Por que atirar os evangélicos dos EUA no conflito provocado por Soros na Ucrânia?
Julio
Severo
“Os ucranianos estão de novo enfrentando agressão da Rússia, iniciada pelo presidente russo Vladimir Putin. O blogueiro cristão Warren Throckmorton pergunta se os evangélicos dos EUA intervirão para ajudar,” disse Veronica Neffinger, editora do site ChristianHeadlines.com, em seu artigo “Putin is Again Bombing Ukraine: Will Evangelicals Call on Trump to Take Action?” (Putin Está Bombardeando de Novo a Ucrânia: Os Evangélicos Pressionarão Trump para Adotar Ação?).
Numa postagem intitulada “Os Líderes
Evangélicos Ainda se Importam com a Ucrânia?” Throckmorton recorda um curto
tempo atrás em que os evangélicos denunciavam as ações de Putin para com a Ucrânia
e pressionavam o presidente Obama por ter uma indisposição aparente de
confrontar a agressão de Putin para com o vizinho da Rússia.
No entanto, agora os evangélicos
parecem permanecer em silêncio enquanto o presidente Trump também permite que
Putin bombardeie a Ucrânia.
Trump tem sido acusado por algum
tempo de ser amistoso demais com a Rússia, embora ele alegue que ter um
relacionamento diplomático com Putin é vantagem para os EUA.
Ainda que Neffinger apresente Obama como de certa
forma indiferente a uma alegada agressão russa, Obama impôs várias sanções
pesadas contra a Rússia. O que Neffinger queria a mais? Intervenção militar
direta dos EUA?
É um mistério que Neffinger tenha usado Throckmorton
como fonte confiável. De acordo com uma reportagem
de 2010 de LifeSiteNews, ele criou “confusão ao apoiar projetos de
lei de união civil de mesmo sexo, e ao afirmar que os homossexuais podem viver
vidas ‘normais, naturais e saudáveis.’”
Throckmorton não teve postura sólida para travar a guerra
cultural contra a agenda homossexual, e agora ele quer os evangélicos dos EUA
envolvidos no conflito ucraniano?
Throckmorton se encaixa muito bem no perfil de
belicista cristão, conforme descrito pelo Rev. Chuck Baldwin em seu artigo revelador
intitulado “O
amor dos cristãos americanos pelo Estado amante de guerras está matando outros
cristãos.” Mas é uma pena que ele não seja “belicista” contra a
agenda gay.
Antes da invasão americana no Iraque, diziam a nós
conservadores que a invasão era necessária para ajudar Israel e os cristãos. Li
(e divulguei) artigos de proeminentes evangélicos americanos e suas opiniões em
apoio da invasão. Mas a consequência foi destruição, principalmente para os
cristãos. Os cristãos iraquianos, que eram mais de 2 milhões, agora são menos
de 400.000.
Apoio a medida de Trump de barrar a imigração
islâmica. Mas se os EUA não querem ser invadidos, não deveriam invadir outras
nações. O Iraque foi invadido e sua população cristã foi assolada. Durante sua
campanha, Trump denunciou Bush e sua invasão do Iraque.
Por que agora Trump deveria ceder aos neocons e
aceitar seu desejo de guerra contra a Rússia na Ucrânia? A Ucrânia, que sofreu
um golpe orquestrado por Obama, seu Departamento de Estado e Soros e os
neocons, está muito longe dos EUA.
A Ucrânia é mais do que outro Iraque. É uma vitrine
das ambições neocons. Enquanto Barack Obama, Hillary Clinton e George Soros
estavam chamando a revolução ucraniana de revolução do povo, numa
reportagem do WND Michael Savage disse:
“A situação na Ucrânia tem sido
pintada como um conflito entre a Rússia de Vladimir Putin, os supostos caras
maus, e os rebeldes ucranianos, os supostos caras bons que buscam expulsar a
Rússia de uma posição de influência na Ucrânia e instalar um novo governo que
dará atenção ao povo ucraniano. Não acredite numa única palavra disso. Os
nacionalistas ucranianos são fascistas. O propósito original do governo dos EUA
ao encenar um golpe na Ucrânia era afastar a Ucrânia da Rússia e levar a
Ucrânia à União Europeia. Em outras palavras, os neocons e os ‘moderados’
comprados do governo de Obama queriam tirar, à força, o controle da Ucrânia das
mãos de Putin e ganhar controle econômico e energético sobre o país. Como o Dr.
Stephen F. Cohen apontou, os países ocidentais, com os EUA liderando o caminho,
estão há décadas provocando Putin. O Ocidente expandiu a OTAN para incluir
ex-estados soviéticos — a Ucrânia parece ser o próximo alvo — e atacou aliados
da Rússia, inclusive Líbia e Iraque. Os EUA — junto com outros países
ocidentais — por meio de suas incursões na política, economia e segurança
nacional da Rússia e vários de seus aliados, efetivamente provocaram a situação
que agora está se revelando na Ucrânia. Cohen está certo.”
Savage apontou que Obama e seus neocons, não
conservadores, criaram uma revolução na Ucrânia para afastá-la da Rússia e
colocá-la, eventualmente, na órbita da OTAN.
Portanto, a agressão não veio de Putin, conforme acusa
Neffinger. Veio diretamente dos neocons.
Enquanto em sua campanha eleitoral, o Presidente
Donald Trump elogiava a Rússia e os
assessores de Trump estavam apoiando forças pró-Rússia na Ucrânia, os
neocons têm abertamente louvado a revolução ucraniana como o melhor
exemplo democrático contra uma ditadura. A revolução ucraniana foi a maior
revolução de Soros, tendo
sido financiada em massa por ele.
“Soros já forneceu mais de 100 milhões de dólares para
sustentar grupos ucranianos,” de acordo com o WorldNetDaily.
A revolução ucraniana foi mais que uma revolução do povo. Foi a revolução de
Soros, e seu troféu especial. Foi sua coroa revolucionária.
Contudo, Soros não financiou apenas grupos
esquerdistas para apoiar sua revolução ucraniana. Proeminentes membros do
Partido Republicano que atacaram Trump por sua posição pró-Rússia em suas
campanhas também foram financiados por Soros, de acordo com o Breitbart:
De acordo com registros compilados
pelo Centro de Política Reagente, e disponíveis em OpenSecrets.org,
funcionários da Gerência de Financiamento de Soros doaram 40 mil dólares para
Paul Ryan, presidente da Câmara dos Deputados dos EUA; para o senador Marco
Rubio; para o senador John McCain; para o senador Lindsey Graham, para o
governador de Ohio John Kasich e para o ex-governador de Flórida Jeb Bush.
Qual é a posição desses republicanos supostamente
conservadores sobre a Ucrânia? Em 10 de julho de 2016 Paul Ryan disse: “Os Estados Unidos estão firmes com a Ucrânia… e
para confrontar a agressão russa.”
Uma manchete de 8 de setembro de 2016 do jornal Los
Angeles Times disse: “Paul Ryan discorda de Trump, chama Putin de ‘inimigo.’”
Sobre Marco
Rubio, uma manchete de 2 de outubro de 2015 do DailyMail disse: “Rubio
promete novas sanções contra o ‘gângster e assassino’ Putin e ‘assistência
militar letal’ para a Ucrânia se ele for eleito presidente.”
Sobre John
McCain e Lindsey Graham, o site
noticioso NewsMax teve esta manchete de 10 de fevereiro de 2017: “McCain,
Lindsey Graham visitam posto militar avançado na Ucrânia.”
A Reuters teve esta manchete em 1 de janeiro de 2017:
“Senador McCain diz que os EUA ‘precisam enfrentar Vladimir Putin.’”
O jornal USA Today teve esta manchete de 31 de
dezembro de 2016: “McCain visita tropas ucranianas de linha de frente em gesto
anti-Putin.”
Sobre John
Kasich, o jornal DailySignal teve esta manchete de 12 de agosto de 2015: “John
Kasich: Os EUA Precisam Dar Assistência à Ucrânia.”
Sobre Jeb Bush,
quando perguntado “Os EUA deveriam dar assistência militar para defender a
Ucrânia da Rússia?” ele respondeu: “Sim, a invasão russa da Ucrânia ameaça o
equilíbrio de poder na região.”
Todos esses republicanos apoiam a guerra neocon que
Soros criou na Ucrânia. Todos eles querem guerra contra a Rússia. Todos eles
foram financiados por Soros, cujas organizações esquerdistas foram expulsas da
Rússia por Putin.
Todos eles criticaram Trump por seu não envolvimento,
pelo menos em sua campanha, na crise que Soros criou na Ucrânia.
Em seu artigo que incita os evangélicos dos EUA a se
envolverem na crise ucraniana, Veronica Neffinger fala sobre “Putin
bombardeando a Ucrânia” e sobre “confrontar a agressão de Putin.”
Entretanto, Putin não criou a crise. Ele só está
respondendo à agressão de Soros. Uma manchete de 27 de maio de 2014 do Infowars
disse: “Soros Confessa que É Responsável por Golpe e Assassinatos em Massa na
Ucrânia.”
Sobre o artigo de Neffinger, o Rev. Scott Lively disse
em resposta a uma pergunta de Julio Severo: “Penso que a desordem na Ucrânia é
o resultado previsível da determinação de Obama reiniciar a Guerra Fria devido
à hostilidade da Rússia para com a agenda LGBT, ao encenar o golpe para forçar
mudança de governo na Ucrânia pró-Rússia. A guerra civil que ainda assola
precisará ser resolvida por Trump e Putin, provavelmente com a divisão da
Ucrânia.”
Leitores do artigo de Neffinger disseram:
Betty
Gray: “Obama e Soros derrubaram o presidente eleito da Ucrânia
para colocar o homem deles. Digo que a Ucrânia está perto de Putin, é problema
dele; principalmente para as regiões que querem se separar.”
John
Xanthopoulos (professor da Universidade de Montana Ocidental):
“Absurdo total! A Rússia não está bombardeando a Ucrânia! Será que os
evangélicos não conseguem achar algo produtivo para fazer e cuidar de seu
próprio nariz?”
Deanna
Miling Swarvar (Universidade Estadual Ferris): “Não deveríamos de
forma alguma nos envolver em outro conflito, principalmente com a Rússia. É
hora de cuidarmos de nossas próprias questões e deixar os outros países
cuidarem de seus próprios problemas.”
Num artigo de 2014 no site American Thinker, meu amigo
judeu, Don Feder, que é escritor, disse:
Putin é um estrategista militar que
se importa mais com os interesses nacionais da Rússia, e com as minorias russas
nos países vizinhos, do que com a força mítica conhecida como opinião mundial.
Tomara que os Estados Unidos tivessem um presidente que se importasse mais com
seus interesses do que em promover o globalismo e a agenda social da esquerda.
A população da Crimeia é 60% russos
étnicos. Pela maior parte dos 800 anos passados, a Ucrânia sempre foi russa.
Uma Ucrânia independente desapareceu
no século XII. Reapareceu brevemente depois da Revolução Bolchevique, só para
ser esmagada pelo Exército Vermelho e não emergir de novo até a queda da União
Soviética. Então, por que é que estão fazendo tanto rebuliço sobre a
“integridade territorial” de um Estado que nasceu ontem?
O governo apoiado pela Rússia em
Kiev veio ao poder de forma democrática, mas foi expulso [pelo golpe de Soros].
A informação que temos é que o governo interino é pró-Ocidente e pró-UE.
Quando Reagan era presidente, a
expressão “pró-Ocidente” tinha significado claro. Significava ser a favor do
governo representativo, a favor dos direitos humanos e a favor dos valores
ocidentais (judaico-cristãos).
Hoje, significa uma disposição de
aceitar o “casamento” homossexual, o aborto legal, uma ética cultural
anti-judaico-cristã — a agenda dos comissários culturais da UE — e as ordens
econômicas da burocracia de Bruxelas.
Putin não quer ver a UE — e
possivelmente a OTAN — bem na fronteira da Rússia [através da Ucrânia]. Dá para
culpá-lo? Se alguém derrubasse um governo pró-EUA democraticamente eleito no
Canadá e o substituísse por um governo interino hostil aos interesses
americanos, um governo que tivesse elementos neonazistas e que imediatamente
adotasse medidas contra os canadenses que falam inglês, os EUA também ficariam
irritados…
Mas os conservadores que ainda estão
lutando a Guerra Fria me perguntam: Você não se importa com uma possível
anexação russa da Crimeia e da Ucrânia Oriental (com sua população ortodoxa de
orientação russa)? Não mesmo.
Obama e os neocons iniciaram a crise ucraniana
mediante marionetes do Partido Democrático e do Partido Republicano financiadas
por Soros para provocar a Rússia e Putin.
E agora Neffinger quer que os evangélicos confrontem a
Rússia e Putin usando como referência Warren Throckmorton, um psicólogo cristão
confuso sobre a sodomia, um evangélico que não quer combater a agenda gay, mas
quer incitar os evangélicos em guerras neocons?
Conforme apontado por Chuck Baldwin, as
guerras neocons amadas por evangélicos dos EUA matam cristãos em outros países.
Então Neffinger citou Paul Kengor, que disse: “A
atitude de Trump de achar que Putin gosta dele é um conceito fatal… É também o
polo oposto das declarações e atitude de Ronald Reagan para com a Rússia.”
Um ativista anticomunista furioso jamais quereria conversar com os
líderes vermelhos. Ele
retribuiria ódio com ódio, como Hitler fazia. Mas Reagan
realmente se sentou com eles. Aliás, ele levou Mikhail
Gorbachev, o líder soviético, para seu rancho, para sentir sua vida de família
e sua recepção calorosa.
Reagan trabalhou para extinguir o ódio soviético com consideração
conservadora cristã.
Margaret Thatcher disse: “Reagan venceu a Guerra Fria
sem dar um tiro.” O tiro dele foi seu rancho!
Reagan levou Gorbachev para seu rancho porque ele
queria cultivar amizade, não ódio. A União Soviética sabia cultivar ódio.
Reagan sabia cultivar amizade.
Não há União Soviética hoje, e nenhum Reagan. Mas há
um clima neocon hostil pesado de que se Trump continuar a tentar cultivar
amizade com Putin ou levá-lo para seu rancho, republicanos financiados por
Soros e evangélicos incitados por Throckmorton acusarão Trump de apaziguamento
covarde.
Contudo, a realidade de hoje não é o que Kengor parece
ter tentado retratar: capitalismo cristão dos EUA versus comunismo ateísta
soviético. O conflito hoje é os EUA e principalmente seus evangélicos cedendo
aos neocons e suas guerras.
Na Rússia hoje, não
existe comunismo ateísta controlando sua sociedade, de acordo com William
Murray numa entrevista a Julio Severo. Putin está apenas defendendo
seu próprio país e os cristãos ortodoxos de fala russa no leste da Ucrânia. Ele
só está reagindo a um golpe de Soros e dos neocons.
O conflito não é neocons versus Putin ou Putin versus
neocons. Qual lado Trump escolherá? Qual lado os evangélicos dos EUA escolherão?
A Ucrânia e sua crise não são problemas para os EUA e
sua política externa desastrosa, que causou a crise.
Agora, o mínimo que os EUA podem fazer é deixar Putin tentar
limpar a bagunça que Obama, os neocons e Soros fizeram na Ucrânia contra a
Rússia.
Os evangélicos não deveriam se envolver nas guerras
neocons. Mas eles podem orar para que a vontade de Deus prevaleça sobre Soros e
os neocons.
Eles também podem incentivar Trump a cumprir seu
discurso de campanha, o qual foi essencialmente contra os neocons. Só com a
ajuda de Deus Trump conseguirá resistir aos neocons.
E com a ajuda de Deus, os
evangélicos deveriam expor os neocons e outros evangélicos que os
ajudam.
Versão em inglês deste artigo: Why Throw U.S. Evangelicals into the Soros-Provoked
Conflict in Ukraine?
Fonte:
www.juliosevero.com
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Um comentário :
Se eu fosse Trump, eu diria a todos esses idiotas úteis (que devem lucrar muito com essas polemicas) que os problemas que os países enfrentam com seus vizinhos devem ser resolvidos por eles próprios e não pelos EUA.
Pelo que parece, Donald Trump (por causa desses mesmos idiotas úteis) não consegue resolver nem mesmo o problema da invasão dos muçulmanos em seu próprio pais.
Com que justificativa ele teria que se meter com os problemas dos russos e de suas fronteiras? Só há uma justificativa: se houver outros interesses envolvidos, como, por exemplo, a sodomia.
Isso funciona, mais ou menos, como o caso dos idiotas que governam o Brasil quererem se intrometer nas questão entre judeus e árabes na Palestina (doando dinheiro, por exemplo), enquanto, no Brasil, anualmente, morrem mais pessoas do que naquela região fruto da violência e da miséria.
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