Revista Veja explica que senador evangélico está sendo perseguido por ter denunciado narcotráfico do governo comunista da Bolívia
VEJA desta semana mostra que embaixador boliviano assumiu o cargo diplomático há um ano com a missão expressa de fazer frente às denúncias contra os narcofuncionários
Duda
Teixeira
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Jerjes Justiniano, embaixador boliviano no Brasil, atuando para defender interesses financeiros e estatais do narcotráfico de seu país |
Nenhum suspeito foi interrogado. Em
vez disso, Morales iniciou a perseguição ao senador Pinto Molina e nomeou para
o posto de embaixador no Brasil o advogado Jerjes Justiniano, que assumiu há um
ano com a missão expressa de fazer frente às denúncias contra os
narcofuncionários da Bolívia. Morales poderia ter escolhido alguém menos
comprometido com o assunto para desempenhar esse trabalho. O filho do
embaixador, o também advogado Jerjes Justiniano Atalá, tem entre seus maiores
clientes justamente funcionários do governo acusados de narcotráfico. Pior do
que isso. Atalá, que no passado dividiu o escritório com o pai, foi o advogado
do americano Jacob Ostreicher, que investiu 25 milhões de dólares em plantações
de arroz na Bolívia em parceria com a colombiana Cláudia Liliana Rodriguez,
sócia e mulher de Maximiliano Dorado. Resumindo a história: o filho do
embaixador defendeu o sócio da mulher do traficante brasileiro, aquele que
recebeu em sua casa o ministro denunciado por Pinto Molina. Trata-se, no
mínimo, de uma coincidência constrangedora para o papel que Justiniano veio
desempenhar no Brasil.
Igualmente constrangedor é um vídeo
de quatro minutos que mostra o embaixador visitando a fábrica do
narcotraficante italiano Dario Tragni, em Santa Cruz de la Sierra, no início de
2010. Na ocasião, Justiniano era candidato ao governo de Santa Cruz pela
legenda do presidente Morales. Ele foi derrotado na eleição, que ocorreu em
abril. No tour pela fábrica de madeira Sotra, Justiniano percorreu as
dependências do local ciceroneado por um Tragni falante e irrequieto. “Esta é
uma das máquinas mais produtivas da América Latina”, disse Tragni, apontando
para um de seus equipamentos. Justiniano perguntou: “Estão exportando para
onde?”. O italiano respondeu orgulhoso que para Espanha, Itália, Estados Unidos
e Alemanha. Participou também da visita amigável Carlos Romero, atual ministro
do Governo da Bolívia e responsável pela segurança interna do país. O incrível
desse episódio é que poucos meses antes, em novembro de 2009, a polícia
encontrara na Sotra diversos recipientes com cocaína, somando 2,4 quilos. No
quarto de Tragni, foram apreendidos uma balança e um liquidificador com
vestígios de cocaína. Um dos conhecidos meios para transportar drogas usado
pelos traficantes bolivianos é escondê-las dentro de compensados de madeira
para exportação.
Em tempo: em outubro do ano
passado, o ator americano Sean Penn foi nomeado por Morales como embaixador
mundial da coca. Nem precisava. A Bolívia já tem Jerjes Justiniano despachando
em Brasília.
Fonte:
Revista
Veja
Divulgação:
www.juliosevero.com
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Um comentário :
A situação do senador Roger Pinto Molina é semelhante à do americano Edward Snowden.
Só para relembrar: Snowden, corajosamente, denunciou a invasão de privacidade que o governo de Obama vem fazendo contra os cidadãos americanos. Em virtude disso, Snowden foi acusado de traição. O governo dos Estados Unidos quer "repatriar" Snowden a qualquer custo.
Já o senador Molina denunciou o esquema do narcotráfico comandado pelo governo de Evo Morales, e, por isso, foi considerado "persona non grata". Pena que ele não percebeu que o governo brasileiro age tal e qual o governo do seu país.
Realmente, está mais do que comprovado: falar a verdade (e denunciar o erro) custa um preço muito alto. Quantos cristãos, hoje, teriam essa mesma coragem?
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