Teologia marxista na Assembleia de Deus
Maior propagandista mundial da Teologia da Missão Integral dará aula especial de teologia para futuros teólogos e pastores assembleianos no Brasil
Julio
Severo
A FAECAD, Faculdade das Assembleias de Deus no Rio de
Janeiro, terá uma aula magna com o título “A Missão Integral e os Desafios da
Igreja,” dada por René Padilla.
A aula, agendada para 10 de março de 2017, será feita
em parceria entre a Visão Mundial e a FAECAD, que pertence à CGADB, Convenção
Geral das Assembleias de Deus no Brasil, a maior denominação assembleiana
brasileira e mundial. (Confira neste link: http://archive.is/WlPHX)
Desde que teve como presidente Ariovaldo Ramos, o
maior propagandista brasileiro da Teologia da Missão Integral (TMI), a Visão
Mundial tem patrocinado eventos de TMI em todo o Brasil. Embora diga que sua
missão principal é ajudar crianças que passam fome, a Visão Mundial tem apoiado
o movimento da TMI, que é o maior movimento protestante marxista no Brasil.
René Padilla é conhecido internacionalmente há décadas
por sua militância marxista entre evangélicos e é hoje o maior propagandista
mundial da TMI. Ele teve presença forte no primeiro Congresso Lausanne de
Evangelização Mundial em 1974, sendo o principal responsável pela guinada à
Esquerda dos congressos seguintes.
No Brasil, a influência de Padilla se restringiu
durante anos quase que exclusivamente aos meios calvinistas (presbiterianos e
batistas), onde ele é muito bem divulgado há décadas, especialmente pela
revista Ultimato, publicação originalmente presbiteriana de orientação
esquerdista.
Padillha esteve no Brasil em 2014 para palestrar no Congresso
Internacional de Missão Integral, realizado na Faculdade
Teológica Sul Americana em Londrina no Paraná. Essa faculdade foi fundada pelo
Rev. Jorge Henrique Barro, pastor da IPB (Igreja Presbiteriana do Brasil) e um
dos principais responsáveis pelo evento.
O Rev. Barro é presidente da Fraternidade Teológica
Latino Americana, fundada por Padilla, onde sua teologia marxista tem
predominância absoluta.
A influência e presença de Padilla e sua teologia
marxista são poderosas e inegáveis entre presbiterianos brasileiros. Mas o que
está acontecendo que agora ele e sua teologia estão tendo abertura até entre
assembleianos?
O que vejo é que pelo histórico de ausência de carga
teológica, muitos assembleianos estão se aproximando de líderes e instituições
presbiterianas a fim de preencher um vazio teológico. Perdi a conta de quantos
pastores assembleianos, até mesmo diretores de instituições teológicas
assembleianas, seguem de forma entusiástica movimentos e líderes cessacionistas
e semi-cessacionistas. (Cessacionismo é a heresia que afirma que o Espírito
Santo não dá mais hoje profecia, revelação e outros dons sobrenaturais.) O
caso anda tão grave que há verdadeiras guerras dentro da Assembleia de Deus por
causa da influência desses cessacionistas em seu meio.
Mas esse “intercâmbio” é praticamente unilateral, no
que se refere a influências. Os cessacionistas e semi-cessacionistas que estão
em contato com assembleianos não passam a admirar a abertura dos assembleianos
aos dons sobrenaturais do Espírito Santo e sua vida de oração, mas os
assembleianos passam a admirar a abertura dos presbiterianos e outros
calvinistas a René Padilla e a TMI.
Um
“intercâmbio” em que os assembleianos idolatram líderes cessacionistas e
semi-cessacionistas e absorvem a TMI, mas os cessacionistas e
semi-cessacionistas não idolatram nenhum líder assembleiano e não absorvem o
conservadorismo assembleiano, é ilusão e perda. Assembleianos que se abrem para os cessacionistas e
semi-cessacionistas têm dificuldade de enxergar e expor a TMI em seus perigos
reais. Não
enxergam que a TMI é a maior ameaça à Igreja Evangélica do Brasil.
Seria excelente se os assembleianos tivessem abertura
a John Wimber, Wayne Grudem, Jack Deere e outros calvinistas carismáticos.
Tenho quase todos os livros deles e os considero calvinistas fantásticos e não
me envergonho de admirá-los, pois eles têm abertura ao Espírito Santo. Mas o
líder calvinista mais admirado entre assembleianos é o “apóstolo” do
cessacionismo no Brasil e nunca foi um famoso combatente contra a TMI, que é
um liberalismo teológico forte na IPB. Seguir um homem sem visão e que não
acredita em visão do Espírito Santo para hoje é como seguir um cego que está
indo diretamente para o buraco, sem ver.
São tão cegos que aquele que foi outrora a
maior estrela gospel da IPB, Caio Fábio, fazia propaganda quase que subliminar
da TMI sem nunca ser notado, muito menos desmascarado. Até
hoje, muitos aos suspiros pensam que o Caio de antes da queda sexual não havia
caído na TMI. Puro engano.
A TMI cresceu tanto entre cessacionistas e
semi-cessacionistas brasileiros exatamente pela falta e até rejeição de visão
bíblica e sobrenatural entre eles. Se os assembleianos continuarem no rumo em
que estão, admirando cessacionistas e semi-cessacionistas que rejeitam visão e
são parcial ou totalmente abertos ao liberalismo teológico da TMI, eles vão
fazer o que os cegos fazem. Vão se abrir para Padilla e a TMI. Aliás, a FAECAD
já está fazendo isso, para a desgraça dos pastores assembleianos do Brasil.
Alcançando
uma importante faculdade teológica assembleiana no Rio de Janeiro, Padilla e
sua TMI garantem uma influência significativa em futuros e atuais pastores que
influenciarão milhares de assembleianos comuns, que cedo ou tarde falarão e
agirão esquerdisticamente conforme muitos calvinistas brasileiros já falam e agem
há décadas.
Só uma resistência cheia do Espírito Santo poderá
confrontar o liberalismo teológico da TMI infestando as igrejas brasileiras. E
o pioneiro
nessa resistência foi o Dr. C. Peter Wagner, que denunciava que o
que Padilla estava pregando, já no final da década de 1960, era marxismo.
Wagner ficou famoso como líder dos teólogos
conservadores que se opuseram aos teólogos esquerdistas, liderados por Padilla,
no primeiro Congresso Lausanne de Evangelização Mundial em 1974.
Em 2014, Lausanne deu o troco vingativo em Wagner,
realizando no Brasil
uma reunião de líderes de Lausanne contra Wagner e seu
movimento apostólico. A reunião foi dirigida por líderes da TMI, especialmente
o Rev.
Valdir Steuernagel, que também tem cargo na Visão Mundial.
Em 2013, C. Peter Wagner escreveu a introdução do
e-book de Julio Severo “Teologia da Libertação versus Teologia da Prosperidade”
(acessível temporariamente para download neste LINK),
que trata da TMI.
O famoso teólogo calvinista cessacionista do Brasil
tem livros e artigos contra Wagner, mas não tem livros e artigos contra a TMI. Tem
apenas um videozinho produzido depois que seu silêncio de décadas diante da TMI
ficou indesculpável. Os assembleianos que o admiram e seguem,
coincidentemente, rejeitam Wagner e são mais abertos à TMI ou não
sabem discernir e denunciar a TMI.
Não sei o que toda essa abertura fará para a FAECAD, a
CGADB e os pastores assembleianos do Brasil, mas se a Assembleia de Deus não
lidar decisivamente agora com a TMI e com a causa principal, o intercâmbio
unilateral com calvinistas cessacionistas, semi-cessacionistas e liberais, não
poderá estranhar se em futuro próximo perguntarem como foi que o liberalismo
teológico dominou a maior denominação pentecostal do Brasil.
Que a Assembleia de Deus consiga, a tempo, seguir o
bom exemplo de resistência conservadora bíblica de C. Peter Wagner e cancelar a
aula de Padilla na FAECAD e combater toda influência da TMI em suas
instituições e igrejas. E deveria também trabalhar para libertar seus diretores
de instituições teológicas da idolatria que eles nutrem por líderes
cessacionistas e semi-cessacionistas.
Fonte:
www.juliosevero.com
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