Governo Bolsonaro vê Igreja Católica como potencial opositora
Julio Severo
O governo
Bolsonaro quer conter, de acordo com informações do Estadão, o que considera a
oposição da Igreja Católica, no vácuo da derrota e perda do PT e outros
partidos de esquerda. Na avaliação da equipe do presidente, a Igreja Católica é
uma tradicional aliada do PT e está se articulando para influenciar debates
antes dominados pelo PT no interior do Brasil e nas periferias.
O alerta ao
governo veio de informes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e dos
comandos militares. Os informes relatam recentes encontros de cardeais
brasileiros com o papa Francisco, no Vaticano.
“Estamos
preocupados e queremos neutralizar isso aí,” disse o ministro chefe do Gabinete
de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, que comanda a contraofensiva.
Com base em
documentos que circularam dentro do governo Bolsonaro, militares do GSI
avaliaram que os setores da Igreja Católica aliados à esquerda, integrantes do
chamado “clero progressista,” pretendem aproveitar encontros com o papa para
criticar o governo Bolsonaro e obter impacto internacional.
“Achamos que
isso é interferência em assunto interno do Brasil,” disse Heleno. Como reação,
o GSI planeja envolver, de acordo com o Estadão, o Itamaraty, que está sob
controle de um olavete, para monitorar líderes católicos brasileiros em suas
viagens ao Vaticano.
Assim que os
primeiros comunicados da Abin chegaram à cúpula do governo Bolsonaro, os
generais logo fizeram uma conexão com as críticas da Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB) a Bolsonaro durante a campanha eleitoral. Órgãos
ligados à CNBB, como o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e a Comissão
Pastoral da Terra (CPT), não economizaram ataques, que continuaram após a eleição
e a posse de Bolsonaro na presidência. Todos eles são aliados históricos do PT.
A Pastoral Carcerária, por exemplo, distribuiu nota na semana passada em que
critica o pacote anticrime do ministro da Justiça, Sérgio Moro, que, como juiz,
condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato.
Na campanha
eleitoral, a Pastoral da Terra divulgou relato do bispo André de Witte, da
Bahia, que apontou Bolsonaro como um “perigo real.” As redes de apoio a
Bolsonaro contra-atacaram espalhando na internet que o papa Francisco era
“comunista.”
Apesar de se
considerar católico, Bolsonaro não conseguiu obter o apoio da CNBB, que é a
maior força católica do Brasil, mas investiu de modo forte e incessante no
apoio dos evangélicos, principalmente o Pr. Silas Malafaia, durante as
eleições.
Entretanto,
depois de eleito, ele abandonou sua preferência pelos evangélicos e optou por
colocar acima dos evangélicos militantes olavetes, como são chamados os adeptos
do astrólogo Olavo de Carvalho. Por conta dessa mudança de preferência, vários
ministérios de grande importância se tornaram cabides de empregos para
olavetes, assim como no passado eram cabides de emprego para militantes do PT.
O único
evangélico em cargo de alto escalão do governo Bolsonaro é a pastora Damares
Alves, que chefia o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
Mas ela, como evangélica, está em desvantagem visível em comparação com o
grande número de olavetes em cargos mais importantes do governo. É uma
desvantagem nociva, por parte do governo Bolsonaro, pois vai diretamente contra
seus eleitores evangélicos, que são
vistos pelo astrólogo Olavo como piores do que marxistas, conforme declaração dele
em setembro de 2018.
O governo
Bolsonaro e seus órgãos de inteligência, especialmente a Abin, analisaram
corretamente quando viram a Igreja Católica como potencial opositora. Há
uma tradição católica de conexão à esquerda que ocorre não somente no Brasil,
mas também em toda a América Latina. Os países mais católicos da
América Latina são, coincidentemente ou não, também os mais socialistas. Cuba,
Venezuela e Bolívia são países ultracatólicos que experimentaram um avanço
forte da esquerda justamente por causa da influência católica esquerdista.
O Brasil só
não caiu nessa tradição esquerdista-católica por causa do avanço das igrejas
evangélicas, que apoiaram Bolsonaro por ver nele qualidades conservadoras,
especialmente na questão do aborto e homossexualismo, que se alinham às suas
opiniões conservadoras baseadas na Bíblia.
Essa
tendência conservadora não é de forma alguma característica exclusiva do
Brasil. Ela é vista em toda a América Latina, onde países influenciados pelo
conservadorismo evangélico levam seus governos a mudar suas embaixadas para
Jerusalém. Um
grande exemplo é a Guatemala, o primeiro país da América Latina, e o segundo
país do mundo depois dos EUA, a mudar sua embaixada para Jerusalém.
O presidente da Guatemala é evangélico e quase 50 por cento da população
guatemalteca é hoje evangélica. Quanto mais evangélico é um país, mais
conservador e pró-Israel ele é.
Bolsonaro fez
muito bem em rejeitar o radicalismo de católicos esquerdistas, principalmente a
CNBB.
Contudo, ao
dar preferência para olavetes, que são católicos sincréticos que adotam uma
espécie de fascismo esotérico, em detrimento dos evangélicos que o apoiaram
fortemente, Bolsonaro está fazendo um estranho jogo com seus eleitores. Esse
jogo envolve manipulação e oportunismo.
Se não é
certo dar preferência aos apoiadores evangélicos, por que dar preferência ao fascismo
olavete, que defende a Inquisição, que torturava e matava judeus e evangélicos?
Se Bolsonaro
achava que o astrólogo Olavo era suficiente para elegê-lo, por que antes da
eleição ele deu preferência aos evangélicos? Depois que sua eleição estava
ganha, por que ele mudou de postura, dando preferência aos olavetes?
Se não era
certo Lula e Dilma transformarem o governo brasileiro em um grande cabide de
empregos para militantes esquerdistas, por que seria agora certo transformar o
governo brasileiro em um grande cabide de empregos para militantes olavetes?
Além disso,
há o problema da interferência externa. Steve Bannon disse na semana passada
que um elevado membro do governo Bolsonaro “não é útil e é desagradável.” Tal
interferência de Bannon na política brasileira ocorreu depois de seu
encontro com o astrólogo Olavo. Tanto Bannon quanto o astrólogo brasileiro, que
é imigrante autoexilado nos EUA, são adeptos do ocultista islâmico René Guénon.
Bannon, que se tornou persona non grata no governo Trump e na grande mídia
conservadora dos EUA depois que Trump o expulsou da Casa Branca, busca
interferir nos assuntos do Brasil, agora que o governo Bolsonaro tem dado tanto
espaço e cabides de empregos para olavetes.
Se o General
Heleno achou que a conduta esquerdista da CNBB e do Vaticano “é interferência
em assunto interno do Brasil,” por que achar que o avanço do fascismo esotérico
dentro do governo Bolsonaro promovido por dois adeptos de um bruxo islâmico
seria menos interferência?
Não é
possível ter uma vitória saudável, na luta contra o esquerdismo da CNBB,
optando pelo fascismo esotérico. O único jeito saudável de derrotar a poderosa
esquerda católica é fazer o que vem sendo feito em toda a América Latina por
uma maioria de igrejas evangélicas conservadoras: Pregar o Evangelho do Reino
de Deus, curando enfermos e expulsando demônios.
Com informações do Estadão.
Versão em inglês deste artigo: Brazil’s
Bolsonaro Administration Sees Catholic Church as Potential Opposition
Fonte: www.juliosevero.com
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4 comentários :
Uma palavra apenas para qualificar: TRAIDOR! Que fique com os olavetes e desçam o abismo. Seria interessante que a senhora Damares também caísse fora dessa barca furada. Que o Pr. Silas e o senhor Malta ficassem bem distante desses traidores.
CNBB não é igreja católica. Esse nós já estamos cuidando e será extinta em breve.
Olha temos que orar pelo governo dele, o vice de Bolsonaro não tem muita afinidade com Israel como Bolsonaro tem, e recentemente o General Mourão disse que o aborto é uma escolha da mulher, Bolsonaro se diz terminantemente contra o aborto, temos que orar para que Bolsonaro aceite a Cristo e se afaste desses olavetes
Eu já não gostava desse antro de demônios, que é a Igreja Católica, agora muito menos. Tudo de ruim você encontra lá: pedofilia, homossexualismo, idolatria, ligação com feiticeiros e espíritas, secularismo, bebedeira. Uma vizinha minha, macumbeira umbandista era aconselhadora de grupos dentro de uma paróquia perto de minha casa. Por aí vocês já tem uma ideia de como é esse antro onde Satanás habita.
Nunca vi um único padre chamando a atenção das pessoas que vivem nesses pecados, ao contrário, eles falam somente coisas que os ouvintes gostam de ouvir, e quando morrem vão direto para o Inferno, levando as almas dos católicos junto.
Agora tem esse Francisco, o pior Papa de todos os tempos: amoral, interesseiro, político, comunista, pró-homossexualismo, pró-ateísmo, entre outras perversidades que o povo católico parece apoiar. E pensar que eu quase me tornei padre, se tivesse feito isso seria a pior coisa que faria na minha vida e hoje eu já estaria morto de decepção.
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