Governo americano tenciona extinção da Rússia
Comentário
de Julio Severo: O artigo de hoje foi
escrito por Paul Craig Roberts, um homem que foi vice-ministro do governo
conservador de Ronald Reagan. O artigo também traz comentário de Don Hank.
Ambos são americanos conservadores e trazem uma perspectiva conservadora
necessária no cenário ucraniano, que envolve interesses dos EUA e da Rússia.
Esses são americanos que estão indo na contramão do governo mais esquerdista da
história dos EUA. Lendo a análise deles, especialmente acerca da doutrina de
Wolfowitz, não dá para evitar a hipótese de que a hegemonia americana pode ser
o palco ideal para trazer a Nova Ordem Mundial. Leia agora o comentário de Don
e, logo a seguir, o artigo do ex-vice-ministro do governo Reagan:
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Obama: o presidente mais socialista da história dos EUA |
Mas
ao mesmo tempo, eles veem a Rússia como mais maligna ainda, não porque eles
veem alguma evidência de malignidade em suas ações, mas porque:
1.
Eles foram há muito tempo hipnotizados a ver a guerra como sagrada, algo que os
americanos fazem por causa de quem eles são. A liberdade não é livre, por isso
os americanos têm de matar pessoas a qualquer momento que o governo americano
mandar. A invasão é uma característica agora tipicamente americana. Mas ao
mesmo tempo muitas vezes os americanos mal veem o governo deles como inimigo.
Onde está a razão?
2.
Eles têm sido ensinados desde sua infância que a Rússia é má. Não a União
Soviética, não o comunismo, mas a Rússia. Aliás, essas mesmas pessoas, cujos
olhos estão tapados 24 horas por dia e 7 dias por semana, veem claramente os
EUA se tornando mais e mais comunista diariamente, mas para eles existe um
consolo: pelo menos, é comunismo americano. Onde está a razão?
3.
Eles assistiram a filmes que retratam a Rússia como um monstro de olhos
sinistros e parte da consciência americana foi completamente tomada por essa
imagem de Hollywood. A Nova Ordem Mundial, que exige lealdade à hegemonia
americana, explora completamente essa infantil deficiência mental e emocional,
sugerindo que as leis internacionais são escritas apenas para os outros, não
para os americanos. Por isso, o que os americanos fizeram no Kosovo foi justo,
mas quando a Rússia fez a mesma coisa na Crimeia, foi errado. Onde está a
razão?
Os
profissionais do direito têm um ditado: Não dá para se tirar vantagem dos dois
lados.
O
que vale para um, vale igualmente para o outro. A justiça tem de ser imparcial.
Ninguém tem dúvida disso, mas os americanos acham que isso não se aplica à
Rússia. Felizmente, os conservadores americanos estão lidando com uma turma
radical no governo americano e estão vagamente conscientes disso. Se Obama
fosse um autoproclamado “conservador,” muitos desses conservadores que duvidam
da política externa dos EUA apoiariam qualquer guerra sob qualquer
circunstância, justa ou injusta, e ficariam com a consciência tranquila. O
senador John McCain poderia levar os EUA à guerra. Mitt Romney poderia levar os
EUA à guerra. Obama? Nem tanta probabilidade. Considerando desse ângulo, um
presidente esquerdista [na presidência dos EUA] radical tem seus méritos.
Deus
tem um jeito engraçado de trabalhar. Estes são os melhores e os piores tempos.
E
se o público americano chegar a despertar, a Nova Ordem Mundial poderá ser
aniquilada de uma vez por todas.
A
menos, talvez, que seja percebida como a Nova Ordem Mundial Americana ou o mal
americano.
Governo americano tenciona extinção da Rússia
Paul
Craig Roberts
O governo americano não tem nenhuma
intenção de permitir que a crise na Ucrânia seja resolvida. Tendo fracassado em
seus esforços de se apoderar da Ucrânia e despejar a Rússia de sua base naval
do Mar Negro, o governo americano vê novas oportunidades na crise.
Uma é reiniciar a Guerra Fria
forçando o governo russo a ocupar as regiões de fala russa da atual Ucrânia
onde os manifestantes estão objetando ao palhaço anti-governo russo instalado
em Kiev pelo golpe americano. Essas regiões da Ucrânia são regiões que no
passado faziam parte da própria Rússia. Quem uniu essas regiões à Ucrânia foram
líderes soviéticos no século XX, quando tanto a Ucrânia quanto a Rússia faziam
parte do mesmo país, a URSS.
Essencialmente, os manifestantes
têm estabelecido governos independentes nas cidades. A polícia e as unidades
militares enviadas para suprimir os manifestantes, chamados de “terroristas”
conforme a moda americana, em grande parte têm até agora desertado para o lado
dos manifestantes.
Com a incompetente Casa Branca de
Obama e o Departamento de Estado tendo estragado os planos do governo americano
de tomar a Ucrânia, o governo dos EUA agora quer jogar toda a culpa na Rússia.
De acordo com o governo americano e sua imprensa prostituta, os protestos são
orquestrados pelo governo russo e não têm base sincera. Se a Rússia enviar suas
unidades militares para proteger os cidadãos russos nos ex-territórios russos,
a ação será usada pelo governo americano para confirmar a propaganda americana
de uma invasão russa (como no caso da Geórgia), e a Rússia será mais ainda
demonizada.
O governo russo está num dilema
difícil. Moscou não quer responsabilidade financeira por esses territórios, mas
não pode manter-se de lado e permitir que os russos sejam suprimidos à força. O
governo russo tem tentado manter a Ucrânia intacta, contando com as próximas
eleições na Ucrânia para colocar no poder líderes mais realistas do que as
marionetes instaladas pelo governo americano.
Entretanto, o governo americano não
quer uma eleição que poderia substituir suas marionetes e não quer voltar a
cooperar com a Rússia para resolver a situação. Há uma boa chance de que o
governo americano orientará suas marionetes em Kiev a declarar que a crise na
Ucrânia foi provocada pela Rússia para impedir a eleição. Os países fantoches
da OTAN controlados pelos EUA apoiariam essa alegação.
É quase certo que apesar das
esperanças russas, o governo russo se depara com a continuação das crises e do
governo fantoche dos americanos na Ucrânia.
Em 1 de maio o ex-embaixador dos
EUA na Rússia — hoje o segundo em comando da OTAN, mas alguém que, sendo
americano, dá as ordens — declarou que a Rússia não é mais parceira, mas
inimiga. O americano Alexander Vershbow disse aos jornalistas que a OTAN
desistiu de “atrair Moscou mais de perto” e logo mobilizará grandes forças de
combate na Europa Oriental. Vershbow chamou essa política agressiva de
mobilização de “unidades defensivas para a região.”
Em outras palavras, de novo vão espalhar
a mentira de que o governo russo vai deixar de lado as dificuldades na Ucrânia
e lançará ataques contra a Polônia, os países bálticos, a Romênia, a Moldávia e
os países da Ásia Central: Geórgia, Armênia e Azerbaijão. O dissimulador
Vershbow quer modernizar as forças armadas desses países fantoches dos
americanos e “aproveitar a oportunidade para criar a realidade nessas regiões
aceitando na OTAN esses países como membros.”
O que Vershbow disse ao governo
russo é que tudo o que os russos precisam fazer é continuar confiando na boa
vontade e sensatez ocidental, enquanto os americanos preparam suficientes
forças militares para impedir a Rússia de ir ao socorro de seus oprimidos
cidadãos na Ucrânia. A demonização que os americanos estão fazendo da Rússia
está funcionando, deixando os russos incertos de agir durante o curto período
em que eles poderiam lançar um ataque preventivo e se apoderar de seus antigos
territórios. Ao ficar esperando, os russos dão tempo para os americanos
amontoarem forças militares nas fronteiras russas desde o Mar Báltico à Ásia
Central. Isso distrairá os russos e os manterá longe da Ucrânia. A opressão que
os americanos impuserem nos russos na Ucrânia desacreditará a Rússia, e as ONGs
que os americanos financiam na Federação Russa apelarão para sentimentos
nacionalistas e derrubarão o governo russo por não ajudar os russos e por não
proteger os interesses estratégicos da Rússia.
O governo americano está todo
entusiasmado, vendo uma oportunidade de fazer da Rússia um país fantoche.
Putin ficará sentado esperando que
a boa vontade do Ocidente trabalhe uma solução enquanto o governo americano
tenta maquinar a queda do presidente russo?
Está se aproximando a hora em que a
Rússia terá de agir para acabar com a crise ou aceitar uma crise e distração
permanente em seu quintal. Kiev lançou ataques aéreos em Slavyansk. Em 2 de
maio, Dmitry Peskov, porta-voz do governo russo, disse que o fato de que Kiev
está recorrendo à violência havia destruído a esperança para o acordo de
Genebra sobre a redução da crise. Contudo, o porta-voz do governo russo de novo
expressou a esperança de seu governo de que os governos europeus e o governo
americano darão um basta nos ataques aéreos e pressionarão o governo de Kiev a
chegar a um acordo com os manifestantes de um modo que mantenha a Ucrânia unida
e restaure relações amistosas com a Rússia.
Essa
é uma esperança falsa, pois dá a entender que a doutrina de Wolfowitz é apenas
palavras, mas não é. A doutrina de Wolfowitz é a base da política americana
para a Rússia (e China). Essa doutrina considera como “hostil” qualquer
potência que seja suficientemente forte para permanecer independente da
influência do governo americano. Essa doutrina declara:
“Nosso
objetivo principal é impedir o ressurgimento de um novo rival, ou no território
da antiga União Soviética ou outra região, que represente uma ameaça do tipo
representada no passado pela União Soviética. Essa é a consideração
predominante por baixo da nova estratégia de defesa regional e exige que nos
esforcemos para impedir qualquer potência de dominar uma região cujos recursos,
sob controle consolidado, seriam suficientes para gerar poder global.”
A
doutrina de Wolfowitz justifica que o governo americano domine todas as regiões
do mundo e está em concordância com a ideologia neoconservadora dos EUA como o
país “indispensável” e “excepcional” merecedor, por direito, da hegemonia
mundial.
A
Rússia e a China estão no caminho da hegemonia mundial dos EUA. A menos que a
doutrina de Wolfowitz seja abandonada, o resultado provável será guerra
nuclear.
Paul Craig Roberts foi vice-ministro do Ministério da Fazenda
durante o governo de Ronald Reagan. Ele foi também um dos editores do jornal
Wall Street Journal e colunista no Business Week, Scripps Howard News Service e
Creators Syndicate.
Traduzido
por Julio Severo do artigo: Washington
Intends Russia’s Demise
Fonte:
www.juliosevero.com
Leitura
recomendada:
2 comentários :
Em Daniel e Apocalipse são citados os dez reis/reinos/chifres. Lá, tb é dito que dos dez, os três primeiros serão arrancados. Extremamente significativo é que na reorganização geopolítica do mundo, em que o mesmo está sendo "reorganizado" em dez super regiões (o bar zil está inserido na de numero seis), a primeira região (ou seja, a de nr um) é formada por Estados Unidos, Canadá e México; a segunda é a União Europeia (nr 2); a terceira é constituída pelo Japão (nr 3 - apenas ele, talvez em função de que, sendo que o anticristo deverá ser considerado como deus na Terra, os japoneses terão dificuldade em aceitar outro comedor de angu, pois já tem lá seu imperador "divino"). A bagunça atual no Oriente Médio é devido a um certo atraso no cronograma. Ha que se balançar aquela turma para que eles trabalhem mais eficientemente no processo. Dos dez a China é a região nr 10 e o modelo futuro para os demais (komunista na forma política e kapitalista de estado na forma ekonomika - o fascismo, em que o Estado kontrola toda a ekonomia).
Para se ter uma pequena ideia de como este imundo mundo "funciona", no link do vídeo a seguir aparece a partir dos 6' 45", o satanista mula da selva, em êxtase, pela criação da região nr 6: https://www.youtube.com/watch?v=5K_1kyKg1K0 (A Chegada - do anticristo -, parte nr 35/final).
Assim, essa questão dos EUA - leia-se a turma da sinagoga do inimigo - em tentar destruir a Rússia será um dos ingrdientes que fara com deem tiro no próprio pé. Oremos.
Antonio
Eu já havia comentado antes em um post de site que na verdade a Rússia é uma dos únicos países que podem bater de frente com a caminhada americana rumo a NWO...esse é o problema...
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