Benjamin Netanyahu apoia Trump, através de Putin
Patrick
J. Buchanan
Desde que Donald Trump disse que se Vladimir Putin o
louva, ele devolveria o cumprimento, a indignação do Partido Republicano não
tem cessado.
Vladimir Putin e Benjamin Netanyahu |
[O belicista] John McCain disse a Pence que Putin era
um “gangster e assassino,” e que o fato de que Trump o abraça é intolerável.
[O igualmente belicista] Lindsey Graham disse: “Vladimir
Putin é um gangster, um ditador… que mata seus opositores nas ruas,” e que as
opiniões de Trump recordam Munique.
Putin é um “gangster autoritário,” acrescentou Marco
Rubio.
O que é que está fazendo o Partido Republicano perder
a cabeça toda vez que alguém cita o nome de Vladimir Putin?
Putin não é Stálin, a quem os presidentes americanos
Franklin Delano Roosevelt e Harry Truman chamavam de “cara legal.” Diferente do
ditador soviético Nikita Khrushchev, ele nunca esmagou de forma sangrenta uma
Revolução Húngara. Ele de fato esmagou o movimento separatista islâmico
checheno. Mas o que ele fez ali o General Sherman fez com a cidade de Atlanta
quando a Georgia se separou da União de Abraham Lincoln.
Putin apoiou os EUA no Afeganistão, endossou o acordo
nuclear americano com o Irã e assinou o plano do secretário de Estado americano
John Kerry para garantir um cessar-fogo na Síria e para ambos os países poderem
caçar juntos os terroristas do ISIS e da al-Qaeda.
Entretanto, dizem que Putin cometeu “agressão” na Ucrânia.
Mas foi realmente agressão ou reação estratégica
reflexiva?
Os EUA ajudaram a jogar na lata de lixo um governo pró-Putin
democraticamente eleito em Kiev, e Putin agiu para proteger sua base naval do
Mar Negro reanexando a Crimeia, uma península que pertencia à Rússia desde
Catarina a Grande até Khrushchev. As grandes potências fazem essas coisas.
Quando os irmãos Castro tiraram Cuba da órbita dos
EUA, os EUA ignoraram os protestos de Havana e decidiram ficar com uma parte de
Cuba, Guantánamo.
O governo russo de fato apoiou os rebeldes pró-Rússia
no leste da Ucrânia que querem separação.
Mas recordemos que os EUA [sob o presidente esquerdista
Bill Clinton] lançaram uma campanha de bombardeio de 78 dias no minúsculo país
[cristão ortodoxo] da Sérvia para efetuar a separação da província [muçulmana]
de Kosovo que fica bem no meio da Sérvia.
Qual é a grande diferença moral aí?
O relacionamento entre a Rússia e a Ucrânia data de 500
anos antes de Cristóvão Colombo descobrir a América. Esse relacionamento inclui
uma antiga fé [cristã ortodoxa] comum, uma história complexa, sofrimento
horrível e injustiças horrendas — como o fato de que Stálin matou de fome
milhões de ucranianos no início da década de 1930.
No entanto, antes de George W. Bush e Barack Obama,
nenhum presidente americano achava que as brigas entre governo russo e governo
ucraniano eram assunto para os EUA se envolverem. Quando foi que os EUA
passaram a achar que era da sua conta?
Pelo que a imprensa diz, a Rússia está hackeando as instituições
políticas americanas. Se for verdade, isso tem de parar. Mas recorde que a CIA,
a Fundação Nacional da Democracia e ONGs americanas têm se intrometido nos assuntos
internos da Rússia há anos.
Putin é um nacionalista que cuida da Rússia em
primeiro lugar. Ele também lidera uma nação que é o dobro do tamanho
territorial dos EUA com um arsenal igual ao arsenal americano, e não é possível
haver paz na Eurásia sem ele.
Os EUA precisam negociar com ele. Em que ajuda
xingá-lo?
E o que Putin está fazendo em termos de repressão não
supera o que fazem Recep Tayyip da Turquia, membro da OTAN e aliado dos EUA, e
o General el-Sissi do Egito, aliado árabe dos EUA.
A Rússia de Putin é mais repressiva do que a China de Xi
Jinping?
Contudo, os republicanos raramente usam a palavra “gangster”
ao falarem sobre Xi.
Durante a Guerra Fria, os EUA fizeram parcerias com ditadores
como o xá do Irã e o General Pinochet do Chile, Ferdinand Marcos das Filipinas
e Park Chung-Hee da Coreia do Sul. A necessidade da Guerra Fria exigia isso.
Muitas das 190 nações do mundo são hoje governadas por
ditadores. Como é que os interesses ou a diplomacia dos EUA podem avançar com
líderes do Congresso latindo “gangster” contra o governante de uma nação que
tem centenas de ogivas nucleares?
Onde está o realismo, o reconhecimento das realidades
do mundo em que vivemos, que guiou as políticas de presidentes desde Dwight D.
Eisenhower a Ronald Reagan?
Senadores americanos como Tom Cotton disseram que não
deve existir transparência entre EUA e Israel.
Tudo bem. Como é que então Israel vê Putin a quem os
republicanos chamam de “gangster” e “assassino”?
De acordo com o especialista de política externa Stephen
Sniegoski, quando Putin visitou Israel pela primeira vez em 2005, o presidente Moshe
Katsav o aclamou como “amigo de Israel,” e Ariel Sharon disse que ele estava “entre
irmãos.”
Só no ano passado, Benjamim (Bibi) Netanyahu foi a
Moscou três vezes e Putin visitou Israel. Os dois têm um relacionamento excelente
também.
Durante a votação da resolução da ONU que declarava a “integridade
territorial” da Ucrânia, Israel se absteve. Israel recusou se unir às sanções contra
uma Rússia amiga. O comércio entre Rússia e Israel está crescendo rapidamente.
Talvez Bibi, que acabou de receber inesperadamente 38
bilhões de dólares em assistência externa dos EUA durante os próximos 10 anos
de um Barack Obama de quem ele nem mesmo gosta, possa mostrar ao Partido
Republicano como ter um bom relacionamento com Putin.
Lindsey Graham diz que os 38 bilhões de dólares para
Israel provavelmente não serão o bastante, que Bibi precisará mais e que ele
estará ali para providenciar isso.
Fascinante. Bibi, que é amigo de Putin, recebe 38
bilhões de dólares dos mesmos senadores republicanos que, quando Donald Trump
diz que ele devolverá os cumprimentos pessoais de Vladimir Putin, leva bofetada
em plena cara desses mesmos senadores.
Pat Buchanan é colunista do
WND e foi assessor do presidente Ronald Reagan. Ele é católico tradicionalista
pró-vida e já foi candidato republicano à presidência dos EUA.
Traduzido
por Julio Severo do original em inglês do WND (WorldNetDaily): Bibi
backs Trump — on Putin
Fonte:
www.juliosevero.com
Leitura
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3 comentários :
Parabéns a Hungria, recebendo os cristãos perseguidos da guerra no oriente médio.
https://noticias.gospelprime.com.br/hungria-primeiro-ajudar-cristaos-perseguidos/
Quanta diferença dos EUA! comandada pelo sodomita, abortista e islâmico B.Obama!
Parabéns Júlio.
Como sempre perfeito e perspicaz.
Esses movimentos de união entre os povos em torno de um único ideal fazem parte das profecias bíblicas, citadas pelo Espírito Santo, relativas ao final dos tempos.
Dessa salada, que representa a união entre russos, norte-americanos e judeus, surgirá o falso desejado das nações; por isso, vejo tudo isso com muita naturalidade e como a comprovação de que a Bíblia é verdadeira.
Deus realmente tem o poder de enxergar o que o homem será capaz de fazer no futuro, transformando esta terra numa sodoma e gomorra generalizada, sob a desculpá da PAZ E SEGURANÇA.
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