Ana Paula Valadão é a cantora mais famosa da música evangélica
A cantora gospel costuma atrair multidões para os seus shows e lançar moda entre as evangélicas
Sabrina
Abreu
Comentário
de Julio Severo: Meses atrás, depois que publiquei um artigo
defendendo Ana Paula Valadão, recebi questionamento de um líder
presbiteriano insistindo que ela defendia o “casamento” gay. Respondi que não
há prova disso. E agora, a própria revista Veja, dona desta matéria, confirma
que, fiel ao que está na Bíblia, Ana é contra. A matéria traz muitos pontos
positivos e bons, embora em alguns momentos a jornalista alfinete maldosamente a
cantora. Mas, de forma geral, o testemunho de Ana está muito bem. Eis agora a
matéria da Veja:
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Ana Paula Valadão |
Do Q.G. do grupo, no bairro São
Luís, onde funciona o moderno estúdio projetado pelo arquiteto Renato Cipriano
— que tem entre seus clientes a cantora Ivete Sangalo e a banda Jota Quest —,
Ana Paula cuida atualmente da produção de mais três discos: Renovo, que foi
gravado ao vivo no Expominas, em março; Tu Reinas, com faixas inéditas; e um
álbum em inglês, de título ainda não definido, que será veiculado na internet.
“Minha equipe é muito capaz, mas tudo passa pela minha mão”, diz ela,
confirmando sua fama de centralizadora. Nas palavras dos assessores, a cantora
é uma máquina de trabalhar. Além de realizar shows e gravar com o Diante do
Trono, Ana Paula se dedica como pastora
a um culto mensal só para mulheres, escreve livros (já tem dois publicados)
e atualiza pessoalmente suas redes sociais, que atraem milhares de fãs. Só no
Twitter reúne mais de 590 000
seguidores. “Tudo
o que ela faz, centenas de mulheres copiam”, afirma o
cabeleireiro Silvio Nogueira, que cuida de seu visual há dez anos. Foi assim
quando, em 2009, Ana Paula resolveu cortar os cabelos curtinhos. Vaidosa, usa
nas apresentações figurinos assinados por grifes de luxo como Barbara Bela e
Mares. Gosta de um estilo romântico, com organza, seda e renda. Os modelos,
porém, não podem mostrar muito o corpo. “Para
a mulher bíblica, a sensualidade é vivida toda dentro do casamento. Ela não usa
roupas sexy”, explica. Muitas peças precisam ser adaptadas para que Ana
Paula possa vesti-las. “Ponho anágua quando a saia é meio transparente e
tapa-colo, um clipezinho abotoado no sutiã, para esconder o decote”, conta.
Os
conselhos da cantora sobre feminilidade atraem milhares de fiéis à Igreja da
Lagoinha. Toda última quarta-feira do mês, o templo, com capacidade para 6 000 pessoas, fica
lotado. No culto Mulheres Diante do Trono, a presença
de homens é proibida. Do púlpito, com sua Bíblia
em mãos, a pastora mescla passagens da própria
vida a trechos do Velho e do Novo Testamentos. “Como mulher, você
pode trabalhar fora, realizar os seus sonhos, ter diálogos com seu marido,
sugerir, decidir com ele, mas tem de respeitar toda figura masculina”, prega.
Casada desde 2000 com o pastor Gustavo Bessa, de 39 anos, ela diz que, em casa,
deixa de lado a postura controladora que não consegue evitar no trabalho. “Lá, eu tiro o chapéu da liderança.” As pregações dão
arrepios em muitas feministas. No fim do ano passado, quando vídeos do
culto se espalharam pela internet, o resultado foi uma avalanche de críticas
indignadas e zombarias. Ana Paula não se intimidou. “Achei bom. A mensagem foi
replicada e chegou a mais pessoas.”
O dever de submissão ao marido não é sua única opinião polêmica. Ela
é contra o casamento gay e não esconde seu ponto de vista. “Se há um cristão
falando por aí que é a favor da homossexualidade, ele não é um cristão de
verdade”, afirma. Mas garante que os homossexuais são bem-vindos em sua igreja. “Tenho um grande amigo
ex-gay.” Também não se constrange ao abrir o coração e falar das próprias dores
a seus fãs. “Na gravação do CD Esperança, em 2004, ela contou no palco que não
conseguia engravidar”, lembra o pai. Mais de 1 milhão de pessoas ouviram a
cantora —
hoje mãe de Isaque, de 7 anos, e Benjamin, de 4 - falar
sobre seus problemas de fertilidade.
Ela credita seu sucesso às letras
inspiradas em versículos bíblicos e nas suas experiências de fé. “As pessoas se
identificam com os versos que falam de cura interior”, diz ela, que começou a
compor quando ainda era criança. “Da passagem do cometa Halley até a aids, tudo
o que via na TV ou na escola virava tema”, conta, às risadas. Os comentários de
um adulto, no entanto, a desanimaram. “Ele disse que eu não tinha jeito para a
coisa e acreditei. Fiquei sem escrever dos 13 aos 18 anos.” Nesse período,
resolveu apostar na carreira de intérprete. Cantava no King’s Kids, grupo
evangélico de dança e música para adolescentes, e no El-Shamah, coral adulto da
igreja, que se apresentava aos domingos. “Eu era nova para o grupo. Só me
deixaram entrar porque eu realmente tinha talento”, explica, revelando certo
incômodo com insinuações sobre ter tido privilégios por ser filha do líder da
igreja. Em 1996, depois de abandonar a faculdade de direito da UFMG e mudar-se
para Dallas, nos Estados Unidos, onde foi estudar música, finalmente se sentiu
livre. “Lá ninguém se importava com meu sobrenome.” Disputando uma vaga com
outros 100 alunos, foi selecionada para a banda da escola. Disciplinada,
impressionava os professores pela dedicação à rotina pesada dos ensaios.
Graças à boa vendagem de seus
discos e shows (ela já tem apresentações marcadas para os próximos doze meses),
hoje fatura alto com sua música, mas não revela quanto ganha. Só informa que
doa parte considerável de sua renda a projetos filantrópicos. Pastora da maior
igreja batista do Brasil — a Lagoinha tem mais de 54 000
fiéis
—, Ana Paula se preocupa em ser um bom exemplo, uma pessoa de comportamento
recatado, irrepreensível.
Quando está
em turnê
com a banda e chega a um hotel, espera uma assessora vistoriar seu apartamento
antes de entrar. “É para prevenir armações, como um homem lá dentro para causar
escândalo, a exemplo do que já aconteceu com pastores e políticos nos Estados
Unidos”, justifica. As bebidas
alcoólicas são retiradas do frigobar dos quartos de todos os integrantes do
grupo. Embora procure ser generosa com os fãs — chega a ficar até duas
horas depois dos cultos dando autógrafos e posando para fotos —, poucas pessoas
podem se considerar realmente íntimas da pop star gospel. “Não tenho muitos
amigos próximos”, reconhece. Se sobra um tempo livre, ela quer mesmo é ficar
com a família em sua espaçosa casa no bairro São Luís. É difícil ver Ana Paula
em lugares públicos da cidade. Quando isso acontece, geralmente ela está
almoçando ou jantando em algum de seus restaurantes preferidos: o português Restaurante
do Porto, o japonês Udon e o italiano Dona Derna.
Tem pouquíssimos interesses fora da
igreja. A fotografia é o único hobby da cantora, dona de uma Leica, sofisticada
câmera alemã. “No dia a dia, uso o iPhone mesmo, para não perder o momento.”
Como toda mãe coruja, está sempre fotografando seus dois filhos. Ser mãe, diz Ana Paula, é uma bênção ainda
maior do que conquistar o país com sua música. E não há dúvida de que ela o
conquistou. Contratada da gravadora Som Livre desde 2009, a filha do pastor
Márcio é hoje o nome mais conhecido da família. E vai longe o tempo em que
precisava vender vales-CD para realizar seus projetos.
Um marco histórico: O CD do Diante do Trono está entre os vinte mais vendidos no país
Com
seus hinos de fé e louvor a Deus, Ana Paula Valadão conseguiu um marco inédito
na música gospel: figurar na lista dos vinte discos mais vendidos no Brasil.
Segundo a Associação Brasileira de Produtores de Discos (ABPD), Preciso de Ti,
o quarto álbum da banda Diante do Trono, gravado no Mineirão e lançado em 2001,
vendeu mais de 2 milhões de cópias, o que lhe garantiu a vigésima posição no
ranking. Apesar dos números grandiosos, a cantora não gosta de ser rotulada
como estrela gospel. Prefere se definir como “líder do ministério de louvor”.
Diz ela: “Presto um serviço, que é a música feita para adorar a Deus”.
Fonte:
Revista
Veja
Divulgação:
www.juliosevero.com
Leitura
recomendada:
Mulheres
estão menos felizes do que nos anos 70
Um comentário :
Sinceramente, fico feliz em saber da posição da amada irmã Ana Paula Valadão. Que ela possa cumprir cabalmente com fidelidade e santidade o ministério que o Senhor lhe deu. Benção e Graça ao "Diante do Trono", seus integrante e a líder. Jamil S. Nascimento
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