Bispos Africanos em Reunião no Vaticano Desconfiados de Radicais Sexuais do Ocidente
Austin
Ruse
Comentário
de Julio Severo: A
recente reunião de bispos no Vaticano acabou produzindo um documento que nem
menciona homossexuais. Esse documento final é um mistério, pois como mostra o
artigo católico abaixo, a direção da reunião, no que se referia aos desejos de
bispos católicos do Ocidente (Europa, EUA, Canadá, etc.), era para um documento
liberal, mais “acolhedor.” Até a Reuter noticiou, numa matéria intitulada “Documento
do Vaticano defende mudança da Igreja em relação aos gays,” que a
expectativa era nitidamente liberal. Desgraçadamente, até celebridades brasileiras
consideradas conservadoras estavam comemorando essa direção liberal. É o que
ficou evidente no artigo “A
Igreja Católica e os gays: um documento correto e bem-vindo,” de Reinaldo
Azevedo. Mas o resultado final progressista acabou não acontecendo. O papado de
Francisco parece ser marcado por posturas liberais iniciais que, sob pressão,
acabam se consertando. Quando essa pressão conservadora desaparecer, Francisco
nunca mais precisará voltar atrás em suas posturas progressistas. O artigo católico
abaixo mostra o embate para que o documento não terminasse do jeito que Reinaldo
Azevedo e a esquerda católica queriam.
VATICANO, outubro (C-Fam) Num Sínodo Extraordinário de
bispos católicos que está ocorrendo em Roma pelo menos um bispo africano se
queixou da intervenção de costumes sexuais radicais que o Ocidente está impondo
na África.
Ignatius Kaigama, arcebispo da Nigéria, disse à
assembleia:
“Defrontamo-nos com algumas questões, e às vezes são
de deixar qualquer um perplexo. Recentemente, tivemos uma grande conferência
sobre questões pró-vida, e nessa conferência, nos manifestamos com muita
clareza para determinar o fato de que a vida é sagrada, o casamento é sagrado e
a família tem dignidade.
“Há organizações internacionais, países e grupos que
gostam de nos seduzir para nos desviar de nossas práticas culturais, tradições
e até nossas convicções religiosas. E a razão é que eles creem que as opiniões
deles deveriam ser nossas opiniões. Que as opiniões e conceito de vida deles
deveriam ser nossos.
“Dizemos, ‘Não, atingimos a maioridade.’”
Embora as preocupações do arcebispo não tenham chance
de ser incorporadas ao documento final, elas apontam uma das discordâncias
centrais não só entre países ocidentais e a África, mas também um cisma
semelhante na Igreja Católica.
O documento produzido pelo sínodo que foi divulgado
nesta segunda-feira passada estava cheio de preocupações de ocidentais liberais
e não muitas preocupações semelhantes dos países em desenvolvimento que compõem
a maioria da Igreja Católica.
Esperava-se que o documento divulgado na segunda-feira
representasse a conversação entre 180 bispos do mundo inteiro e que seria uma
versão preliminar para negociações em andamento. Imediatamente 41 bispos, quase
um quarto do total se levantou para se queixar que o documento não representava
seus desejos ou as conversações que ocorreram na semana passada.
O documento sugere que existem dons que foram dados
aos homossexuais que podem beneficiar a Igreja, que a Igreja precisa reconhecer
o que é bom nos relacionamentos homossexuais, e também o que é bom em casais
que vivem juntos sem se casar. O documento também sugere que os divorciados e
os recasados no civil podem receber o sacramento da comunhão.
O documento foi lido aos bispos na segunda-feira logo
antes de ser divulgado à imprensa do Vaticano e imediatamente 41 bispos
formalmente se queixaram, inclusive tais prelados influentes como o cardeal
Raymond Burke do supremo tribunal do Vaticano, o cardeal Timothy Dolan de Nova
Iorque, o cardeal George Pell da Austrália, junto com o cardeal Gerhard Muller
que dirige a Congregação da Doutrina da Fé, um dos cargos mais poderosos do
Vaticano.
No dia depois que foi divulgado no informe oficial
diário do Vaticano à imprensa, o cardeal Wilfred Napier da África do Sul disse
que o documento não refletia a conversação dos pais do sínodo e que seria
mudado em dias subsequentes.
Ele ficou tão alarmado que o cardeal Burke pediu a
intervenção direta do Papa Francisco, que disse ter comparecido a todas as
reuniões da semana passada, mas apenas sentado e ouvindo.
O documento foi entregue a grupos menores de bispos
reunidos em grupos de linguagem e será revisado e apresentado de novo no final
desta semana.
Não importa o que, é improvável que as preocupações
dos 36 prelados africanos sejam incluídas. Dizem que a poderosa conferência dos
bispos alemães é o grupo mais influente no sínodo. A igreja alemã está entre as
mais ricas do mundo porque o sustento da Igreja Católica vem dos impostos
diretos de todos os cidadãos.
Tradução: Julio Severo
Fonte: Friday
Fax
Divulgação: www.juliosevero.com
Leitura recomendada:
Sem
brincadeira: será que o papa é católico?
3 comentários :
Tem gente que acha que o Papa é um monarca absolutista - NÃO É VERDADE!
O sínodo dos bispos pode contrariar a tendência/pensamento de um Papa assim como o Legislativo pode contrariar um Presidente.
O Papa Católico não é absolutista!
Ao contrário do que muitos acreditam, na verdade, o Papa só manda em bispo administrativamente.
O que não entendo é como bispos de conferências que reúnem igrejas vazias (pois é isso o cristianismo na Europa) têm tanto poder de influência contra as imensas dioceses localizadas em nações pobres.
Será que prevalece contra o crescente cristianismo africano a conveniência de se agradar o gosto cosmopolita da classe média da OCDE?
gayzista azevedo se lascou kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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