ele vê no Rev. Moon?
Se
o novo messias ficar famoso nos EUA, será graças ao IIA e Haskins.
No
entanto, uma iniciativa de conscientização pode ajudar. Quase dez anos atrás,
lancei uma campanha bem-sucedida no Brasil sobre a influência
danosa
do Rev. Moon entre líderes conservadores evangélicos, até mesmo na Frente
Parlamentar Evangélica. Muitos evangélicos foram avisados.
Eu
também havia sido convidado por moonies para ser parte de seu movimento, com
ofertas tentadoras, e sua tentação especial foi um convite oficial para eu
escrever no jornal Washington Times. Recusei os convites, pois não posso
trabalhar para falsos messias.
Que
minha nova iniciativa de conscientização, sobre um messias emergente, seja útil
para evangélicos no Brasil.
Atualizado em 28 de setembro de 2017.
Versão
em inglês deste artigo: Recognizing Rightly Rev. Moon and His
Former Personality Cult Among U.S. Conservatives, But Not Seeing Another
Blatant, Emerging Messiah
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4 comentários :
O conservadorismo americano é um pouco diferente do brasileiro. Aqui a maioria é católica; lá é evangélica. Só que os evangélicos americanos são mórmons, adventistas e outras denominações hereges, além dos cristãos. Ser conservador é uma coisa. Não é necessário que seja crente.
Falsos mestres... como já profetizado no NT haveriam.
Ser cristão é: "Vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim".
O que passar disso é Lero-Lero. É teologice religiosa.
Torno a repetir o que eu já comentei num artigo anterior referente ao "reverendo" Moon: ele foi somente um de muitos dos falsos profetas que já passaram pelo mundo pregando heresias (e deturpando a palavra de Deus).
A respeito dos falsos profetas, Jesus já tinha alertado:
"Porque muitos (como o 'reverendo' Moon) virão em Meu nome, e dirão: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos" (Mateus 24:5, o parêntese é meu)
"Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas (como o 'reverendo' Moon) ; e farão tão grandes sinais e prodígios que, se lhes fosse possível, enganariam até mesmo os escolhidos" (Mateus 24:24, o parêntese é meu)
E o digníssimo "reverendo" ainda teve a ousadia de dizer: "Ele (Deus) vive em mim (Moon), e eu (Moon) sou a encarnação Dele. O mundo todo está na minha mão".
Essa postura do "reverendo" Moon lembra muito o que Satanás disse ao tentar o Senhor Jesus no deserto:
"Novamente o diabo O levou a um monte muito alto; e mostrou-Lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. E disse-Lhe: Tudo isto eu Te darei se, prostrado, me adorares" (Mateus 4:8–9)
Uma certeza é garantida: brevemente o "reverendo" Moon estará diante do Senhor Jesus. E ele será obrigado a confessar que Jesus é o Rei dos Reis, e o Senhor dos Senhores. É como bem disse o apóstolo Paulo:
"Para que, ao nome de Jesus, se dobre todo joelho daqueles que habitam nos céu, na terra, e abaixo da terra. E toda língua (inclusive a do 'reverendo' Moon) confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai" (Filipenses 2:10–11, o parêntese é meu)
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