A guerra calvinista cessacionista contra Silas Malafaia
Julio Severo
Nos últimos
dias, o nome do Pr. Silas Malafaia, fundador e presidente da Assembleia de Deus
Vitória em Cristo, vem sendo atacado com todos os tipos de rótulos negativos
possíveis: herege, ditador da fé, pastor despótico e terrorista espiritual.
Todas essas acusações vieram de fontes calvinistas.
O que os
calvinistas têm contra Malafaia? Pelo menos, os calvinistas americanos que
conheci dificilmente teriam grandes problemas, como irmãos em Cristo, de
convivência com Malafaia.
Tive contatos
no passado com o ministério Vineyard, no seu apogeu, quando seu fundador, John
Wimber, estava vivo, e eram pastores na sua igreja-sede Wayne Grudem e Jack
Deere. Todos eles calvinistas que creem no Espírito Santo. Aliás, Wimber e seu
movimento eram conhecidos por seus sinais, prodígios e maravilhas. Muitas
profecias e revelações. Muitas curas. Muitas expulsões de demônios, inclusive
de bruxos.
Já frequentei
a igreja da Vineyard e gostei muito do calvinismo deles.
Contudo, a
elite calvinista que se vê no Brasil pouparia o calvinismo de Wimber, Grudem e
Deere de ataques? Ambos não têm os mesmos fundamentos bíblicos e espirituais.
Enquanto os
calvinistas americanos que conheci creem no Espírito Santo e eram usados por
Ele para realizar sinais e maravilhas, por pura arrogância teológica os
calvinistas elitistas brasileiros condenam tais sinais e maravilhas e os homens
e mulheres que são usados por Deus.
Em grande
parte, Malafaia está sendo atacado por essas razões por esses calvinistas
brasileiros, embora os motivos alegados por eles sejam outros.
Um crítico
calvinista que chamou Malafaia de herege fez uma pregação sofista com base em 1
Coríntios 4:20, que diz: “O Reino de Deus não consiste em palavras, mas em
virtude.”
Sua
interpretação sofista desvirtuou a palavra “virtude,” dando-lhe um significado
vago, abstrato e invisível, só visto por Deus, fazendo parecer que nem o
Apóstolo Paulo, nem Jesus e seus apóstolos nunca pregaram um Evangelho com
virtude: cura de enfermos e expulsão de demônios.
Para
desculpar então seu evangelho sem poder, ele interpretou o comentário de Paulo
como se Paulo tivesse tido um Evangelho tão oco e fraco quanto o dele.
Um teólogo ou
pastor que prega um evangelho sem curas e expulsão de demônios tem
incredulidade de sobra para criticar pastores que pregam o Evangelho com poder:
com curas e expulsão de demônios. De raiva, ele critica nos outros o que ele
não tem. Em vez de buscar de Deus, ele se revolta contra quem tem.
Os fariseus, que
eram os teólogos da época de Jesus, O criticavam e condenavam porque achavam
seus atos ministeriais “bizarros.” Eles não concordavam que Jesus e seus
discípulos curassem os enfermos, especialmente porque os fariseus falavam das
Escrituras sem tal poder. E eles especialmente não concordavam que Jesus
expulsasse demônios.
Eles achavam
que o que Jesus estava fazendo era prática comum de bruxos. Na mente teológica
deles, Jesus fazia coisas bizarras. Portanto, para eles Jesus era um satanista,
um feiticeiro, um bruxo. Para eles, Jesus estava bruxificando as Escrituras.
“Alguns mestres da Lei, que tinham vindo de Jerusalém,
diziam: —Ele está dominado por Belzebu, o chefe dos demônios. É Belzebu que dá
poder a este homem para expulsar demônios.” (Marcos 3:22 NTLH)
Os mestres da
Lei eram os teólogos. O fato de que vieram de Jerusalém, a sede mundial da
teologia das Escrituras, revela que a teologia oficial mais importante da época
estava presa a uma visão literal sem nenhuma comunhão com Deus. Eles se
tornaram meros demonizadores. Tudo o que eles sabiam fazer era demonizar Jesus.
Outra versão
diz:
“Os líderes religiosos de Jerusalém espalharam o boato
de que ele estava praticando magia negra, fazendo truques diabólicos para
impressionar o povo, mostrando poder espiritual.” (Marcos 3:22 A Mensagem)
Os maiores
teólogos das Escrituras condenaram Jesus como satanista. Eles o demonizaram em
todas as suas redes sociais da época — a pé e de jumento. O que esperar dos
teólogos reciclados de hoje?
Os teólogos
demonizadores de hoje usam suas redes, conferências, blogs e outros canais para
demonizar tudo o que não se enquadra em sua visão teológica morta das
Escrituras. Não perdem o hábito: continuam espalhando boatos de que seguidores
de Jesus praticam magia negra fazendo truques diabólicos para impressionar o
povo.
Malafaia crê
em experiências com o Espírito Santo. Embora seus críticos e acusadores calvinistas
aleguem focar na questão da Teologia da Prosperidade (enquanto o problema maior
entre os calvinistas não é essa teologia, mas a Teologia da Missão Integral), a
verdade é mais profunda.
Um pastor
calvinista que chamou Malafaia de “herege” trouxe ao Brasil o calvinista
americano Justin Peters, que já havia dito na VINACC em 2015 que Deus não fala hoje por meio de
profecia e revelação.
Peters não é
o único calvinista incrédulo. Mauro Meister, pastor da IPB e teólogo da
Universidade Presbiteriana Mackenzie, alertou contra o livro “Surpreendido com
a Voz de Deus,” escrito pelo calvinista Jack Deere. Meister disse:
“Certamente não posso recomendar a leitura do livro
como proveitosa, e sim alertar pastores e estudiosos de que este livro irá
trazer mais confusão do que esclarecimento.”
O livro de
Deere contém inúmeros testemunhos de calvinistas abertos ao Espírito Santo e
foi recomendado por Wayne Grudem, renomado calvinista autor de uma Teologia Sistemática.
Mesmo assim, por amor à mesma incredulidade que os fariseus tinham, Meister
rejeitou e atacou toda possibilidade de ouvir a voz de Deus hoje.
Essa postura
incrédula se chama cessacionismo. Meister, que é colega teólogo de Augustus
Nicodemus, o “apóstolo” do cessacionismo no Brasil, tem para sua incredulidade
e cessacionismo pleno apoio do Bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de
Deus, que também é contra profecia e revelação em nossos dias.
Cessacionismo
não é monopólio dos calvinistas radicais. Macedo também está nesse barco com
eles.
Independente
então da questão da Teologia da Prosperidade, calvinistas radicais condenarão
Malafaia, assim como já condenam calvinistas que aceitam os dons e as obras
sobrenaturais do Espírito Santo.
John
MacArthur é o “apóstolo” mundial da incredulidade calvinista, ou cessacionismo.
Ele é o teólogo calvinista boçal que chama o movimento pentecostal de
demoníaco. Ele é o teólogo calvinista boçal que chama de “demoníacas” todas as
manifestações como línguas estranhas, profecias e revelações hoje. Ele é
cessacionista.
Cessacionismo
é a doutrina espúria e extra-bíblica que diz que depois da morte de Jesus e
seus apóstolos, o Espírito Santo parou de conceder profecia, línguas,
revelações e outros dons. Na visão teológica cessacionista, as manifestações de
profecia, línguas, revelações e outros dons hoje são demoníacas. Daí, os
calvinistas cessacionistas crerem que tanto o pentecostalismo quanto o
neopentecostalismo são “heréticos.”
MacArthur é o
guru de todos os calvinistas cessacionistas radicais do Brasil. Ele se diz fiel
à Bíblia, mas a ataca ao rejeitar o que Deus determina e colocando no lugar as
determinações dele.
Boçal é o
termo que Malafaia usou para se referir a um pregador calvinista que ele pensou
ser o MacArthur. Por falta de assessoria adequada, em vez de acertar em
MacArthur, ele mirou num calvinista inocente, embora não seja totalmente inocente, pois ele, que critica a Teologia da Prosperidade,
que não afeta as igrejas calvinistas, estranhamente nunca criticou a Teologia
da Missão Integral, que afeta grandemente as igrejas calvinistas há décadas com
seu liberalismo teológico.
Malafaia errou
também, no vídeo (https://youtu.be/UvKgMUqmi5s), chamando a Teologia da Missão Integral de “Teologia
Integral.” Mas independente dos lapsos cometidos, MacArthur é um boçal.
Boçal é um
termo extremamente leve, se considerarmos que os adeptos brasileiros de MacArthur
não têm pudores de chamar de “herege” todo e qualquer cristão que hoje afirmar
que ouve a voz de Deus e tem o dom de profecia. Como os fariseus faziam com
Jesus, eles só faltam dizer que os pentecostais e neopentecostais expulsam
demônios por Belzebu, o chefe dos demônios.
MacArthur e
Justin Peters nos EUA e Augustus Nicodemus, Mauro Meister, Paulo Júnior e
outros calvinistas extremistas do Brasil têm problemas com a Bíblia e com
cristãos calvinistas, pentecostais, carismáticos e neopentecostais que aceitam
o que a Bíblia diz sobre o Espírito Santo concedendo dons e manifestações
sobrenaturais.
Mais de 90% dos
evangélicos brasileiros creem no que a Bíblia diz sobre o Espírito Santo e seus
dons. Mas os calvinistas boçais preferem estar contra 90% dos evangélicos
brasileiros e contra 100% da Bíblia.
Qualquer
calvinista incrédulo tem o direito de discordar da Teologia da Prosperidade de
Malafaia. Aliás, muitos assembleianos têm tal discordância. Mas usar ataques a
essa teologia como pretexto para avançar o cessacionismo e a TMI é malandragem.
Ao levarem a
sério um extremista como MacArthur e ao atacarem os dons sobrenaturais do
Espírito Santo para hoje, calvinistas cessacionistas mostram que seu problema
não é apenas com Malafaia. É com 90% dos evangélicos brasileiros. É com 100% da
Bíblia. É com o Espírito Santo.
Essa não é
uma guerra apenas contra Silas Malafaia. É contra a Palavra de Deus e contra o
próprio Espírito Santo.
Fonte: GospelPrime
Divulgação: www.juliosevero.com
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11 comentários :
Sensacional está publicação !!!
Caro Julio
Pessoas dentro das igrejas tradicionais (a qual pertenço) são livres para se pronunciarem. A grande questão é: Existe algum posicionamento oficial (documento) de alguma igreja tradicional sobre o Silas? Caso não haja, não passa de intriga de gente "chata" dentro dessas igrejas.
Ninguém deve ser tratado como herege por causa de teologia da prosperidade.
Ninguém deve ser tratado como herege por causa ser cessacionista ou pentecostal
Que Deus tenha misericórdia de sua igreja, e que está trabalhe mais unida pela vocação do evangelho na terra.
Att, Luciano A. Betim
Irmao Julio muitos ficaram achando que o Pastor Silas estava falando do Paul Washer e ficaram chateados, por conta do bom testemunho de vida cristã dele. Mas cheguei a assistir parte do primeiro vídeo da conferência Nuvem sem águas que a igreja de Paulo Junior promoveu foi uma tristeza, não tive condições de continuar assistindo. Eles não acreditam no poder de Deus.
Não tem como agradar a Deus e ao mundo ao mesmo tempo...
Fazer o que? Desde que o mundo e mundo o povo de Deus e perseguido
Que o senhor meu DEUS apasifique a todos e derrube por terra os ireges que nao cre que DEUS e capaz de muda vidas e salvalas em somente nois clamamos em espirito e verdade amem
Julio, sensacional o seu comentario quero parabenizar você que Deus te abençoe.
Ninguém é obrigado a concordar com tudo o que os outros falam, mas quase tudo o que foi dito por você eu concordo. E admirei muito essa sua visão de que os outros criticam nos outros o que não possuem neles, quando se referiu acerca dos dons espirituais. Vou usar esse sua interpretação como minha defesa a partir de agora. Deus abençoe sempre!
Tenho um amigo que o ex-cunhado dele e da presbiteriana, hoje e pastor, este pastor quando ainda membro da presbiteriana, nao sei se por ser jovem e admirar a igreja, dizia que os unicos verdadeiros pastores eram os da presbiteriana, por ter grandes teologos e doutores, com suas universidades de teologia, e que os pentecostais eram inferiores, meu amigo disse que depois disso viu os presbiterianos como uma elite que se acha meelhor que os outros e sem humildade.Mesmo que todos nao sejam mas ele ficou com esta pessima imagem.
Realmente estarrecedor que haja uma articulação perversa dessa dentro de meios ditos cristãos. É realmente uma ameaça que deve ser combatida. Como pode alguém no auto da sua arrogância chamar taxatoriamente alguém numa calunia de herege?! É de uma prepotência deploravel. Comentário excepciona Julio Severo.
Shalom, belo texto gostei muito, sou Assembleiano, tenho minhas divergencias teologicas com o Silas Malafaia, mas chegar ao ponto de critica-los de uma forma de insultar? Primeiramente creio a chamada "elite presbiteriana" como voce mesmo colocou não passa de "meninos mimados". O verdadeiro presbiteriano sabe como lidar com as diferenças, sou evangelico desde criança convivo com evangelicos de todas as denominações existente e sempre os respeito.
A falta de respeito, da chamada "eliete presbiteriana" esta denegrindo a imagem do verdadeiro presbiteriano.
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