Governo Bolsonaro aparelha causas esquerdistas e
homossexualistas do PT usando sua Ministra Damares Alves
Julio Severo
Em sua viagem
à Roma para se encontrar com o Papa Francisco em dezembro de 2019, a Dra.
Damares Alves, que chefia o Ministério dos Direitos Humanos, deu uma entrevista exclusiva à BBC de Londres, com
respostas algumas vezes conservadoras e muitas vezes progressistas.
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Damares Alves, Michelle Bolsonaro (esposa do Presidente Bolsonaro) e o Papa Francisco |
Na visita ao papa, Damares estava acompanhando
Michelle Bolsonaro, esposa do presidente Jair Bolsonaro.
Talvez a
resposta mais progressista de Damares tenha sido seu comentário de que ela é
apaixonada pelo progressista papa Francisco.
Talvez a
resposta mais feminista de Damares tenha sido seu comentário de que a mulher
pode fazer o que quiser, querendo dizer que a mulher pode ocupar todos os
cargos, espaços e profissões tradicionalmente masculinos, inclusive nas forças
armadas.
Talvez a
culpa nem seja de Damares por ter elogiado o papa esquerdista ou ambicões
feministas. De acordo com Bráulia Ribeiro, usar questões esquerdistas não foi
iniciativa de Damares, mas do próprio Bolsonaro. Ela disse:
“Quando
o presidente Bolsonaro assumiu a liderança do Executivo, criou o Ministério da
Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MFDH). Ampliou a pasta para que
contivesse toda a pauta identitária do PT.”
A declaração
de Bráulia, que atribui a Bolsonaro a criação do MFDH, deixa claro que, sob a
orientação de Bolsonaro, “Damares não só se apropriou das pautas mais caras à
esquerda, os temas que davam a eles o monopólio do ‘bem social,’ mas conseguiu
redefini-los.” Isto é, as causas marxistas no governo do PT (inclusive a agenda
gay) continuam no governo Bolsonaro, com uma diferença: rótulos foram mudados.
Em julho de
2020, o
governo Bolsonaro celebrou o Dia Internacional do “Orgulho” LGBT — uma
celebração que comprova que o governo Bolsonaro está firme na decisão de
aparelhar a agenda gay.
Embora a
vasta maioria dos eleitores de Bolsonaro tenha votado nele para o Brasil se
livrar dessas causas opressivas, Bráulia não só justificou o uso de causas
esquerdistas, mas desculpou os milhões de reais que são gastos para sustentar
no governo Bolsonaro essas causas. Ela disse:
“Eu
pessoalmente creio que o governo ideal não paternaliza seu povo… Mas vamos convir
que depois de tantos anos sufocados pelo paternalismo excessivo de um governo
castrador de iniciativas independentes, nós sabemos que na prática esse é um
ideal impossível para o Brasil de agora.”
É uma grande
tragédia que o governo Bolsonaro esteja aparelhando causas esquerdistas. É uma
tragédia igualmente grande que Bolsonaro não use essa estratégia dispendiosa
com dinheiro de seu próprio bolso e do bolso de seus filhos e ministros, mas
com o dinheiro dos trabalhadores brasileiros, que são obrigados a pagar
impostos altos, opressivos e abusivos.
Não é a
primeira vez que o governo Bolsonaro aparelha causas esquerdistas. Quando o
olavista Abraham Weintraub era ministro da educação, ele promoteu criar muito
mais creches do que os governos socialista de Lula e Dilma. Na época, eu
disse que isso era socialismo ou estatismo de direita.
Isto é, a
própria alma do socialismo está sendo promovida, mas com rótulo direitista. Em
vez de oferecer soluções e metas legitimamente conservadores, tudo o que o
governo Bolsonaro está fazendo, de acordo com Bráulia, é aparelhar as
“soluções” e metas esquerdistas, com embalagem diferente, mas igual conteúdo.
Esse
esclarecimento é muito importante, pois indivíduos estão atacando Damares como
se as causas esquerdistas aparelhadas pelo governo Bolsonaro fossem culpa
exclusiva dela. Por exemplo, a
psicóloga Marisa Lobo bajula Bolsonaro e ataca Damares nessa questão. Ela
trata Bolsonaro como um homem conservador inocente sendo supostamente sabotado
por Damares. Ela parece ignorar ou simular ignorar que a “estratégia” de
aparelhar causas esquerdistas, inclusive a agenda gay, foi iniciativa de
Bolsonaro, não de Damares.
Bráulia Ribeiro, ex-diretora da JOCUM (Jovens com Uma
Missão) no Brasil, é hoje colunista do Brasil Sem Medo, site do astrólogo Olavo
de Carvalho, um imigrante autoexilado nos EUA. Embora ela seja também colunista
da Ultimato, uma das revistas presbiterianas mais esquerdistas do Brasil e ela
tenha efetivamente apoiado a “estratégia” de Bolsonaro de aparelhar
a agenda gay e outras causas esquerdistas, o site de Carvalho, que tenta dar uma aparência
direitista, publicou tal artigo, que desculpa de todas as formas possíveis o
esquerdismo no governo Bolsonaro.
Ao publicar
tal artigo, o site de Carvalho aprovou e chancelou tudo o que Bráulia disse,
inclusive que o esquerdismo com aparência conservadora no governo Bolsonaro é iniciativa
do próprio Bolsonaro.
O site
esquerdista da Ultimato só não demite Bráulia porque sabe que por trás de sua
aparência direitista ela é capaz de astutas defesas ao esquerdismo, e o artigo
dela no Brasil Sem Medo só confirma essa astúcia, que defende o esquerdismo e
até a agenda gay em nome do próprio direitismo.
Não estranho Bráulia não condenar a agenda gay no
governo Bolsonaro. Como
diretora da JOCUM, em 2009 ela estava defendendo descaradamente a agenda gay, e
ela atacou os evangélicos conservadores que lutam contra esssa agenda. Hoje, com essa bagagem, ela se tornou uma mulher
confusa ao bajular vários ocultistas. Confira meu artigo: “Bráulia
Ribeiro, ex-diretora da JOCUM, foi reduzida à mera propagandista de uma bruxa e
de um astrólogo?”
A informação
de Bráulia de que o próprio Bolsonaro está por trás da defesa que Damares faz
de causas esquerdistas pode nos ajudar a entender a entrevista de Damares à BBC
que foi marcada pelo esquerdismo.
É importante
dar atenção à entrevista que ela deu à BBC porque ela é, no grupo de
evangélicos que ocupam cargos no governo Bolsonaro, a personalidade evangélica
que mais se destaca.
Se as
respostas de Damares tivessem sido expostas a mim de forma particular, eu faria
contato com ela para lhe oferecer sugestões particulares sobre onde melhorar.
Mas como ela decidiu, através da BBC, tornar internacionalmente públicas suas
opiniões, todos os leitores podem ler e opinar. Eu apenas me enquadro entre
esses leitores e opinadores, oferecendo minhas sugestões igualmente públicas,
que podem ajudar não só a ela, mas outros cristãos que têm posturas semelhantes
ou estejam a ponto de apoiar as posturas dela.
Os
progressistas dificilmente elogiarão as respostas progressistas de Damares,
pois eles exigem de quem eles elogiam 100 por cento de compactuação com a
agenda progressista. Damares não tem esse tipo de compactuação com a esquerda.
Os
esquerdistas são tão exigentes que se um ministro é em grande parte
progressista, mas dá uma opinião conservadora, os progressistas o atacam
impiedosamente.
Em contraste,
os conservadores são muito mais tolerantes. Se um político dá opiniões
conservadoras, mas ele não é conservador, ele não é rejeitado pela maioria dos
conservadores.
Esquerdistas
exigem 100 por cento de compactuação com a agenda progressista. Conservadores
não exigem 100 por cento de compactuação com a agenda conservadora.
O que vou
fazer em seguida é citar as respostas de Damares à BBC e introduzir meus comentários
que podem ajudar a melhorar determinadas posturas que considero incompatíveis
ou fracas, do ponto-de-vista conservador ou cristão.
Ao falar de
direitos humanos, Damares disse para a BBC:
“Estamos
indo para a origem, a fonte, que é a Declaração (Universal dos Direitos
Humanos) e conversando com o Brasil. Proteger mulher é direitos humanos? É.
Proteger criança é direitos humanos? É. E os idosos? Então, nós começamos a
falar para o Brasil o que é de verdade direitos humanos… gente, alimentação,
acesso a educação é direitos humanos.”
A Declaração
Universal dos Direitos Humanos não defende, não promove e não cita uma única
vez homossexualidade. Mesmo assim, o ministério de Damares, a exemplo de todos
os governos esquerdistas anteriores, trata as questões homossexuais como
direitos humanos. Talvez o vírus esquerdista já esteja infectando a todos. A
neocon esquerdista Hillary Clinton disse, quando era secretária de Estado dos
EUA, que direitos gays são direitos humanos e direitos humanos são direitos
gays. Na época, os maiores conservadores americanos denunciaram essa
declaração. Hoje, parece que todos na esquerda e muitos na direita seguem a
filosofia de Hillary. E a versão de Damares, aguada ou não, amenizada ou não,
pouco parece diferir da vesão de Hillary.
Quando
Damares diz que alimentação e acesso à educação são direitos humanos, ela quer
dizer que o governo tem a obrigação de dar alimentação e educação grátis? Isso
é socialismo! Se querem alimentação e educação, as pessoas precisam trabalhar e
lutar. Quem é pobre deve necessariamente depender de caridade voluntária, não
“caridade” coerciva através de impostos, pois quando o governo “dá” alimentação
e educação, na verdade o que ele está fazendo é roubando do trabalho dos outros
para distribuir entre outros. Isso é socialismo. A “caridade” governamental
custa muito caro para o bolso dos trabalhadores. O que o governo deveria fazer,
em vez de de roubar dos trabalhadores em nome da “caridade,” é oferecer
generosas isenções de impostos para os cidadãos individuais que fazem caridade
voluntária.
Sobre
homossexualismo, Damares disse:
“Em
relação à população LGBT: fizemos uma discussão sobre qual é a prioridade do
segmento… Vamos pegar um barquinho e vamos lá na comunidade ribeirinha saber
como está o menino gay. Descobrimos que a política pública não chegou para ele.
Cadê os gays indígenas? Onde estão as meninas lésbicas indígenas?”
Com sua
resposta, Damares reconheceu uma identidade homossexual que vem desde criança.
O que ficou claro na resposta dela é que homossexualismo não é comportamento,
mas identidade. Faz décadas que o movimento homossexual prega que suas escolhas
e condutas são identidade. A esquerda abraçou essa estratégia e transformou em
propaganda. E agora vemos direitistas também abraçando-a? Esse abraço se torna
chocante quando é feito por Damares, que é pastora pentecostal. O
pentecostalismo, dentro do Cristianismo, é uma das maiores forças de
resistência à esquerda. Mas Damares, com seu pentecostalismo, pouco está
resistindo na questão homossexual.
Se, junto com
a esquerda, o movimento direitista abraçar homossexualismo como identidade, os
direitistas não terão mais nenhuma base nem justificativa para impedir que
professores em escolas e propagandas na mídia doutrinem crianças e adolescentes
a questionar sua biologia sexual e a não questionar os dogmas homossexuais. Querendo
ou não, esse abraço fortalece essa tendência progressista.
Sobre
travestis, Damares disse:
“No
centro urbano, percebemos que o grupo que mais sofre violência são as
travestis. Começamos a conversar com elas: por que sofrem tanta violência? Esse
público é caro para mim. É um público que eu amo e acompanho há muito tempo.
Por muito tempo na minha vida eu fui para as ruas de madrugada abraçar as
travestis, cuidar delas, enquanto ativista de direitos humanos, pastora, amiga,
mãe, mulher.”
A preocupação
e carinho de Damares por travestis são demonstrações de Cristianismo. Mas há
coisas que o Estado deve fazer e o cristão não deve fazer. E há coisas que o cristão
deve fazer e o Estado não deve fazer. Por exemplo, Jesus sempre perdoava os
pecadores. Ele nunca, em seu ministério terreno, puniu pecadores. Ele nunca
prendeu ninguém. E nós cristãos devemos imitá-Lo. Isso significa que nós,
cristãos, devemos ocupar cargos no governo para transformar o governo numa
extensão da igreja para liberar carinho e perdão a todos os criminosos? Se a
igreja deve sempre mostrar misericórdia e nunca punir, o Estado deve imitar a
igreja?
Minha opinião
pessoal é que se Damares deseja continuar sua preocupação e carinho cristão por
homossexuais, saindo na rua para evangelizar, o lugar ideal não é no governo,
que não tem função de ser igreja nem tem função de evangelizar.
Continuando a
falar sobre travestis, Damares disse:
“A
grande reivindicação delas é empregabilidade. Existe preconceito para empregar
uma travesti. É fácil uma lésbica, um transexual, um gay estar bem inserido no
mercado no trabalho, mas as travestis ficaram à margem. Então, estamos cuidando
desse público especificamente: trazendo programas de capacitação,
empregabilidade, conversando com o setor empresarial. Eu encontro professoras
travestis nas ruas, meninas especiais, matemáticas na rua se prostituindo. Elas
alegam que o mercado não as absorve.”
O que me
preocupa é a compaixão de Damares aos travestis (que ela insiste em chamar de
AS travestis, como se fossem realmente mulheres) atrelada à força governamental
que ela tem agora. Se os travestis querem emprego, que eles se capacitem e
respeitem as regras de bom convívio, inclusive moralidade. Nenhum empresário ou
empresa deveria ser obrigado a empregar pessoas que se prostitutem facilmente. Tirar
a liberdade dos empresários de escolher quem empregar é socialismo.
O que mais me
preocupou na resposta de Damares foi sua observação de que há travestis que são
professores, mas o mercado não os absorve. Eu não gostaria de ter filhos
pequenos meus numa escola com um professor malandramente vestido de mulher
dando muitíssimo mau exemplo para os alunos. O governo vai impor que as escolas
aceitem tais professores travestis para que eles tenham emprego? Emprego para
travestis estará acima do bem-estar moral das crianças? O comentário de Damares
indicou esse direcionamento progressista.
O perigo e
ameaça são reais. Em uma entrevista, Marina Reidel, que lidera a Diretoria de
Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais,
que funciona no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH) da
ministra Damares Alves, disse que quando revelou
sua homossexualidade na escola os alunos ficaram curiosos, fazendo perguntas
durante dias, enquanto as outras professoras, que ele acusou de criar um
ambiente “negativo” e até bullying, tentavam proteger os alunos dessa má
influência. Chegamos ao ponto absurdo em que professoras se sentem
constrangidas de deter a má influência de professores homossexuais.
Logo em
seguida, completando sua resposta sobre travestis, Damares disse para a BBC:
“O
presidente Bolsonaro tem como bandeira o combate à violência em todos os
segmentos. Então, o violência contra travestis e gays estão dentro deste
pacote. E está dando certo.”
Damares falou
da falta de emprego aos travestis e acrescentou comentário sobre violência a
eles. Uma empresa não dar emprego para um travesti seria tratado como violência
ou discriminação? Como o governo trata escolas e empresas que se recusam a
empregar travestis? Escolas públicas, que hoje estão sob o controle de Bolsonaro,
são obrigadas a contratar travestis? Escolas particulares são obrigadas a
contratar travestis?
Damares falou
sobre o empenho do governo Bolsonaro para combater a violência contra
homossexuais. Mas ela nada falou sobre se o governo Bolsonaro está fazendo algo
para combater a violência cometida por homossexuais. Durante a presidência de
Lula e Dilma, o governo brasileiro só registrava homossexuais exclusivamente
como vítimas. Só computava a “orientação sexual” em casos criminais quando os
homossexuais eram alegadas vítimas. Quando os homossexuais eram os assassinos e
criminosos, o PT se calava e não registrava absolutamente nada sobre a tal
“orientação sexual.”
Hoje, sob a
presidência de Bolsonaro, o governo brasileiro tem uma chance de ouro de
rastrear, registrar e revelar quantos homossexuais cometem assassinatos e
estupros contra meninos. Até o momento, Bolsonaro não se pronunciou sobre esse
assunto.
Aliás, a
mesma equipe de ativistas homossexuais que trabalhava nos governos socialistas passados
continua na ativa no governo Bolsonaro, recebendo salários com dinheiro de
nossos impostos. Nem eu entendo a continuidade dessa agenda nociva no governo
Bolsonaro, onde homossexuais são só retratados como vítimas em necessidade de
proteção estatal, nunca como criminosos. Governos de esquerda e direita estão a
serviço da agenda homossexual? Confira aqui o governo Bolsonaro dando
continuidade às políticas homossexuais dos governos anteriores: http://bit.ly/35ml0ar
Faz anos que
peço que os legisladores e políticos conservadores levantem os dados sobre
quantos criminosos homossexuais há, mas eles não conseguiam porque o PT
simplesmente barrava tudo. Contudo, com Bolsonaro, esses dados não deveriam ser
fáceis de obter?
O governo da
Inglaterra fez um estudo que revelou que homossexuais são mais propensos a
cometer assassinatos do que sofrer assassinato. Confira o estudo aqui: http://bit.ly/2uPWGke
Meu livro “O
Movimento Homossexual,” publicado pela Editora Betânia em 1998, tem um capítulo
inteiro mostrando que os maiores assassinos seriais do mundo eram homossexuais.
É uma
injustiça total destacar eternamente homossexuais como vítimas e poupá-los
quando eles cometem crimes, principalmente quando as maiores vítimas deles são
meninos. Esconder esse fato deveria ser crime. O governo Bolsonaro deveria
corrigir essa grave injustiça.
O maior
inimigo da esquerda é a própria realidade. Mostre os fatos encobertos e a esquerda
é derrotada. O maior inimigo do movimento homossexuais é a própria realidade.
Mostre os fatos encobertos e esse movimento é derrotado.
Damares
também disse:
“A
nossa diretoria voltada à comunidade LGBTi nós herdamos do passado e permanece
intacta. A própria diretora que veio do outro governo continua, uma mulher
extremamente sensata, a professora Marina, uma transexual extremamente sensata,
e tem me ajudado a conduzir as políticas para o segmento.”
Damares
confessou que herdou, do governo socialista anterior, toda uma secretaria com
ativistas gays socialistas e tudo foi deixado intacto. Isso não é
conservadorismo e muito menos Cristianismo. Isso é socialismo e apoio à agenda
gay. Isso significa então que todo o discurso de Bolsonaro contra o socialismo
foi mera fachada e hipocrisia?
A secretaria
homossexual, nos governos socialistas, era chefiada e continua hoje sendo
chefiada por um homem, chamado de Marina Reidel, que Damares insiste em
identificar como “transexual,” e trata como “mulher.” O Dicionário Universitário
Merriam-Webster assim define “transexual”:
“Um
indivíduo que se identifica fortemente com o sexo oposto e pode procurar viver
como membro desse sexo, especialmente submetendo-se à cirurgia e terapia
hormonal para obter a aparência física necessária (como alterando os órgãos
sexuais externos).”
Tratar um
homem atribuindo-lhe a identidade fictícia de “mulher” é uma reivindicação do
movimente gay, plenamente abraçada pela esquerda. Agora, abraçada também pela
direita, que demonstra com isso que merece plena desconfiança dos cristãos.
Embora por
duas vezes, num curtíssimo comentário, Damares frisou que o homem disfarçado de
mulher é “sensata,” como todos os homossexuais ele é imprudente e falador,
tendo aberto
a boca numa entrevista. Ele confessou que o governo Bolsonaro está promovendo,
sem alarde, toda a agenda gay que o governo do PT promovia com alarde.
Não sei se
essa postura progressista de Damares é fruto de suas posturas particulares ou
influência de amigos. Ela já foi muito amiga de Marina Silva, que havia
adquirido a Teologia da Libertação na Igreja Católica, mas nunca a largou
depois de supostamente se converter para a Assembleia de Deus. Damares também
já trabalhou na JOCUM e é muito amiga de Bráulia Ribeiro, ex-diretora da JOCUM.
Bráulia está autoexilada nos EUA há vários anos, tendo de sair do Brasil porque
o governo e a mídia esquerdista a perseguiram por causa da postura dela de
defender crianças indígenas ameaçadas de assassinato em rituais de bruxos
indígenas. Eu sempre dei 100 por cento de apoio a favor dos esforços cristãos
para resgatar essas inocentes crianças indígenas. Tenho vários artigos no meu
blog contra o sacrifício de crianças indígenas.
Contudo, o
embate que rugia no Brasil uma década atrás não envolvia somente a questão da
vida dessas crianças indígenas cujo sacrifício é defendido pela esquerda como
cultura dos índios. O embate envolvia também a agenda homossexual. Embora tendo
como foco principal combater a agenda gay, me envolvi na defesa das crianças
indígenas. Em contraste, Bráulia, embora tendo como foco principal combater o
sacrifício de crianças indígenas, se envolveu na questão da agenda gay para
atacar os cristãos que denunciam essa agenda. Você pode ler meu artigo completo
de 2009 aqui: Diretora
da JOCUM no Brasil ataca ativismo cristão contra o PLC 122 e o “casamento”
homossexual.
Talvez para
parecer politicamente correta a fim de a esquerda aceitar a luta dela contra o
sacrifício de crianças, Bráulia sacrificou os cristãos que lutam contra a
agenda gay, jogando-os aos leões da esquerda.
Estaria
Damares dando atenção à Bráulia ou sua mentalidade? Então por que ela não tem
contra a agenda gay, que ameaça seriamente as crianças e famílias, o mesmo
empenho que ela tem contra a “cultura” indígena de sacrifício de crianças?
A Damares que
eu conhecia, e que não seguia o exemplo de Bráulia, era a Damares que elogiava
meu livro “O Movimento Homossexual” para deputados. A Damares que não conheço é
a Damares que elogiou Toni Reis, um dos maiores ativistas gays do Brasil e um
dos criadores do infame kit gay, como “defensor
das crianças.”
Contudo, nem
tudo é notícia desanimadora. Nesse contexto traumático de progressismo
avançando dentro do governo Bolsonaro, Damares adotou uma postura extremamente
positiva ao abrir um espaço que nenhum governo socialista abre: Ela vem dando
oportunidade aos ex-homossexuais. Ela disse para a BBC:
“Eu
defendo o direito à liberdade de expressão. Se alguém disser que vivenciou a
homossexualidade e hoje não a vivencia mais, ele tem o direito de falar isso.
Esse grupo me procurou para dizer que não consegue falar isso sem ser
perseguido. Nosso ministério tem que garantir o direito à liberdade de
expressão.”
Ela também
disse:
“E
é possível, sim, alguém não querer mais vivenciar a homossexualidade, como
alguém não querer mais vivenciar a bissexualidade ou a heterossexualidade. Essa
transição é normal, ela acontece. Então por que não vou reconhecer que houve
pessoas que deixaram de vivenciar a homossexualidade? Elas existem, precisam
ser respeitadas, e uma das coisas que reclamaram muito foi a liberdade de
escrever suas histórias. Então esse grupo existe e me procurou.”
O preocupante
dessa resposta à BBC foi que ela sugeriu que é normal a transição de homem ou
mulher biológico, que ela chama de “heterossexualidade,” abandonar a homossexualidade
e vice-versa. Não é normal um homem rejeitar sua biologia sexual. É anormal. É
uma profunda disfunção mental, moral e física.
Talvez, para
parecer uma pessoa que trata a todos de forma igual, Damares buscou ser bacana
com todo mundo. Mas, percebendo ou não, tal atitude nos faria parecer mais que
Deus, que não reconhece nenhuma normalidade na homossexualidade e não deu
nenhuma autoridade para nenhum governo fazer esse reconhecimento.
Sobre a
polêmica de “cura gay” (termo inventado pelo movimento homossexual para sabotar
os esforços de cristãos para ajudarem homens e mulheres a sair do pecado
homossexual), Damares disse:
“Agora,
a cura gay é outra coisa. Inclusive é um termo pejorativo para algumas pessoas
que querem deixar de vivenciar a homossexualidade. Vou lidar com esse tema com
muita maturidade, respeitando a condição em que ele está vivendo, se está feliz
agora porque deixou a homossexualidade, ele vai continuar feliz. Se quiser
voltar a ser homossexual, vai voltar.”
De novo,
Damares tratou como se fosse normal um homem ou mulher rejeitar sua biologia
sexual. E se eu não me reconhecer mais como pobre, o governo vai me garantir o
direito de aplicar o golpe da minha fantasia nos bancos, forçando-os a aceitar
minha fantasia de rico? Que confusão o mundo virará se o governo começar a
respeitar e impor que outros respeitem nossas fantasias?
Se o governo impõe que todos respeitem um homem que
tem a fantasia de ser mulher, inclusive dando-lhe atestados e documentos para
provar que ele é o que não é, exijo que o governo faça a mesma coisa por mim,
obrigando todos, inclusive bancos, a reconhecer-me como rico e dando-me
atestado e documentos para provar que sou o que não sou.
Não sou
contra ninguém que tenha fantasias, por mais bizarras. Mas que vivam suas
fantasias na privacidade de suas casas, sem nenhum apoio governamental, sem
nenhum apoio de leis protegendo-os como “vítimas” de pessoas normais
“preconceituosas” que não aceitam fantasias bizarras.
Para a BBC,
Damares deixou claro que o disque-denúncia do governo, no passado sempre usado
por homossexuais para denunciar seus inimigos, agora vai servir também para o
propósito de denunciar quem não aceita os ex-homossexuais:
“O
que pode haver no nosso ministério: se estão sendo vítimas de violência, terão
o direito de denunciar e nós vamos ter a obrigação de fazer esse recorte e
ouvir. Eles estão sendo perseguidos porque estão deixando de vivenciar a
homossexualidade. Nós vamos protegê-los também.”
Então, pelo
que deu para entender, os homossexuais poderão continuar denunciando quem os
criticar, mas quem criticar os ex-homossexuais também poderá ser denunciado. Na
prática, ela acendeu uma vela para Deus e outra para o diabo.
Entretanto,
Damares incluiu um comentário preocupante. Ela disse:
“Eu
não vou fazer nenhuma campanha com um cartaz dizendo deixe de ser gay, deixe de
ser bi, deixe de ser hétero. Não, isso não existe, não existe política pública
para isso.”
O governo faz
diversas intervenções em favor do bem-estar público. O governo, por exemplo,
não iguala a conduta de fumar com a conduta de deixar de fumar. Pelo contrário,
o governo deixa claro que deixar de fumar é muito melhor e mais saudável do que
fumar. O governo desestimula o fumo e incentiva todos a não fumar, porque fumar
acarreta muitos problemas de saúde.
Considerando
que o comportamento homossexual é comprovadamente danoso para a saúde, por que
o governo recusa fazer intervenção desestimulando esse comportamento e
proibindo a propaganda homossexual? Em contraste, as intervenções
governamentais, com propagandas retratando basicamente os homossexuais como
vítimas, continuam. Intervenção estatal só a favor do homossexualismo? Se não é
possível intervenção estatal contra o homossexualismo, por que fazer campanhas
contra o fumo?
O dilema de Damares não é pioneiro. Na
década de 1980, o Dr. C. Everett Koop, que era ministro da Saúde do governo
conservador de Ronald Reagan, foi pioneiro ao lançar contraditoriamente
campanhas fortes contra o fumo e campanhas contra a AIDS que legitimavam o
pecado homossexual.
O que tornava o caso de Koop escandaloso era que ele era:
1. Calvinista
e conservador.
2. Aliado
próximo do filósofo calvinista conservador Francis Schaeffer.
3. Foi um dos
ministros mais importantes de um dos maiores governos conservadores dos EUA, o
governo Reagan.
Estaria
Damares tentando imitar o calvinista Koop?
O Presidente
Donald Trump aprovou uma lei rigorosa contra o fumo nos EUA para proteger os
jovens dos perigos do cigarro. Esse tipo de intervenção estatal é saudável
e precisa ser aplicada ao problema homossexual. Mas o governo Trump viveu a
mesma realidade contraditória de Koop: O
Presidente Donald Trump foi considerado o presidente mais pró-homossexualismo
da história dos EUA.
Então, em tom
muito feminista, Damares disse para a BBC sobre a mensagem central de seu
ministério acerca da questão das mulheres:
“O
recado vai ser: lugar de mulher é onde ela quiser.”
Em essência,
a declaração dela revela a própria ambição do feminismo, auxiliado pelo
marxismo, de usar o governo para forçar as pessoas a aceitar uma igualdade
antinatural, com mulheres no exército chefiando homens, mas com essas mesmas
mulheres recusando, em outras áreas, carregar sacos de cimentos e outros pesos
como fazem os homens.
Ela confundiu
Hollywood com realidade. Nos filmes, as mulheres, mesmo soldadas, têm um
desempenho igual e muitas vezes até melhor do que soldados do sexo masculino.
Mas a realidade apoia a ficção?
Nenhum país
tem leis mais avançadas de direitos humanos do que os EUA, que estão
enfrentando uma
epidemia de estupros e agressões sexuais com a crescente inclusão de mulheres
nas forças armadas. A igualdade feminista e marxista nas forças armadas dos
EUA tem resultado em tragédia. Essa igualdade é artificial. Forçar a ficção da
igualdade artificial é uma utopia soviética.
Até mesmo em
Israel, a igualdade sexual tem resultado nas forças armadas em
atividade sexual e o governo israelense pagando as despesas de mais de mil
abortos por ano para as soldadas. Por causa de sua biologia, uma das coisas
que as soldadas mais fazem no exército israelense é sexo e gravidez, e o
resultado antinatural e criminoso é aborto provocado.
Não está
claro, ao contrário da declaração feminista e marxista de Damares, que o lugar
da mulher não é nas forças armadas como soldadas?
Essa postura provavelmente não é iniciativa de Damares.
O avião presidencial de Bolsonaro é pilotado por um piloto militar do sexo
feminino. É uma mensagem feminista clara, não é?
O lugar do homem é onde ele quiser? Claro que não.
Homem não pode engravidar nem dar de mamar. Portanto, dizer que homens podem
ocupar qualquer lugar é loucura, embora, por amor ao homossexualismo, leis
socialistas impõem que homens trabalhem com mulheres para cuidar de crianças em
creches. Tais leis só favorecem predadores homossexuais.
Pouco se fala
de homem na mensagens do Ministério dos Direitos Humanos e quando se fala é em
tom negativo, ou o homem como mero auxiliador das ambições da mulher — uma
perversão do projeto de Deus, que criou a mulher para ajudar o homem, não
vice-versa. No plano de Deus, a mulher é auxiliadora do homem. Querer
transformar o homem, como impõe o feminismo, como mero auxiliador da mulher vai
contra Deus e inevitavelmente terminará em desastre.
Preocupo-me
também que de modo geral nas mensagens do ministério da Damares a família
parece ser colocada como potencialmente agressora da criança e o homem é
colocado como potencialmente agressor das mulheres. Minha percepção sobre o
ministéro da Damares:
* Na relação
entre homem e mulher, o homem é colocado como fonte de abuso físico e
psicológico contra as mulheres.
* Na relação
entre família e Estado, a família é colocada como fonte de abusos contra as
crianças e o Estado é colocado como fonte de proteção.
Enquanto o
homem usa a força física para violência, a mulher tem grande poder psicológico
de infligir violência, inclusive induzindo outros homens em suas maquinações. O
caso escandaloso de Flordelis, uma cantora gospel e deputada federal acusada de
planejar a morte do próprio marido pastor mais jovem, é um exemplo. Ela
induziu os próprios filhos a matar o marido.
Potencialmente,
todos podem se tornar agressores. Aliás, quem mais torturou, abusou e matou foi
o Estado, que trucidou milhões durante a história. Os governos islâmicos e
comunistas são campeões de abuso de direitos humanos.
As feministas
não gostam, os esquerdistas não gostam e até Damares pode não gostar, mas lugar
de mulher não é onde ela quiser e o governo não tem o direito de forçar os
homens a aceitar mulheres ou liderança feminina em espaços masculinos. Tal
intervenção estatal é nociva e patentemente socialista.
Quando a BBC
cobrou de Damares a razão por que Bolsonaro colocou pouquíssimas mulheres em
altos escalões do governo, Damares respondeu que Bolsonaro “escolheu pelo
perfil técnico.” Discordo, respeitosamente, dessa resposta, pois nos escalões
mais elevados do governo o próprio Bolsonaro confessou que havia escolhido
cegamente Ricardo Vélez como ministro da Educação. Não houve nenhum respeito a
perfil técnico, mas meramente submissão às recomendações loucas do
Rasputin, como é conhecido Olavo de Carvalho por sua enorme influência no
governo.
Uma das
maiores consequências dessas nomeações cegas, sem respeito ao perfil técnico,
foi a vergonha que o
governo Bolsonaro sofreu internacionalmente ao ter de demitir o ministro da
Cultura, o olavista Roberto Alvim, depois que o discurso nacionalista dele
plagiou o discurso de um líder nazista. Toda a grande imprensa americana
publicou manchetes sobre Alvim. Se o governo Bolsonaro evitasse seguir
cegamente a influência de Olavo de Carvalho, ele teria facilmente evitado essa
humilhação internacional.
A BBC News
Brasil perguntou para Damares: “Eu conversei com pessoas próximas à senhora que
me disseram que a senhora tem pautas muito próximas às da esquerda. Isso faz
sentido? A senhora tem alguma afinidade com a pauta feminista, por exemplo?”
Damares
respondeu:
“Não
é que minhas pautas são iguais às da esquerda. É que, por algum tempo, a
esquerda falou que era dona dos direitos humanos. Não tem pai e mãe essa
bandeira, ela é de todos nós.”
A BBC apurou
de pessoas que estão próximas de Damares que ela pende muito para a esquerda. A
entrevista dela à BBC só confirmou essas inclinações.
O problema
não é só que Damares está lidando com áreas e questões que a esquerda trata
obsessivamente, dando ênfase excessiva. Por exemplo, homossexuais são menos de
2 por cento da população e ativistas homossexuais são muito menos que isso. Mas
a atenção governamental e midíatica que é dada a eles faz parecer que eles são
a maioria da população. O problema maior é que Damares trata dessas questões em
grande parte com a mesma visão da esquerda. Por exemplo, se um homem se
identifica como mulher, a esquerda o trata como mulher — e Damares faz a mesma
coisa.
Respeitar a
fantasia, baseada em perversão sexual, de indivíduos mentalmente doentes não é
conservadorismo e é incompatível com o Cristianismo que Damares professa. É
incompatível com o pentecostalismo que Damares professa. De uma forma mais
amena, ela só está dando continuidade à revolução esquerdista de normalização
homossexual, trazendo um prejuízo imenso para o conservadorismo cristão, cujos
adeptos mais ingênuos podem achar que as práticas de Damares são conservadoras,
quando na verdade são práticas esquerdistas com alguns enfeites conservadores,
embora devo destacar que a postura dela de abrir espaço para ex-homossexuais é
uma prática conservadora e cristã. Mas temo que a mistura que ela faz de
práticas conservadora com concessões ao socialismo poderá adulterar o
conservadorismo brasileiro, inclusive o pentecostalismo.
De modo
geral, nos aspectos em que Damares dá continuidade à revolução esquerdista nas
questões homossexuais, pode-se dizer que essa continuidade nada mais é do que
esforços para plagiar o esquerdismo.
Pode-se dizer
que há um plágio ideológico, onde a ideologia progressista recebeu uma nova
embalagem, mas o conteúdo continua o mesmo, embora com alguns toques
conservadores.
Acredito que
em grande parte esse é um problema devido ao histórico de Damares com
envolvimento com Marina Silva e evangélicos politizados na linha da Teologia da
Missão Integral (TMI), que é um plágio evangélico da Teologia da Libertação. Na
verdade, quem pode culpar Damares? O Brasil, que tem abundantes referências
evangélicas da TMI, não tem referências conservadoras em questões como conselhos
tutelares e ECA, uma lei que pune pais por disciplinar fisicamente os filhos e
proibe todo castigo legal para estupradores e assassinos de menos de 18 anos.
Qualquer criminoso de menos de 18 anos fica impune no Brasil. A falta de
referência é tão grande que o governo Collor, que era de direita, aprovou o ECA
em 1990 depois de ratificar a Convenção da ONU dos Direitos da Criança, um
documento esquerdista globalista para usurpar os direitos dos pais e, usando a
questão dos direitos das crianças, expandir os direitos do governo local e, na
meta final, do governo global.
O fato de que
o governo direitista de Collor deu continuidade à revolução esquerdista
globalista na área de crianças só mostra que conservadores sem referências
acabam, entendendo ou não, dando continuidade às revoluções esquerdistas e
globalistas.
O único lugar
em que há excelentes referências conservadoras nessas questões é os EUA. Por
pressão de grupos evangélicos conservadores, até hoje os EUA não ratificaram a
Convenção da ONU dos Direitos da Criança. Por isso, os EUA não têm um ECA para
atrapalhar quando a justiça americana precisa prender e punir estupradores e
assassinos menores de idade. Quem pode culpar Damares por não ter essas
excelentes referências conservadoras americanas?
Embora Jair
Bolsonaro tenha dito em 2018 que o lugar do ECA é na latrina, seu governo na
prática está expandindo o ECA e seus implementadores, os conselhos tutelares.
Tudo com verniz conservador. A esquerda está sendo plagiada de forma descarada
no governo Bolsonaro.
Tomara que os
esquerdistas também comecem a plagiar os conservadores. Digo os conservadores
americanos. Se esse plágio acontecer, veremos governantes esquerdistas
eliminando o ECA e o tratamento especial que os ativistas gays recebem na mídia
e no governo.
A BBC News
Brasil então perguntou: “Muita gente diz também que o feminismo não é uma pauta
da esquerda, é algo maior e de todas as mulheres. A senhora concorda?”
Damares
respondeu:
“Nós
temos uma legislação no Brasil que garante à mulher em caso de estupro fazer o
aborto, em risco de vida para a mãe e em caso de anencefalia. A legislação está
lá, isso é bandeira do Congresso Nacional, eu não vou fazer ativismo contra ou
pró-aborto, vou cuidar de mulheres, levar comida e capacitação profissional.”
Preciso
respeitosamente discordar. Se um bebê é uma vida humana em todos os casos, por
que não deveria ser considerado uma vida humana um bebê que não teve culpa de
ser concebido num ato violento de estupro? No estupro, a mulher é vítima. Mas
se um bebê é concebido, ele também é vítima. Anos atrás, a jurista americana
Rebecca Kiessling deu testemunho no Congresso Nacional em Brasília sobre o
valor da vida humana nos casos de estupro. Ela pode falar por experiência, pois
ela foi concebida num ato violento de estupro. Ela é vítima. Aceitar uma lei
que condena à morte um bebê que foi vítima no estupro é condenar a vítima duas
vezes.
Se a missão
do ministério de Damares é defender crianças, por que não defender crianças
cuja concepção ocorreu no ato violência de um estupro?
Se a missão dela é “cuidar de mulheres, levar comida e
capacitação profissional,” quem vai pagar a enorme conta de tudo isso? Quem vai
pagar a comida e capacitação profissional das mulheres? Tudo isso é muito caro.
Se Bolsonaro e seus ministros estão utilizando dinheiro de seus próprios bolsos,
é problema deles.
Contudo,
jogar as despesas do assistencialismo estatal sobre os trabalhadores que pagam
impostos é uma injustiça.
Quando a BBC
lhe perguntou sobre o encontro dela com o papa, ela respondeu:
“Eu
sou apaixonada por esse papa. Gosto demais dele. O Brasil é um país católico,
um país de maioria católica, nós respeitamos demais a comunidade católica,
trabalhamos em parceria. Estar com o papa é uma honra e um orgulho para
qualquer ser humano, independente da sua religião. Eu vou estar com uma das
figuras mais impactantes e impressionantes da nossa era, que é o papa
Francisco.”
Se Francisco
fosse evangélico, ele seria o ídolo perfeito dos evangélicos adeptos da TMI.
Mas paixão pelo Papa Francisco é um sentimento que nenhum pentecostal tem.
Paixão pelo Papa Francisco é um sentimento que nenhum conservador tem, a não
ser que ele tenha paixão também pelas causas progressistas globalistas
abraçadas pelo Vaticano, inclusive a Convenção da ONU dos Direitos da Criança.
Em outubro de
2020, o
secretário-geral da ONU, o católico socialista Antonio Guterres, elogiou os comentários históricos do Papa Francisco
em apoio às uniões civis do mesmo sexo depois que o papa disse que
os homossexuais são “filhos de Deus e têm direito a uma família.”
Como
conservador, há décadas tenho muita admiração por Ronald Reagan, o presidente
mais conservador da história recente dos EUA. Aliás, ele é o presidente que mais
admiro. Tenho grande admiração pela luta dele contra o aborto. Tenho grande
admiração pelos esforços dele para honrar a Bíblia na cultura americana. Mas
paixão é um sentimento que reservo só a Jesus Cristo.
Tenho respeito pelos papas quando eles fazem declarações
pró-vida, mas paixão pelo progressista Papa Francisco é um sentimento comum
somente entre cristãos progressistas, ou socialistas. Tal paixão é um
sentimento totalmente incoerente para conservadores, muito menos pentecostais.
Como não ficar atônito com a resposta de Damares?
Francisco,
que é conhecido por não condenar políticos socialistas, disse
que políticos cristãos que lutam contra a agenda gay são semelhantes a Hitler e
antissemitas. Então, é impossível um cristão verdadeiramente conservador
ter paixão por esse papa esquerdista.
Os maiores
antissemitas hoje são os
muçulmanos, que são grandemente paparicados pelo papa. Os políticos
cristãos que lutam contra a agenda gay são em grande parte políticos
evangélicos americanos que amam Israel e os judeus.
O papa parece
desconhecer que Hitler e altos escalões do governo nazista eram homossexuais.
Damares nada
opinou sobre a postura do papa de tratar políticos cristãos que lutam contra a
agenda gay como semelhantes a Hitler e antissemitas. Espero que, em sua
confessada paixão pelo papa progressista, ela não tenha a mesma opinião sobre
políticos cristãos que lutam contra a agenda gay, pois embora eu não seja
político, encorajo os políticos cristãos a lutarem contra essa agenda.
No final, a
BBC News Brasil perguntou para Damares: “Parte dos seus apoiadores não deve
gostar desse seu comentário, chamam esse papa de comunista. O que a senhora
acha disso?”
A resposta da
ministra foi:
“Algumas
pessoas acham esse papa demasiadamente progressista, outros acham conservador.
O que conheço do papa Francisco? Um homem que se preocupa com educação, com
família. Eu só tenho que admirar esse homem. Então, é a minha posição. Eu gosto
do papa. Tem pessoas que o criticam. Eu gosto demais dele.”
De fato, Francisco
é conservador em algumas questões, especialmente em sua postura acertada sobre
aborto. Mas na questão homossexual, sua postura pende mais para a esquerda
católica. Talvez seja exatamente essa mistura de conservadorismo com
esquerdismo em Francisco que o torne o alvo da paixão da ministra Damares
Alves, uma pastora pentecostal que tem igualmente posturas conservadoras e
progressistas.
Entendo
quando Damares diz que Francisco é um “homem que se preocupa com educação, com
família.” Mas será que essa preocupação está correta? O Vaticano, com o
esquerdista Papa Francisco ou o direitista Papa João Paulo 2, sempre apoiou a
Convenção da ONU dos Direitos da Criança. Em contraste, por causa da pressão
dos evangélicos americanos, os EUA, que sob o presidente esquerdista Bill
Clinton, assinaram essa convenção esquerdista, nunca a ratificaram.
Eu me alinho
com os evangélicos conservadores americanos contra essa convenção. Damares, que
é hoje a maior implementadora do ECA no Brasil, se alinha com a postura tradicionalmente
esquerdista do Vaticano a favor da Convenção da ONU dos Direitos da Criança?
A Convenção
da ONU dos Direitos da Criança é a mãe do Estatuto da Criança e do Adolescente
(o infamemente famoso ECA). O ministério de Damares tem avançado o ECA como nunca
antes, se alinhando ao esquerdismo do Vaticano e se desalinhando do
conservadorismo evangélico americano.
No Vaticano,
quem assinou e ratificou a convenção foi o próprio João Paulo, mostrando que
nessa questão o Vaticano erra feio, com papas esquerdistas ou direitistas.
Ter no
governo um socialista que só acende vela para o diabo é horrível. Mas embora um
pentecostal socialista-conservador seja muitíssimo melhor do que um ateu
socialista puro, acender uma vela para o diabo e outra vela para Deus não é saudável
em termos espirituais e éticos. E não é um bom testemunho.
O fato é que
quando o governo Bolsonaro, como estratégia ou não, celebrou o Dia
Internacional do “Orgulho” LGBT, a agenda gay foi promovida por “conservadores.”
Quando o governo Bolsonaro celebrou a Convenção da ONU dos Direitos da Criança,
a celebração foi para um documento da ONU que é contra a família. Não há como
escapar dessa realidade.
Só por isso,
vou deixar de apoiar Bolsonaro, Damares e o Papa Francisco? Não. Só os apoiarei
quando adotarem posturas contra o aborto. Quando celebrarem agendas
esquerdistas e gays, não os apoiarei.
Sem dúvida
alguma, a presença de Damares no ministério de Direitos Humanos é muito melhor
do que a presença de um ativista socialista radical. Mas sua longa entrevista à
BBC indicou que seu alinhamento com o modelo do papa Francisco, onde o aborto é
condenado, mas onde a agenda gay não é totalmente condenada, deixa a ela e
Francisco perto e longe do conservadorismo cristão em questões importantes que
afetam a família.
Entretando,
culpar exclusivamente Damares pelo esquerdismo disfarçado de conseradorismo no
governo Bolsonaro é um erro grosseiro. Como Bráulia Ribeiro deixou claro, todo
o esquerdismo, inclusive a agenda gay, no governo Bolsonaro são iniciativas do
próprio Bolsonaro. E a opinião de Bráulia foi aprovada e chancelada pelo Brasil
Sem Medo, o site do astrólogo Olavo de Carvalho.
É um Brasil
sem medo de abraçar o esquerdismo de aparência conservadora? Ter o confuso
Carvalho como Rasputin é atrair inúmeras confusões, que já são visíveis e
patentes no governo Bolsonaro, deixando os eleitores de Bolsonaro igualmente
confusos, porque eles não entendem como um governo conservador tem tanto
esquerdismo. Culpa do Rasputin, que é uma verdadeira fábrica de confusões.
Oro para que
Damares, como pentecostal, consiga escapar desssas confusões.
Versão
em inglês deste artigo: Brazil’s Bolsonaro Administration Hijacks Leftist and Homosexualist
Causes of Socialists Using Its Minister Damares Alves
Fonte:
www.juliosevero.com
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