Charles Finney: O homem que redefiniu o caráter dos Estados Unidos
Richard
Klein
Dos muitos pregadores corajosos, mas muitas vezes
esquecidos, que cruzaram as regiões selvagens dos EUA, nenhum deles teve um
impacto mais profundo do que o poderoso reavivalista Charles Grandison Finney.
Numa época de grandes líderes, tanto seculares quanto religiosos, Charles
Finney criou um legado que redefiniu o próprio caráter dos Estados Unidos.
Um jovem brilhante e talentoso, Charles Finney
demonstrava muito cedo o potencial para grandes realizações em qualquer esfera.
Ele escolheu a advocacia e logo se estabeleceu no pequeno vilarejo de Adams, em
Nova Iorque. Finney era do tipo que gostava de atividade física, e adorava
passear na região de mata imediatamente fora do vilarejo. Muitas vezes ele
passava tempo ponderando nas muitas citações da Bíblia que ele havia achado
enquanto examinava julgamentos e códigos legais de sua época. Ele havia
recentemente começado a ler a Bíblia diariamente para aumentar seu estudo de
direito. Para sua surpresa, Finney descobriu que a leitura da Bíblia havia
provocado perguntas sérias sobre seu próprio destino eterno. Essa luta sobre
seu destino chegou a um ponto crucial em certa manhã de outubro quando um
versículo da Bíblia ficava se repetindo na mente de Finney:
“Então
me invocareis e chegareis a mim para orar, e Eu vos darei toda a atenção. Vós
me buscareis e me encontrareis, quando me buscardes de todo coração.” (Jeremias
29:12-13 King James Atualizada)
A Presença de Deus
De repente, parecia como se Charles Finney estivesse
na própria presença de Deus. Preste atenção às suas palavras: “Parecia como se
eu tivesse me encontrado com o Senhor Jesus face a face… Prostrei-me a Seus pés
e derramei minha alma a Ele… Sem nenhuma recordação de que eu já tivesse ouvido
sobre isso mencionado por alguém no mundo, o Espírito Santo desceu sobre mim de
uma maneira que parecia atravessar-me, corpo e alma… É impossível expressar com
palavras o amor maravilhoso que foi derramado amplamente no meu coração.”
Charles Finney abandonou a advocacia para entrar no ministério pastoral e logo
recebeu licença oficial para pregar. Mas em vez de assumir residência numa
igreja local, ele se sentiu atraído para o evangelismo itinerante, entre
famílias pioneiras que estavam se mudando para o Oeste.
Finney era também pioneiro no que se referia à
pregação. Em vez de ler a partir de um texto preparado, ele falava de modo
improvisado, a partir de seu coração. Ele permitia que as mulheres dirigissem
as orações e chamava publicamente os pecadores ao arrependimento — por nome, do
púlpito! Suas muitas inovações eram chamadas de “Novas Medidas” e pareciam
apavorar os pastores apegados às tradições. Mas seus métodos funcionavam!
Nove Anos de Poder
Uma série de reavivamentos começou a varrer o Nordeste
dos EUA no que veio a ser conhecido como “Os Nove Anos de Poder” de evangelismo
de Finney. Como um incêndio florestal, se espalhou pelas cidades de Evans Mill,
Antwerp, Rome, Utica, Auburn, Troy, Wilmington, Filadéfia, Boston e Nova
Iorque. Mas o reavivamento que eclipsou todos os outros ocorreu na cidade de
Rochester no ano de 1830. E tudo começou com um simples encontro. A esposa de
um proeminente jurista de Rochester havia convidado Finney para seu lar,
esperando aprender mais sobre esse pregador que estava se tornando muito
famoso. Secretamente, ela se preocupava que esse reavivamento, que parecia
seguir o rastro de Finney por toda parte onde ele ia, arruinaria os bailes
sociais da cidade. Ao falar com a mulher, Finney observou que o orgulho era a
característica mais marcante do caráter dela. Ele sentiu um estímulo do
Espírito Santo para repartir com ela um versículo específico da Bíblia: “Com
toda a certeza vos afirmo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como
crianças, de modo algum entrareis no Reino dos céus.” (Mateus 18:3 King James
Atualizada)
Conversão da Alta Sociedade
A mulher da alta sociedade se sentiu cativada com o
versículo, repetindo-o para si mesma quando Finney a convidou a orar.
Silenciosamente, ele pediu que Deus desse a ela uma impressão da necessidade de
se tornar filha de Deus e aceitar a salvação. Não demorou muito e ficou claro
que a oração de Finney estava sendo respondida, pois a mulher dobrou os joelhos
e ficou aos soluços. Quando abriu os olhos, ele viu a face dela cheia de
lágrimas voltada para o céu. Finney soube instantaneamente que a Bíblia tinha
se tornado viva: ela agora era filha de Deus! O que ele não sabia era o efeito
dramático que essa conversão específica acabaria tendo. Em suas memórias,
Finney escreveu:
“Deu para ver logo que o Senhor estava querendo a
conversão das classes mais elevadas da sociedade. Minhas reuniões logo se
encheram de multidões dessa classe… Enquanto o reavivamento ia varrendo a
cidade, e convertendo a grande massa das pessoas mais influentes, tanto de
homens quanto de mulheres, a mudança na ordem, sobriedade e moralidade da
cidade era maravilhosa.”
Cristianismo em todos os lugares
Charles P. Bush, natural da cidade de Rochester, se
converteu durante o reavivamento. Mais tarde ele comentou: “A comunidade
inteira ficou emocionada. O Cristianismo era o tema das conversas nas casas,
nas lojas, nos escritórios e nas ruas… Os bares foram fechados, o domingo era
honrado como Dia do Senhor, as igrejas se enchiam de pessoas que louvavam e
adoravam com alegria… Houve uma redução maravilhosa nos crimes. Os tribunais
tinham pouco trabalho, e a cadeia ficou praticamente vazia por vários anos
depois.”
Os historiadores dizem acerca do reavivamento de
Rochester que “os alicerces do lugar foram abalados.” Mais de 40 dos novos
convertidos entraram no ministério pastoral e pelo menos 1.500 reavivamentos
ocorreram em outras cidades como resultado de Rochester. Para seu crédito,
Charles Finney deu toda glória a Deus:
“Este
é um trabalho grande e glorioso — suficiente para encher os corações do povo de
Deus com humildade e gratidão, e suas bocas com ações de graças!”
Traduzido
por Julio Severo do original em inglês da CBN: Charles Finney: A
Nation’s Character Redefined
Fonte:
www.juliosevero.com
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recomendada:
6 comentários :
A palavra de Deus é a mensagem que transforma o coração do homem, enquanto os homem buscarem somente as coisas matérias a terra vai de mal a pior.
Precisamos urgentemente nos voltarmos para Deus de todo o nosso coração e ele nos ouvira e nos responderá.
Júlio, esse artigo para mim serviu como uma confirmação do Senhor, pois estou justamente estudando sobre o grande pregador Charles Finney. E já percebo como a Teologia Calvinista tenta desqualificar este que é considerado o maior evangelista de todos os tempos, que é inspiração até para Billy Graham. O acusam de Pelagianismo, e de que seu legado foram conversões supérfluas e emocionais,originando movimentos pentecostais e das igrejas à gosto do freguês! Estou lendo a Teologia Sistemática de Finney e vejo que muito das acusações ao Pregador não procedem! Enfim, o Calvinismo gera uma militância, que como toda militância está disposta a massacrar seus adversários, vide o Sínodo de Dort, onde os calvinistas usaram de desonestidades na fomentação e nos debates do Sínodo e ainda perseguiram seus adversários ao ponto de chegar ao massacre de milhares de arminianos!
Finney era realmente pelagiano, mas qual igreja hoje em dia não traz traços do pelagianismo que está ligado ao livre-arbítrio? A própria igreja católica que condenou o pelagianismo como heresia no passado é hoje semi-pelagiana! Até mesmo igrejas calvinistas quando proíbem à prática do batismo infantil, estão agindo de maneira pelagiana!
Se acusam o pentecostalismo, o neopentecostalismo como um fruto mal da Teologia de Finney, qual seria então os frutos do Calvinismo? - Uma igreja fria, em que quase não há conversões, que fecha as portas na Europa, que adere à Maçonaria, ao feminismo, à ordenação de pastores homossexuais, e ao esquerdismo marxista!
Como assim proibir batismo infantil é pelagianismo?
Quem disse que Finney era pelagiano? De onde você tirou isso?
Crer no livre arbítrio não é ser pelagiano. Supostamente Pelágio cria que um ser humano pode responder favoravelmente ao chamado da graça sem o auxílio de Espirito Santo. Ora, Finney, até onde eu saiba, não cria nisso. Se tem evidências contrárias, mostre.
Conforme pude averiguar, a acusação de “pelagiano” contra Finney está partindo de fontes calvinistas, que sempre detestaram Finney.
Se você crer que o ser humano herda o pecado original, nascendo num estado de depravação total, sendo que nesse estado ele não têm força nenhuma para buscar a Deus como creem os calvinistas e o batismo teologicamente serve para a regeneração da raça humana independente da idade como fazem os católicos, então a proibição do batismo infantil é mais uma incoerência das igrejas calvinistas que fazem assim! Obs: Não sou a favor do batismo infantil (tenho um estudo histórico sobre o batismo infantil no meu blog) e sei que a Teologia das Igrejas brasileiras são muito misturadas, no próprio arminianismo assembleiano, existe muito traço de Calvinismo, costumo ver muito pastor assembleiano dizendo: "Não se preocupem com quem faltou o culto, quem está aqui são os que Deus quis que estivessem"! Ora bolas, será que o Espírito Santo também não tentou convencer muitos dos que faltaram? e estes mesmos que faltaram na verdade não fizeram foi resistir o Espírito de Deus?
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