A falta de moral da Esquerda contra Marco Feliciano
Julio
Severo
O escritor direitista Rodrigo Constantino, em seu
artigo “O
instinto feminista é atirar primeiro e perguntar depois,” disse: “Não
ia comentar o caso envolvendo a jornalista Patrícia Lélis e a acusação de
estupro que teria sofrido pelo pastor Marco Feliciano…” Mas acabou comentando.
Aliás, o escândalo ficou tão grande que não há quase
ninguém no mundo evangélico e secular que não esteja fazendo comentários. Mas o
Rodrigo, embora (até onde sei) não seja cristão, tem ideias profundamente
direitistas.
Rodrigo disse: “Ouvi um breve comentário da moça
atacando a ‘direita toda,’ que teria a crucificado (sendo que a maioria ficou
em silêncio, aguardando mais informações). E, por fim, a evidência final, ela
esteve com Maria do Rosário para trocarem solidariedade sobre o ocorrido, para
pedir apoio à petista, que é análogo a um judeu procurar um nazista
para se defender do antissemitismo. Ora, Maria do Rosário é aquela que protegeu
até o estuprador Champinha, um monstro assassino!”
Se Rosário defendeu um estuprador comprovado, por que
ela iria aceitar e apoiar de Patrícia Lélis uma acusação de “estupro” contra
Feliciano?
Se a acusação de estupro fosse real, Patrícia não
teria demonstrado um comportamento amistoso com o chefe de gabinete do
Feliciano.
Se a acusação de estupro fosse real, Rosário com
certeza defenderia Feliciano, não Patrícia.
Continuando, Rodrigo disse: “Mas feministas, como já cansei
de dizer, não querem saber das mulheres, e sim de sua agenda política, de sua
ideologia, do socialismo. É por isso que você jamais verá uma feminista
elogiando Margaret Thatcher ou Condoleezza Rice, mulheres poderosas, mas com um
‘pecado mortal’: conservadoras e independentes. Feministas precisam de vítimas
para investir no mimimi contra os homens, esses seres malvados (quando brancos
e conservadores).”
A Esquerda não costuma elogiar indivíduos que são
pró-aborto e pró-homossexualismo e, ao mesmo tempo, têm posturas econômicas
capitalistas. Por isso, a Esquerda não elogia Reinaldo Azevedo, que apoia o “casamento”
homossexual e adoção de crianças por duplas gays. Não conheço um único petista
que o elogie. A Esquerda não o elogia porque ele tem posturas sobre economia e
Israel que não se alinham com a ideologia marxista.
O contrário também é verdade. Anos atrás, o Dep.
Henrique Afonso, que fazia parte da Frente Parlamentar Evangélica, foi expulso
do PT por se opor ao aborto. Na área econômica, ele estava alinhado à ideologia
marxista. Mesmo assim, foi rejeitado por ser pró-vida, pois a Esquerda exige adesão
integral às suas insanidades.
Sim, Margaret Thatcher era conservadora, em questões
econômicas, talvez não muito diferente de Azevedo. Mas ela era diferente do
presidente americano Ronald Reagan, que era conservador em questões econômicas
e morais e tinha uma
plataforma governamental claramente contra o aborto, inclusive tendo
sido o primeiro presidente dos EUA a escrever um livro evangélico contra o
aborto. Ao contrário de Reagan, em sua autobiografia “The Path to Power” (A
Vereda para o Poder), publicado por HarperCollins, Thatcher confessa que como
parlamentar votou a favor da liberalização do aborto, divórcio e
homossexualismo. Sua autobiografia não traz uma única nota dizendo que como
primeira-ministra ela deu importância ou prioridade específica à causa
pró-vida.
O histórico “conservador” de Condoleezza Rice é muito
pior. De acordo com o site pró-vida católico LifeSiteNews,
Rice é pró-aborto e pró-“casamento” homossexual. Além disso, em 2008, como
secretária de Estado dos EUA, ela visitou
o Brasil para fortalecer as raízes das religiões afro-brasileiras, que são
consideradas “feitiçaria” pela Bíblia. Rice, que é a famosa filha de
um pastor presbiteriano americano, usou mão de ferro, durante o governo conservador
de George W. Bush, para forçar Israel a ceder terras para os palestinos. Suas
políticas palestino-israelenses eram guiadas por sua teologia da substituição
calvinista.
Enquanto Thatcher não era ativamente pró-vida, Rice era
e é ativamente pró-aborto. Prefiro Reagan, que era ativamente pró-vida.
Rodrigo Constantino teve boas intenções ao usar Rice
contra Maria do Rosário, mas se foi um total desastre a “evangélica” Patrícia
Lélis buscar apoio da feminista Rosário contra Feliciano, temo que igual
desastre foi Rodrigo usar Rice como exemplo “conservador.” Eu não sei o que é
pior, a petista Rosário, que se assume esquerdista e pró-aborto, ou Rice, que se
apresenta como conservadora e filha de pastor presbiteriano, mas igualmente
defende o aborto.
Se Marco Feliciano fosse culpado de “estupro,”
Rosário, na sua inversão moral, o apoiaria. Então, pelo comportamento contraditório
dela e da suposta vítima, fica evidente que Feliciano é inocente do crime de
estupro. O que sobra então para elas? Mera birra. De Rosário, birra ideológica
por Feliciano ter posturas contra o aborto e a Esquerda. De Patrícia Lélis, uma
birra pessoal que ninguém, a não ser Feliciano e ela, sabe.
Se não houve estupro, o que houve? Olavo de Carvalho,
no seu jeito tradicional em que ele ao mesmo tempo em que tira o corpo fora, joga
o corpo inteiro para dentro das questões, disse:
“Não tenho nenhuma conclusão a
emitir sobre o caso Patricia Lellis, nem creio que isso seja da minha alçada.”
“Hoje em dia, é assim. Você leva a
dona para o motel e come-a. Se ela gostou, é amorzinho. Se não gostou, é
estupro.”
Olavo, a
quem Marco Feliciano sagrou como “verdadeiro profeta” no Congresso
Nacional em abril, comentou sobre o caso Feliciano com essas duas declarações
(uma delas obscena). Na minha opinião, ele exagerou na segunda declaração,
embora hipoteticamente possa ser um pouco por aí mesmo.
Interpretando a indiretona do Olavo, a acusação de
estupro da “dona” (supostamente a Patrícia) não foi contra o chefe de gabinete
de Feliciano, mas contra o próprio Feliciano.
Suponhamos que tenha ocorrido o que o Olavo insinuou, que a dona tenha realmente ido ao motel com aquele que ela está acusando de estupro. Qual o problema que a Esquerda está enxergando? Não é exatamente a Esquerda que ataca as pregações cristãs contra a imoralidade, dizendo que os cristãos não têm o direito de “impor” sua moralidade na vida sexual particular dos outros?
Suponhamos que tenha ocorrido o que o Olavo insinuou, que a dona tenha realmente ido ao motel com aquele que ela está acusando de estupro. Qual o problema que a Esquerda está enxergando? Não é exatamente a Esquerda que ataca as pregações cristãs contra a imoralidade, dizendo que os cristãos não têm o direito de “impor” sua moralidade na vida sexual particular dos outros?
Se fosse descoberto que Lula e Maria do Rosário foram a
um motel juntos de mãos dadas, o que a Esquerda faria? Nada. Na Esquerda e na legislação
brasileira, sexo consensual entre dois adultos não é crime. Por que então, na
total ausência de evidências de crime de estupro contra Feliciano, a Esquerda insiste
em persegui-lo por questões claramente morais?
Se fosse coerente e honesta, a Esquerda responderia à
insinuação do Olavo: “Feliciano e Patrícia são dois adultos independentes com
capacidade de atos adultos consensuais em sua privacidade. Ninguém pode impor
nenhum tipo de moralidade no que eles fazem ou deixam de fazer. Ninguém tem o
direito de transformar em escândalo a possibilidade de eles terem ou não feito
sexo, num motel ou não.”
Não sei se a insinuação do Olavo é correta e justa,
mas para evitar comentários maldosos, é sempre bom seguir um conselho prático
para homens:
Nunca receba sozinho em sua casa uma
mulher, especialmente as jovens. Nunca visite sozinho a casa de uma mulher que
está sozinha. Muitos pastores poderiam ter preservado sua integridade se
tivessem prudentemente seguido esse conselho tão elementar. Outros poderiam ter
evitado escândalos. Mas nunca é tarde. Se você precisar conversar com uma
mulher sozinha em sua casa ou na casa dela, tenha sua esposa do lado. Se você é
solteiro, tenha sua irmã ou outra pessoa de confiança com você.
Seguir esse conselho protege os homens de muitos
falatórios, boatos maliciosos e escândalos — sem mencionar proteção contra
perigos e tentações reais.
Muitos direitistas estão chamando Patrícia Lélis de “infiltrada.”
Mas um pastor deveria ter olhos mais espirituais e ver além de questões
políticas. Obviamente, ela sofre de perturbações espirituais. Ela deveria ter
sido encaminhada para reuniões de oração e leitura da Bíblia, com estímulo
nessa direção, para que ela tivesse uma oportunidade de ter um encontro com
Jesus Cristo e para que as obras do diabo, que estão agora mais manifestas na vida
dela, fossem destruídas. Mas em vez disso, ela foi promovida diretamente para
presidente da ala juvenil do PSC. Focar só em questões políticas enquanto almas
estão perdidas e escravizadas a Satanás traz prejuízos.
Ela é problemática? Sim, totalmente, mas as portas da
igreja estão abertas para pessoas problemáticas — que os direitistas, que não
têm nenhum poder do Evangelho, chamam de “infiltrados.” Ninguém melhor para
saber isso do que um pastor que prega o Evangelho com paixão pelas almas e sabe
ministrar libertação em Jesus Cristo.
Querendo ou não, o escândalo de Patrícia está
confirmando a hipocrisia da Esquerda e está inaugurando a hipocrisia da
Direita, que não sabe o que fazer com o Evangelho, os perturbados, os problemáticos
(“infiltrados”) e questões morais não criminais como encontros solitários entre
sexos opostos.
Se, hipoteticamente, tudo o que Feliciano fez foi ter se
encontrado sozinho com Patrícia para tratar de assuntos políticos, então qual o
esquerdista que nunca cometeu esse “crime”? O código de ética da Esquerda não proíbe
encontros sozinhos entre duas pessoas do sexo oposto e não condena nem pune atividade
sexual entre sexos opostos e iguais.
Mas o código ético cristão é diferente. Não tenho a pretensão
de insinuar maliciosamente, como fez Olavo de Carvalho, que Patrícia fez, com
aquele que ela está acusando de “estupro,” visitas a um motel. Na ética cristã,
nem visitas sem motel nem visitas sem sexo são convenientes, pois tais visitas
solitárias entre o sexo oposto cooperam para todo tipo de tentação e colaboram
para promover mau testemunho.
A filha do Feliciano tem a idade da moça Patrícia. O
que o Feliciano faria se a filha dele lhe dissesse que ia visitar o apartamento
de outro deputado que estivesse sozinho?
Ele deixaria a filha dele ir desacompanhada?
Evidentemente que não, pois mesmo que não acontecesse
nada, haveria uma boataria maldosa sem fim e ele, como pai, ia fazer de tudo
para protegê-la de um escândalo desnecessário.
É o que todos deveriam sempre fazer, pois se é
horrível ser vítima de boataria quando estamos inocentes, pior fica quando
damos brechas.
Fonte:
www.juliosevero.com
Leitura
recomendada:
5 comentários :
Se ficar comprovado que o Deputado Federal Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) realmente está envolvido em assédio sexual contra a jovem jornalista Patrícia Lélis, do mesmo partido dele, e em estupro dela, ele terá de ser condenado por no mínimo 15 anos de reclusão, por violar os Artigos 213 e 216 do CPB de 1940. Senão, ela será condenada por calúnia (seu Artigo 140) contra ele. Caso ele realmente seja culpado por estes dois crimes, ele terá de ser excomungado da membresia da IEAD, como qualquer outro cidadão, pois ninguém é diferente de ninguém perante a lei. Então, todas as acusações (denúncias) civil-criminais têm de ter provas, pois senão elas são caluniosas.
Mulheres dar em cima de parlamentares, parece ser algo muito comum em Brasília. Parlamentares traírem seus cônjuges na capital federal, também deve ser rotina por ali. Safadeza, corrupção e hipocrisia, por parte dos parlamentares, dispensa comentários. Também não entendo porque o genizah insiste em defender o "pastor" Feliciano. A jornalista parece ser uma pessoa de caráter leviano. Mas, quem é uma "autoridade" política e eclesiástica não é a Patrícia! Quem se considera um paladino da moral e dos bons costumes, também não é ela! Quem tem uma multidão de fãs apaixonados, prontos para defenderem seu ídolo gospel, ancorados em uma interpretação medíocre do "não toqueis no meu ungido", também não é ela! Quem se intitula como conferencista internacional e pregador do evangelho, também não é a jornalista. Aguardemos o desfecho desse episódio, mas o que já se evidencia é que Feliciano está envolvido em práticas indecentes e anticristãs. Acredito que para um cristão ser político na conjectura do sistema político brasileiro atual, precisa estar disposto a sofrer amargamente por amor ao evangelho. Não vejo tal atitude nos políticos evangélicos. Pelo contrário, vejo uma grande semelhança entre políticos evangélicos e políticos ímpios. O discurso pró família do Feliciano é um discurso necessário e que atrai perseguições, mas também atrai algo que, provavelmente, ele almeja muito mais do que defender os princípios Bíblicos: status e, principalmente, votos. Representar a Cristo na política é muito mais do que ser contra o aborto e do que posicionar contra a agenda homossexual. Espero que o povo de Deus venha se conscientizar de que a maioria dos políticos evangélicos vive coando mosquitos e engolindo camelos.
É isso que dá, pastor querer andar em dois cavalos ao mesmo tempo!
Calma, Weslei!.. Não somos juízes e sim observador.
Não podemos nos precipitar em julgar o Feliciano.
Não acredito que seja assim tão "solto" a rotina de parlamentares traírem seus cônjuges na capital federal.
Quando você fala: "Safadeza, corrupção e hipocrisia, por parte dos parlamentares" deixa um parecer generalizado.
Vamos agir mais com a razão.
Abraço.
Olavo de Carvalho chama evangélicos de “evanjegues,” debochando deles como jegues (que também significa burros, asnos, jumentos, etc.). Ele disse:
“A credulidade com que tantos evanjegues ouvem pastores semi-analfabetos, drogados, ladrões e putanheiros é a oitava maravilha do mundo.”
Ele com certeza deve estar se referindo ao Pr. Marco Feliciano, a quem dias atrás ele insinuou que levou uma mocinha a um motel. Confira a insinuação neste link: http://bit.ly/2bfEZjO
E os alunos evangélicos dele são também evanjegues por pagarem uma taxa mensal no COF (Curso Online de Filosofia)?
Para deixar de ser “evanjegues” o evangélico tem de se matricular no COF, deixar a Bíblia de lado e tratar as palavras (inclusive palavrões) do Olavo acima da Palavra de Deus?
Mais da metade dos membros do instituto do Olavo nos EUA são evangélicos. Eles também são evanjegues? Eles já sabem que o Olavo trata os evangélicos brasileiros como evanjegues? Ou a barreira da língua os impede de ler as asneiras que o Olavo escreve em português?
Nesse ponto, fazendo um trocadilho com as palavras do próprio Olavo, digo:
“A credulidade com que tantos evanjegues se abaixam para ser pisoteados, xingados e humilhados por um filósofo esotérico é a oitava maravilha do mundo.”
Um desses “evanjegues,” o próprio Feliciano, chamou Olavo de “verdadeiro profeta” no Congresso Nacional. Mais evanjegues que isso, impossível. Confira neste link: http://bit.ly/1XHSaHr
Como diz a Bíblia, dizendo-se “sábios,” tornaram-se loucos.
Fonte: Facebook Blog Julio Severo
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